Só o tempo dirá

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boa noite, sumii, mas sumi porque terminei só agora o capitulo. To sem internet então valorizem porque to gastando meu escasso 3G pra postar kkkk

Espero que gostem! E obrigada pelos comentários do último capitulo, eu amei e me incentivaram muuuuito pra escrever esse o mais rapido que desse!

ANINHA

Encarei o chão por um momento fugindo do contato com Gavi. Tudo isso era demais pra um dia.

-Eu... Eu percebi que não é o curso que eu sempre sonhei, to pensando em mudar de área e...

-Não mente!- sua voz séria me repreende me interrompendo.

-Gavi...- o encarei parado de braços cruzados me olhando.

-Eu te conheço, Aninha. Eu sei que mentir é seu primeiro mecanismo de defesa, eu já aprendi que sempre que você mente sua sobrancelha direita sobe levemente e seu lábio fica trêmulo. Eu não me importo de esperar 3 horas pra você se sentir pronta pra conversar, mas não tenta fugir mentindo ou arranjando desculpas.

Assenti e fiz sinal para ele sentar ao meu lado. Comecei a brincar com os dedos de sua mão enquanto pensava em como começar tudo aquilo. Assim que eu abro a boca alguém bate na porta.

-Eu atendo- Gavi se levanta por um momento e logo volta com um prato tampado.

Ele coloca em cima da mesa e assim que a tampa é retirada e um hambúrguer com batata frita surge, eu sinto meu estomâgo revirar ao ponto que meu único instinto é ir para trás me sentando um pouco mais distante da beirada da cama.

Gavi me encara um pouco magoado, mas só tampa o prato e me estende o cardápio.

-Não precisa comer isso. Mas escolhe algo daqui- o encarei em pânico- qual foi a última vez que você comeu? Fala a verdade.

-Ontem a tarde.

-O que você comeu?- insiste preocupado.

-Bolacha água e sal- murmurei baixinho.

A boca de Gavi se abre em puro choque e decepção e ele logo se vira de costas pra mim. Me levantei da cama e me coloquei a sua frente encarando seus olhos marejados.

Merda.

-Me desculpa- murmurei com a voz embargada- não quero te deixar assim, desculpa.

Ele assente e sobe sua mão fazendo um carinho sutil na minha bochecha.

-O que a psicóloga falou pra você sobre tudo isso?- desviei meu olhar e sai da sua frente voltando a sentar na cama- Aninha...- ele me chama sério- você tem ido na psicóloga e na psiquiatra, não é?

Respirei fundo e lutei contra toda minha vontade de mentir pra desviar e acabar com esse assunto. Não queria falar sobre isso, não queria decepcionar ainda mais Gavi, não queria que ele tivesse que se preocupar com mais uma coisa.

Fechei os olhos e só neguei com a cabeça esperando o furacão que vinha em seguida.

-Que? Ta doida, Aninha? Como você pode ser tão irresponsável assim? Me dá um motivo pra você ter feito isso- ele pega meu braço me obrigando a abrir os olhos e encara-lo.

Tomei um susto com sua mudança repentina e minha reação foi a pior possível.

-Foi por dinheiro e...- soltei a primeira coisa na minha mente- porra, não foi por dinheiro- me corrigi balançando a cabeça.

Desviei de seu toque e me joguei pra cabeceira da cama me sentando cansada de tudo aquilo.

-Aninha, eu sei que não foi por dinheiro. Desculpa levantar o tom, mas eu to preocupado com você. Eu sei que a gente teve semanas muito ruins, sei que nos magoamos, mas eu to realmente preocupado com você. Vamos lá, por que você quer largar a faculdade e porque parou de ir na psicóloga?

O Jogador e a brasileira- GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora