— Eu posso pensar? Não quero machucar você, nem mais ninguém ao nosso redor. Já fizemos merda demais, né? — ela sorriu pela primeira vez, desse que cheguei na casa dela.
— Tudo bem, po. Só quero que você acredite em mim, eu quero mermo te fazer feliz. — dei um beijo no canto da boca. — Longe de mim querer te magoar de novo.
Ficamos um tempo juntos ali, até jantei por lá, deu certa hora, meti o pé pra casa, queria mermo era dormir com ela, agarradão. Mas agora to aqui, pensando pra caralho em como ela tá, nas merdas que fiz e se ela vai ficar de vez comigo, tá ligado?
Bagulho doido isso, né? Não conseguir relaxar porque a gente fica pensando no que o outro tá fazendo, se tá pensando na gente. Tá maluco, nunca senti esses bagulho.
Fui na cozinha, tomei uma dose de whisky, tomei banho e fiquei sentado na cama. Até que me deu um estalo.
Joguei uma roupa no corpo e voltei pra pista, tenho coisas a resolver com a Stefany. Preciso deixar tudo certo com ela, pra não correr o risco de dar merda lá na frente.
Subi na moto e passei de rolê na praça, onde eu sabia que ela ia estar com as amigas e não deu outra. Parei perto dos moleques, cumprimentei geral e foi só questão de tempo pra ela se aproximar.
Chegou, cumprimentou os moleques, trocou ideia com um parceiro e em seguida, veio pra me cumprimentar. Deu dois beijinhos e já ia saindo fora, conheço o joguinho da peça.
— Qual foi?! — segurei no braço dela. — Trocar uma ideia contigo. — levantei e fui andando com ela pro lugar onde estava minha moto.
— Vamos nos resolver de uma vez? — falou quando encostei na moto.
— Vamo, po. — veio pro cima de mim, e eu a afastei com a mão. — Mas né desse jeito não, po. Vamo dar última forma.
— Como assim?
— Assim, po. Sem ideia, sem ficar, rl, acabou mermo. Peço desculpas por ter sido um vacilão, se te fiz acreditar que "nós ia" dar em alguma coisa, mas é isso.
— Por favor, Kid. Só me dá mais uma chance. — começou a chorar.
— Para com isso, cara. — neguei com a cabeça. — Tu sabe que eu me amarro na da tua irmã, que geral já te deu o papo e eu também.
— Essa história de novo? Você já viu que ela não gosta de você, que não quer ficar contigo. — tentou segurar meu rosto e eu afastei a mão dela. — Quem quer ficar com você, sou eu. Quem te ama, sou eu. Ela não. — já tinha começado a falar alto.
— Amigo, se tu começar a gritar aqui, vou te deixar falando sozinha. Tá ligado? — fechei a cara. — Não chama a minha negativa não, Stefany. Ouve a letra que eu te passei, abraça o papo e vai ser feliz com alguém te da moral, tá ligado? Eu não gosto de tu, não vou te fazer feliz, to sendo sincero contigo, na boa...
— Eu não entendo o motivo de você ter cismado com aquela lá... — falava e chorava. — Você vai voltar atrás e eu não vou mais te querer.
— Fazer o que né? — dei um beijo na cabeça dela e saí saindo.
Ela tentou me segurar, mas sou mais forte e consegui sair sem fazer esforço, me deu até uma arranhada no braço, mas não esquentei cabeça, voltei pra perto dos moleques e vi quando as amigas dela foram pra onde ela estava.
Uma hora ou outro, eu ia ter que dar esse papo nela. A mina não merece ser usada assim não, po. E se eu quero viver da melhor forma com a Manu, o bagulho tem que ser feito direito.
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DONA DE MIM 💋
Ficção Adolescente(2017/2022) ⚠️ PLÁGIO É CRIME! ⚠️ Minha vida nunca foi exemplo, e nem quero que seja. Saio a hora que quero e volto a hora que acho que devo. Nunca dei satisfações pra ninguém além da minha mãe, e nem pretendo dar. Você acha que tá ruim? Eu só lame...