ANINHA
Abri o armário do hotel encarando os cabides incerta. Eu tinha óbvias duas opções: ignorar o convite e não ir ou me arrumar voando e curtir esse jantar. Se eu ficasse no hotel, seria um perfeito show de lágrimas e tristeza, mas também não sabia se estava na vibe de sair.
Bom, enquanto eu não me decidia, era melhor eu me arrumar. Peguei um top bonitinho, uma calça cintura alta e calcei uma rasteirinha. Era o melhor que eu podia fazer com meu humor. Passei uma maquiagem leve, o que significava que eu apenas tampei o que deixava explicito que eu passei o dia chorando e que não dormia direito há uma semana.
Assim que eu termino de passar o rímel meu celular toca com uma mensagem de Raphinha avisando que estavam lá embaixo, mas que esperariam se eu precisasse de mais tempo.
Sorri pra mensagem e depois encarei o espelho nervosa.
Se Gavi sequer soubesse disso...
Merda, não estamos mais juntos, eu preciso parar de considera-lo pra tudo.
Peguei minha bolsa e desci encontrando um gigante e caro carro preto na porta do hotel que não me deixou dúvidas que era dos três. Logo vejo a porta sendo aberta por dentro e sorridente Antony aparece.
-Entra ai, Aninha- ele faz sinal com a cabeça.
Assenti e entrei no banco de trás. Vini dirigia e Raphinha estava no banco de passageiros.
-Oi- cumprimentei um pouco tímida.
-Ta linda como sempre- Antony elogia.
Raphinha se vira e dá um tapa na cabeça do amigo.
-Se comporta! Vou fazer que nem fazem pra educar gato, pegar um spray de água e espirrar na sua cara cada vez que você fizer o que não deve.
-Você me acha um gato, então? Brigada, Raphinha- Antony zoa com a voz afetada.
Tenho que admitir, eu sentia muita falta de viver em um ambiente total brasileiro.
-Vamos embora antes que eu mate o Antony- Raphinha se vira pra Vini irritado.
Vini se vira pra mim e sorri logo em seguida pegando algo ao seu lado e me entregando.
-Aqui sua camisa, flamenguista.
Segurei um grito de emoção ao segurar aquela linda camisa vermelha e preta com a assinatura do meu maior ídolo.
-Brigada, brigada, brigada- agradeci emocionada.
-Quer uma do São Paulo com meu nome?- Antony zoa ao meu lado enquanto eu abraço a camiseta.
-Ew, São Paulo? Sai fora- fiz careta pra ele.
-Ninguém é perfeito mesmo- ele ri pra mim e novamente Raphinha se vira dando um peteleco nele dessa vez.
-Parem de agir como crianças- Vini reclama dando partida.
Agora que eu pensei, tamo indo pra onde?
-Se você não ta aguentando isso, vai ser uma longa noite pra você, madridista. Vai ter que aguentar sóbrio nós dois bêbados- Raphinha adverte achando graça.
-Você não vai beber?- perguntei curiosa.
Protocolo do Vardrid é não beber e roubar nos jogos?
-Não, por isso mesmo to de motorista. Tem jogo amanhã, não sou nem maluco de beber. Já to sendo maluco de sair hoje, o Ancelotti me mata se descobrir.
Jogo. Eu tinha completamente esquecido do jogo. Amanhã tem el classico. Foram muitos desde que conheci Gavi e foi um mais polêmico que o outro, espero que pelo menos nesse tudo dê certo e ninguém bata em ninguém. Ou melhor, que Gavi não bata em ninguém.
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O Jogador e a brasileira- Gavi
Fiksi PenggemarQuando Ana se muda para Barcelona para terminar sua faculdade de medicina ela estava aberta para tudo que o destino lhe reservava, só não imaginava que o que lhe esperava era um marrento jogador de 18 anos do Barcelona que reviraria seu mundo. A ima...