Vaso quebrado

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oi, volteiii. capitulo maior pra compensar que eu não postei ontem! Espero que gostem.

Gavi me levou pra ver Julia perto da hora do almoço e felizmente a conversa não foi tão ruim e pesada quanto eu imaginei. Odiava ter que relembrar Julia do maldito Guilherme e me sentia culpada por coloca-la nessa situação.

Julia entendeu e até concordou que Gavi fez o certo em intervir e me defender mesmo que isso tenha consequências catastróficas pra gente.

Me sentia um pouco melhor, mas ainda me doía pensar na noite anterior e até o que podia ter acontecido se eu estivesse um pouco mais desesperada e aceitasse entrar naquele carro. Gavi ofereceu pra adiantar nossa passagem e eu disse que ia pensar. Não queria estragar a viagem dele e sabia que ele estava animado para conhecer as praias, mas não tinha mais vontade de continuar no país. Eu só queria me manter novamente o mais longe possível de tudo aquilo.

-Amor, eu to preocupado com você- Gavi fala pela décima vez desde que voltamos.

O ruim de estar no Brasil é que eu também não conseguia simplesmente me isolar de tudo quando precisasse como era em Barcelona. Aquele dia eu só queria ficar debaixo da coberta dormindo e vendo série, mas isso era impossível tendo Gavi junto.

-Só não to muito animada pra sair hoje, lindo- tentei explicar.

-Você parece deprimida- ele se senta na cama ao meu lado.

-Amanhã vou estar melhor, só preciso ficar um pouco quietinha hoje. Desculpa.

Ele assente e pega o celular em seu bolso ao ouvi-lo apitar mensagem. Encaro seu rosto que tem uma expressão confusa.

-O que foi?- perguntei me sentando.

-Sua mãe quer tomar um café comigo.

Eu falei que ela ia terminar a viagem amando mais o Gavi do que eu. Tudo que ela sempre quis foi um namorado espanhol pra mim.

-Ela vai te alugar por um bom tempo, se prepara- ri de leve.

Bom, pelo menos ia ser bom. Gavi ia se distrair com a minha mãe e ficar menos preocupado comigo e eu ia aproveitar esse tempo pra ficar quietinha no meu quarto e curtir um tempo com meu pai também.

-Ela quer que eu tome um café da tarde com ela e depois que a gente assista o jogo do brasileirão todos juntos. Flamengo e Botafogo- explica lendo a mensagem.

-Botafogo vai perder- comentei animada.

Pela primeira vez na viagem minha mãe fez algo que realmente ajudou. Me troquei e fui pra casa com Gavi e minha mãe estava mais que animada pra passar um tempinho com seu genro favorito (era o único genro, mas tudo bem). Me juntei com meu pai em seu quarto e assistimos star wars mais uma vez já que era seu filme favorito e eu sempre tinha lembranças boas da infância relacionadas a isso.

Estávamos começando o segundo filme quando ouvimos a porta se abrir novamente e a voz da minha mãe invadir a casa. Olhei o relógio e faltava pouco menos de 1 hora pro jogo começar. Pausamos o filme e fomos pra sala.

-Nini, levei o Gavi naquele café que você amava quando era menor, aquele do bolo de chocolate sabe?- comenta nostálgica.

Sorri melancólica, que saudades daquele lugar. Eu não comia aquele bolo desde que... desde que tudo aconteceu.

-Era muito bom mesmo.

-Ai, devia ter trazido um pedaço pra você- não devia, não- faz tanto tempo que você não come esse bolo. Antes ela pedia pra ir lá toda semana.

-Algumas crianças queriam ir no mc, eu só queria meu bolo- dei de ombros brincando.

-A gente pode ir lá antes de voltar- Gavi sugere e eu sorrio amarelo.

O Jogador e a brasileira- GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora