131

1.5K 111 0
                                    

Cheguei em casa com as crianças e o Rogério não estava. Botei o espoletinha do Nathan pro banho e depois, a Nanda. Depois de arrumadinhos pra dormir, esquentei a janta e eles comeram tudo, graças a Deus.

Ficamos três deitados no sofá-cama vendo desenho, até que eu percebi a sonolência nos dois e fui com eles pro banheiro. Eles escovaram os dentes, eu também aproveitei pra escovar os meus e fomos pro quartinho deles. Como de costume, cada um deitou em sua respectiva cama, eu sentei no chão e comecei a contar uma história inventada. Fazíamos isso quase sempre, toda vez uma história diferente, que eu não lembro no outro dia, mas eles lembram e se amarram, vivem contando pra minha mãe ou pro pai deles.

Assim que os dois dormiram, saí do quarto deixando o abajur aceso e fui pra cozinha. Lavei a louça, conferi os armários, lavei o fogão e fui pro meu quarto. Tomei um banho geladinho, vesti minha camisola e quando saio de lá, dou de cara com o Rogério.

— Tava aonde?

— Fui lá em cima falar com o cara... – respondeu sem tirar os olhos do celular.

— Hm! – dei de ombros.

— Me dá licença, por favor?! – passou a me olhar.

— Ainda nisso? – fiz que sim com a cabeça. – Vamos continuar dormindo separados?

— Sim! – falei firme. – Mas se você estiver achando ruim dormir no sofá, dorme aqui e eu vou pra lá.

— Claro que não, po. Fica a vontade. – falou puto. – Vou só tomar um banho, posso? Ou quer que eu tome no outro banheiro?

— Como você quiser, só não quero dividir a cama contigo. – sorri amarelo e ele saiu pro banheiro.

Deitei linda na minha cama, liguei a TV, botei na minha série e do nada, me deu um estalo: o celular.

Olhei pra mesinha de cabeceira e ele está lá, me olhando, parecia uma pedra de diamante com o reflexo do sol, ele brilhava pra mim. Praticamente implorando pra que eu o pegasse... E eu peguei.

Não tinha senha, então, fui direto no whatsapp e só tinham conversas com o Renan, com a minha sogra, comigo e com o DaTorre. Então, eu bloqueei o mesmo e quando ia botar novamente na mesinha, uma notificação de um número não salvo, mas escutei o barulho da porta do banheiro e deixei a merda do celular na mesinha. Puta que pariu!

Ele voltou pleno, se enxugando, ficou algum tempo procurando roupa no armário, vestiu e depois virou pra mim.

— Tem certeza?

— Tenho, ué.

— Vamos ficar assim até quando?

— Até quando eu conseguir tirar o que tá na minha cabeça... – depois de falar, ri por dentro, porque chifre quando é botado, não tem como tirar.

DONA DE MIM 💋 Onde histórias criam vida. Descubra agora