O Jogador e a brasileira- Gavi

Conversa comigo!

Boa noite, último capitulo do dia. Devo postar o próximo na hora do almoço. Meta pra postar é de 200 comentários 👀👀. Espero que gostem!

GAVI

Estava ligando algum filme bobo na netflix quando vejo meu celular tocar e no visor aparecer o nome de Pedri.

-Já ta com saudades? Acabou de me deixar aqui em casa- brinquei me jogando no sofá.

-Gavi!- sua voz séria me faz sentar ereto no sofá na hora- precisamos conversar- ouço uma porta se fechando ao fundo.

-Credo, o que foi? Xavi ta puto de novo comigo?

Ele fica em silêncio por um momento. Era só o que me faltava, ele puniu por duas semanas por conta do jogo contra o Real Madrid e até agora estava furioso comigo nos treinos. Tentei persuadi-lo a me deixar voltar antes, mas ele não pareceu muito animado com a ideia.

-Gavi, eu to no hotel onde Aninha está. Vem pra cá daqui uma hora, precisamos conversar.

-Pedri, não sei se é uma boa ideia. Você mesmo disse que precisávamos tirar um tempo um do outro, não sei se to pronto ainda pra conversar com ela depois de Antony. Na verdade, tenho certeza que não estou. Ainda quero matar ele.

-Eu sei. Mas isso vai muito além de Antony ou da briga boba de vocês. É um assunto que vai mexer com você. Vem pra cá em uma hora.

-O que aconteceu?- questionei preocupado.

-Não cabe a mim te contar. Vem e conversa com Aninha. Preciso desligar. Esteja aqui em uma hora, Gavi!

-Tudo bem- concordei um pouco nervoso e desliguei o celular.

Confiava em Pedri o suficiente pra saber que o assunto era bem sério a ponto dele querer nos colocar na mesma sala tão cedo.

Respirei fundo e tentei não surtar nos 50 minutos seguinte que se passaram até eu sair de casa e ir pro hotel. Pensei em mil possibilidades, mil razões, mil problemas e um era mais apavorante que o outro. Porra, custava Pedri ter me contado por telefone o que rolou? Eu to em surto já.

Cheguei na porta do quarto do hotel e bati de leve sentindo meu coração bater forte. 

Apesar de tudo, a única coisa que eu torcia era pra que não fosse nada de ruim com Aninha, que não fosse nada com sua saúde.

Assim que a porta se abre, Pedri me puxa pra fora do quarto segurando-a aberta com um pé enquanto ficamos no corredor.

-Que foi? Ta doido? Você que pediu pra eu vir- perguntei confuso.

-Escuta, prometa que vai ser cuidadoso com o que for falar, está bem? Por favor. Eu sei que vocês estão brigados, sei que ambos tem motivos pra isso, mas preciso que você seja adulto nessa conversa porque não vai ser fácil.

-Você ta me assustando- comentei receoso.

Pedri me encara sério e abre a porta do quarto entrando em seguida. Entrei atrás sentindo meu coração palpitar.

Aninha estava sentada na cama cabisbaixa, vestia um moletom e seu cabelo molhado denunciava seu recém banho.

-Aninha- Pedri chama manso- vamos conversar? Conta o que você me falou.

Ela levanta a cabeça e me encara. Meu coração se quebrou ainda mais ali. Nunca vi sua feição tão sem vida, tão abalada. Não parecia em nada a menina alegre que eu conhecia.

-Pablo- sua voz soa baixinho, mas era tão bom ouvi-la dizer meu nome, sempre me traria uma sensação de conforto.

-O que você queria conversar, Aninha?- pedi tentando controlar a curiosidade que me fazia só querer gritar "fala logo!"