Mc Gaveta, uma carreira promissora

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GAVI

Fomos pra sala e nos sentamos no sofá, mas o clima ainda tava esquisito.

-Você ta puto que eu bati no seu amigo?- não era minha intenção estragar o role de Pedri e sei que ele queria que a gente se desse bem com os amigos dele, mas aquilo ali eu não ia aceitar.

-Sinceramente? Ele mereceu, mas você tem que ser mais cuidadoso, se você se machuca em uma dessas suas brigas você desfalca nosso time!

-Eu sei- concordei suspirando.

Pedri vivia no meu ouvido sobre isso, que eu precisava ter mais calma e ser mais prudente ou ia me encrencar por ai.

-Desculpa qualquer coisa, Pedri- Aninha pede baixo.

Desculpa? Desculpa pelo o que? A encarei feio. Ela não tinha que pedir desculpas.

-Eu que te peço desculpas, não sei o que deu nele.

-Vocês se conhecem há tempo?- ela pergunta.

-Mais ou menos, ele é irmão de Guilhermo que estudou comigo desde os 8 anos, ele é 3 anos mais velho que a gente. Sou bem mais próximo de Guilhermo, mas eles saem bastante juntos desde que o Guilhermo virou maior de idade- explica.

Menos mal, ele é só o irmão mal elemento. Lupe parecia inquieta com aquele climão.

-Vamos fazer algo pra animar, tirar esse clima pesado. Alguém tem ideias?

Por mim a gente encerrava a noite, mas sabia que Aninha e Pedri mereciam uma noite com final mais feliz. Ambos estavam chateados e mereciam uma distração.

-E se eu fizesse um drink brasileiro, que é o melhor de todos, pra gente?- ela sugere tentando agradar Lupita que obviamente surtou.

-SIM!- Lupita grita animada assustando o pobre do Pedri que tava distraído.

-Eu te ajudo- me voluntariei.

-Já ouviu falar de caipirinha?- perguntou enquanto pegava açúcar e algumas frutas.

Não me era um nome completamente estranho.

-Caipirinha? Hm, talvez, mas nunca provei.

-Eu amava no Brasil, já dei tanto pt com isso, você não tem noção.

-Então no Brasil você era expert em pirâmide e enchia a cara de caipirinha? To começando a achar que seu problema pra beber é o país- brinquei.

Ela nega com a cabeça e começa a procurar algo pelos armários.

-Não, só... Digamos que tive ressaca moral suficiente pra uma vida.

-Qual é? Ta só nós três e você ta em casa, ninguém vai saber das merdas que você fez- brinquei- se você passar mal, juro que eu cuido- ri.

Não queria pressionar ela a nada, obvio, mas queria que ela se soltasse e pudesse curtir uma noite com a gente. Ela precisava depois desse fim de semana pavoroso.

-Cuida mesmo? Vai segurar meu cabelo na privada?- assenti orgulhoso- vai me dar banho?

Porra. Juro que tentei evitar, mas um sorriso malicioso escapou dos meus lábios enquanto a encarava da cabeça aos pés.

-Eu faria tal sacrifício.

Ela me analisa por uns segundos cruzando o braço, parecia avaliar o desafio lançado.

-Pervertido- ela me acusa rindo- pega o gelo pra mim, vai. E depois pega 4 copos, hoje vou beber direito com vocês. Você que me aguente, Gavira.

Arqueei a sobrancelha surpreso com a mudança dela.

O Jogador e a brasileira- GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora