Nos dias bons e ruins

2.2K 205 220
                                    

Bom diaaa, volteii! Se o Barcelona ganhar la liga hoje sai capítulo novo em comemoração hein ahhahahaah
Meta pro próximo capitulo: 200 comentários.
Espero que gostem e perdão o sumiço, as próximas semanas vão ser mais tranquilas ❤️

-Vou falar com ela se ela quer ir- expliquei apressado e disparei escada acima.

Por favor, Aninha. Não. Não. Não.

Fui primeiro no banheiro do meu quarto, mas não a encontrei. Vou em direção ao banheiro do quarto de hospedes e logo encontro a porta trancada. Coloco o ouvido na porta e ouço um barulho alto de torneira. Forço a maçaneta, mas nada.

Eu conheci bem o que significava essa torneira ligada, fui avisado desse truque hoje de manhã, inclusive.

-Um segundo, Aurora- a tremula voz de Aninha sai de dentro do banheiro.

Eu sabia exatamente o que era isso.

-Aninha, abre essa porta. Agora- pedi sério.

Um silêncio se alastra pelo banheiro.

-Eu não to brincando. Abre ou eu vou pegar a chave e abrir- ameacei de novo.

Silêncio novamente.

-Ana!- falei alto frustrado.

-Já to saindo- responde com a voz falhada.

Sai em disparada para meu quarto procurando onde estava a merda da chave mestra pra abrir aquele banheiro. Procurei em uma, duas, três gavetas e finalmente achei.

Voltei em disparada para o banheiro, mas assim que abro a porta encontro Aninha lavando o rosto e o barulho de descarga ecoando.

Eu tinha chegado tarde demais. Fechei os olhos com força me sentindo tão impotente. Eu tirei os olhos dela por 5 minutos, foram só 5 minutos. E tudo por minha culpa, tudo porque eu não tomei cuidado com meus comentários.

E ao mesmo tempo eu fui enganado tão fácil. Rapidamente minha mente começa a formar o plano completo de Aninha: ela desviou do assunto me beijando, desviou de mim sabendo que eu iria comprar o suco pra ela e desviou de Aurora falando do banheiro quebrado.

-Por que você fez isso? Você tava indo tão bem!- reclamei decepcionado- porra, Aninha, na minha casa? Na frente de Aurora?

Aninha me encara com um pouco da maquiagem borrada, ela limpa o o rímel que escorria por seu rosto e passa por mim sem demonstrar um pingo de emoção.

-Não sei do que está falando. Você não ia sair pra comprar suco?- pego seu braço antes que ela cruze até o corredor.

Eu basicamente peguei ela no flagra e ela vai mentir e fingir que não foi nada demais. Não é possível.

-É pra isso que pediu pra eu comprar suco? Pra me tirar de casa enquanto fazia isso? Me usou como um otário! É pra isso que me beijou? Pra mudar de assunto? Usou o fato de eu ser um otário apaixonado por você pra se esquivar das minhas perguntas! Isso é baixo.

Ela me encara com os olhos marejados e se desfaz do meu toque.

-Vou pra casa- anuncia apenas.

Passo por ela e bloqueio a passagem impedindo que ela saísse do quarto. Me sentia tão frustrado, tão traído, tão enganado.

-Não, o mínimo é você conversar comigo depois disso. Isso tudo é por míseros 2kgs? Você nem ia saber se eu não tivesse falado!

-Míseros 2 kgs pra você!- retruca irritada.

Parei e respirei fundo. Ok, eu tinha que tomar muito cuidado com o que eu fosse falar daqui pra frente. Não queria criar conflito, não queria chatear Aninha e definitivamente não queria dizer algo que a faria repetir a cena de agora. Mas uma conversa ia ser necessária.

O Jogador e a brasileira- GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora