Te salvei, carinõ

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Mais um capítulo hoje porque to muito feliz e orgulhosa que o Barcelona meteu 5x0 hoje. Só faltou o Xavi colocar o Pedri pra ser perfeito.
Espero que gostem do capítulo.



Gavi me encara carinhoso e me chama pra um abraço. Tirei o jaleco e o crachá e fui até ele.

-Deita aqui comigo- pede.

-Você sabe que me deixar ao invés de Pedri foi uma péssima escolha, né? Eu vou ficar insuportável com a sua saúde até você sair daqui- ele assente sorrindo de lado.

-Tudo bem, desde que você durma agarradinha comigo.

-Você comeu?

-Eles vão trazer o jantar daqui a pouco, vou pedir pra trazerem pra você também.

-Não precisa.

-Precisa sim- ele me encara duro.

Levantei as mãos me rendendo. Olhei pro outro lado do quarto onde tinha alguns papeis e dois envelopes grandes na bancada.

-São seus exames e relatórios médicos?- apontei e ele assente- posso dar uma olhada?

-Pode, ué- ele responde me olhando estranho como se não entendesse a pergunta.

-É sigilo médico paciente, você podia negar- me justifiquei indo até os papeis.

-Aé? E o que você faria se eu negasse?

-Esperaria você dormir e ia ler tudo- admiti fazendo ele gargalhar.

Li tudo meio por cima e dei uma olhada nos exames de imagem. Sinceramente? Não entendi nada da ressonância, mas se eles falaram que ta tudo certo, eu acredito. Pela história que escreveram tinha sido só um susto mesmo, ele teve episódios de tontura e desequilíbrio e por isso foi recomendada a internação pra observação, mas provavelmente eles ocorreram por Gavi ter levantado muito rápido e voltado a jogar quando deveria ter se deitado e sido substituído. Resumo de tudo? Gavi é um teimoso inconsequente.

-Eai, doutora? Quanto tempo de vida eu tenho?- ele zomba.

Larguei os papeis na mesa e fui até ele brava.

-Você deu muita sorte que eu não tava lá, Pablo, se você toma uma bolada dessa que te derruba e insiste em jogar mesmo sabendo que devia pedir atendimento, eu ia entrar em campo e te obrigar a sair. Ia fazer um barraco e você ia passar vergonha.

-Eu ia adorar ver- me encara cínico.

Uma enfermeira entra no quarto e graças a deus não é nenhuma que eu conheço ou eu seria questionada do que estava fazendo lá. Lembrei de mandar uma mensagem pra Lupe avisando que ficaria lá, tadinha, estava até agora me esperando no estacionamento.

-Eu vou querer a opção com carne e ela... Aninha- ele me chama- carne, peixe ou frango?

-Não precisa pedir nada pra mim, Gavi- garanti enquanto digitava uma mensagem pra Lupe.

-Pra ela pode ser peixe- revirei meus olhos por ele ter me ignorado.

-Falei que não precisava.

-E quem é a teimosa agora?

Cruzei os braços. A enfermeira sai do quarto e eu volto pra perto dele. Ele abre espaço e bate ao seu lado pra eu me deitar com ele. Me deitei em seu peito o abraçando forte. Foi um dia assustador.

-E mais um dia você vai deitar de cabelo molhado- critica brincando- vou achar um secador no hospital pra resolver isso.

-Não preciso mais secar meu próprio cabelo, tenho um cabeleireiro particular né.

O Jogador e a brasileira- GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora