Coração partido

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Oiii, volteii finalmente ahahah. Foi a primeira vez que realmente me emocionei escrevendo um capítulo. Não ficou tãooo perfeito quanto eu queria, mas espero que gostem ❤️ metaa de 150 pro proximooo, obrigadaaa pelos comentários

ANINHA

O caminho até o apartamento foi um completo silêncio, acho que eu devia começar a me acostumar com isso.

Meu celular toca e eu abro uma mensagem da minha mãe com uma foto anexada.

Mãe: Ni, por que caiu no seu cartão uma cobrança de psiquiatra? O que tá acontecendo?

Merda, merda, merda. Eu tinha a esperança que ela só veria a cobrança no final do mês.

-Ta tudo bem?- a voz de Gavi surge no meu ombro, me virei pra ele e assenti- chegamos- ele aponta pra fora.

Sai do uber e me veio uma sensação tão ruim que a vontade era entrar de novo e implorar pra ele dar voltas no quarteirão por mais um tempinho.

-Aninha?- Gavi me chama confuso esperando eu abrir a porta.

Engoli a seco e obriguei meu corpo a caminhar até a fechadura do prédio, meu coração batia tão depressa que achei que fosse cair pra fora do meu peito.

Entramos em casa e Gavi vai direto pro meu quarto se sentando na cama, o sigo e faço o mesmo.

-Eu não aguento mais, Aninha. Não aguento mais ficar assim com você- ele desabafa me encarando sério.

-Eu também não- sussurrei.

-Eu não sei como voltar, eu só quero voltar ao nosso começo, entende? Nosso começo simples, sem problemas, onde era apenas Aninha e Gavi se amando. Sem infinitos problemas, infinitas brigas, eu só quero a sorte de um amor tranquilo. O amor tranquilo que a gente tinha- ele pega meu rosto e encosta nossas testas- a gente pode voltar, né? A gente consegue achar o caminho de volta.

Não, Gavi, a gente não consegue. Sinto um aperto gigante no meu peito enquanto sinto meus olhos se encherem instantaneamente de lágrimas. Como explicar que o que eu tinha pra dar pra ele era mais problema? Que se ele queria um amor tranquilo e sem problemas, eu representava o contrário de tudo aquilo.

-Eu acho que não- admiti sentindo o gosto amargo que tomava conta de minha boca.

Como eu ia ser um amor fácil e simples se tudo na minha vida representava caos?

Ele solta meu rosto e se afasta me encarando confuso.

-Por que não? O que é tão complicado que você não consegue ser verdadeira comigo?

Engoli a seco e sequei minhas lágrimas mesmo que em vão porque outras já desciam atrás.

Ok, era isso. Era a hora de contar a Gavi, mesmo que eu não tivesse tudo planejado, era essa a hora de colocar tudo pra fora.

Abri a boca, mas eu simplesmente não conseguia emitir nenhum som.

O que adiantava ser verdadeira com Gavi? Eu só ia adicionar mais problema. Minha mãe estava certa, ela disse que Gavi já tinha uma vida muito caótica e não ia querer mais problema pra ele. E isso se concretizava na minha frente.

Mas ele merecia saber. Ele merecia saber o que causou toda essa confusão que nos deixou nesse limbo da nossa relação.

-Eu...- esse foi o máximo que eu consegui.

Eu sou uma covarde. Eu sou uma covarde.

-Você tem mesmo uma explicação pra ligação que Lupe escutou?- ele me questiona desconfiado.

O Jogador e a brasileira- GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora