Oioioi, mais tarde solto o próximo capítulo 👀👀 mesma meta. Espero que gostem ❤️
Não dei tempo dele reagir, apenas sai rápido do carro e fui até a porta do prédio abrindo minha bolsa pra pegar a chave.
E cadê a chave?
Simplesmente não encontrava a chave em lugar nenhum. Eu tinha perdido? Ela podia ter caído alguma hora que tirei o celular pra fora ou na hora que peguei a carteira pra pagar. Me sentei no degrau e tirei tudo da bolsa tentando me certificar que realmente não tinha nada ali.
Guadalupe tinha ido pra casa do Pedri, se eu não tivesse a chave, eu só ia poder entrar em casa amanhã de manhã.
-Aninha?- ouço a voz de Gavi enquanto ele sai do carro e vem até mim.
-Perdi minha chave- admito passando a mão pelo cabelo.
-Vamos pra minha casa- ele estende a mão pra mim.
Neguei com a cabeça e voltei a procurar a chave, não é possível que eu tinha conseguido fazer isso. Perder minha chave justo hoje.
-Vamos, Aninha- ele insiste.
-Não é justo com você- sussurrei- eu sei que você ta chateado.
-Não é porque eu to chateado que eu vou te largar na rua, meu amor- aquelas duas últimas palavras me fizeram sentir borboletas no estomago como eu senti a primeira vez que ele disse elas pra mim
Ele se senta ao meu lado e eu abaixo a cabeça escondendo o rosto.
-Merda, merda, eu sei que eu fui errada em jogar isso pra você agora do nada e parece que foi muito fácil agora, mas não foi. O que acontece é que eu sou uma bêbada falante e eu to trabalhando formas de contar isso na terapia porque aparentemente eu tenho um bloqueio emocional com isso. Bom, isso explica minha incapacidade de ter te falado isso mesmo quando eu tava te perdendo na minha frente...- Gavi não fala nada, apenas me puxa pro seu colo me abraçando com força.
Não sei quanto tempo ele fica agarrado comigo, mas eu começo a me remexer quando tudo começa a girar demais.
-Vem, vamos cuidar de você agora, amanhã conversamos sobre isso, como você pediu, ok? Você não precisa se justificar, sei o quão difícil deve ter sido pra você- ele diz com a voz inundada de dor.
Sabia que ele estava ao máximo tentando manter a promessa de só falar sobre isso amanhã, mas isso devia estar matando ele por dentro.
Gavi pega minha bolsa e pacientemente guarda cada item que eu retirei logo em seguida me estendendo a mão e me colocando pendurada em seu ombro abraçando minha cintura com o braço.
Ele me coloca de novo dentro do carro e começa a dirigir em silêncio.
-Toma, coloca música de novo- acho que o silêncio tava agoniando ele.
Decidi ir pras suas músicas mais recentes tentando procurar algo que gostasse.
-Pablo, desde quando você ouve Billie e Taylor? Só tem isso nos seus recentes.
Comentei passando pra baixo as músicas.
-Eu precisei de uma boa cota de músicas tristes pra semana- ele admite.
Deixei quieto o assunto e seleciono uma música da Billie pra tocar que eu também ouvi em looping na semana: TV.
"And I'll be in denial for at least a little while
What about the plans we made?"
-Achei que você não dirigia mais sem carteira- comentei tentando mudar o assunto.
Só tinha parado pra pensar nisso agora.
-Eu não dirijo, essa é a primeira vez desde o acidente. Eu te disse, eu fiquei preocupado quando você me ligou.
Não respondi, apenas fechei os olhos e tentei ignorar o meu redor girando violentamente. Acho que os últimos shots de tequila não me fizeram bem.
Meu estomago começa a embrulhar e eu sinto um enjoo forte me atingir.
-Gavi- segurei seu braço o alertando- para o carro. Agora.
Ele me olha preocupado, mas faz o que eu pedi encostando na calçada. Sinto minha boca formigar e a única coisa que eu consigo fazer é abrir a porta e cambalear pra calçada e me inclinar botando tudo pra fora.
Não demora muito até eu sentir o braço de Gavi ao meu redor e sua mão em meu cabelo.
-Calma- ele faz carinho enquanto eu termino de colocar todo o álcool pra fora.
Endireitei o corpo respirando fundo enquanto tentava me recuperar.
-E você dizia que era difícil de dar pt- ele brinca fazendo carinho no meu cabelo.
-Pior que sou, não sei o que rolou. Bebi bastante, mas não pra tanto.
-Você comeu? Nunca dá certo beber de estomago vazio.
-Você sabe a resposta pra isso- respondi breve.
Inclinei minha cabeça o encarando e Gavi me olha com um olhar doloroso.
-Você ta bem pra voltar?- questiona baixinho e eu assinto.
Só precisava botar aquele alcool pra fora, me sentia um milhão de vezes melhor e mais sóbria.
Voltei para o carro.
-Vou parar no mercadinho ali da frente pra te comprar uma água. Posso comprar algo pra você comer também?- pergunta receoso e eu assinto de leve.
-Compra... uma salada de fruta.
Gavi comprou tudo no mercado e me entregou no carro em silêncio. Eu sei que eu pedi pra só conversarmos sobre amanhã e sóbrios, mas aquele silêncio dele começava a me deixar paranoica, com mil reações possíveis me assombrando.
Chegamos em casa e eu desço do carro quase paralisando na entrada, parecia que fazia meses que eu não pisava naquela casa.
-Se você quiser tomar um banho, tudo que é seu ainda tá no quarto e no meu armário- anuncia abrindo a porta- você ta um pouco melhor?
-Sim, eu só precisava tirar o álcool do estomago pra ficar um pouco mais sóbria.
Tomei um banho rápido e peguei um pijama que eu deixei por lá saindo do banheiro e encontrando Gavi sentado na cama. Ele sorri de lado.
-Sem cabelo molhado?- sorri de volta e senti meus olhos lacrimejarem.
-Já te dei trabalho demais hoje.
-Você nunca me dá trabalho. Nunca, Aninha. Cuidar de você nunca vai ser um fardo, espero que saiba disso.
Assenti um pouco emocionada.
-Bom, só queria ver se você precisava de mais alguma coisa. Se precisar de mim, vou estar no quarto de hóspedes.
Ele se levanta indo pra porta, mas eu seguro sua mão quando ele passa por mim.
-Fica. Dorme comigo.
Ele me encara incerto.
-Aninha, você ta bêbada...- comenta nervoso.
-Eu não quero nada, Gavi, só sua companhia.
Ele assente e se deita comigo me abraçando forte por trás.
-Obrigada por me ajudar- sussurrei me aconchegando mais em seus braços.
Gavi me abraça forte e beija minha cabeça.
-Eu vou cuidar de você, ok? A gente vai consertar essa confusão toda.
-Eu te amo, Gavi.
-Eu te amo mais.
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O Jogador e a brasileira- Gavi
FanfictionQuando Ana se muda para Barcelona para terminar sua faculdade de medicina ela estava aberta para tudo que o destino lhe reservava, só não imaginava que o que lhe esperava era um marrento jogador de 18 anos do Barcelona que reviraria seu mundo. A ima...