Recomeço ou o começo do fim

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OLAAA, capitulo curtinho, mas eu precisava pontuar algo especifico nele antes de avançar a história com os dois. Obrigada por todos os comentários, o próximo já está sendo escrito e deve ficar pronto amanhã de manhã. Pensei em manter essa meta de 100 porque realmente me motiva muuuito a escrever quando eu leio o comentário de vocês e vejo o que vocês tão achando e qual a opinião de vocês. Acho que fica justo pra todo mundo hahaha eu escrevo mais rápido e vocês me motivam. Boa noite e visca barça depois dessa vitória linda dos meninos ❤

GAVI

-Já falei, dá um tempo pra vocês dois, vai ser o melhor- Pedri me aconselha apertando de leve meu ombro.

Ainda estava sentado no sofá do apartamento de Lupe e Aninha sem ter forças pra levantar e ir embora com os dois.

-Eu preciso ligar pra Edgar- lembrei bufando.

-Seu empresário? Por que?- Lupe se senta ao meu lado no sofá.

-Porque eu contei tudo pra ele ontem e ele pediu pra ligar atualizando ele.

-O que ele disse sobre tudo isso?- ela indaga curiosa.

Pedri faz sinal de não com o dedo e aponta pra porta.

-Deixa a Aninha pensar um pouco, vamos logo. Você conta em cara- ele alcança a chave do carro de Lupe em cima da mesa e aponta pra porta novamente.

Assenti e os segui até a garagem.

O que eu sabia até agora: Aninha estava sem menstruar há três meses e não me contou, ela falou pra amiga dela que torcia pra estar grávida e que isso seria um alívio, ela ficou desolada ao descobrir que não estava grávida, Edgar estava no meu ouvido dizendo que ela fez de propósito e tentou engravidar de propósito.

Tudo isso se encaixava perfeitamente. Mas como eu podia acreditar nisso? Em todos esses meses juntos ela sempre me mostrou o melhor dela, sempre esteve ao meu lado. Porra, eu não podia desconfiar da mulher que eu amo dessa forma.

Assim que entramos no carro eu me inclino sobre o espaço entre o banco de motorista e o de carona colocando minha cabeça entre o casal.

-Edgar tem uma teoria louca que Aninha é uma interesseira- vomitei a informação antes mesmo de Pedri colocar a chave na ignição.

-Ok, conta a teoria dele- Pedri pede com calma.

-Que? Ta maluco, Pedro? Esse empresário do Gavi tá doido- Lupe se vira inconformado.

-Eu concordo, ele é maluco mesmo. Mas do jeito que o Gavi ta agindo, isso ai ta infiltrando na mente dele, então vamos analisar essa teoria pra ele tirar isso da mente.

Era impressionante como Pedri sempre tinha um bom conselho pra dar. Lupe faz sinal pra eu contar e eu explico tudo, desde a ligação, a conversa no carro, o que aconteceu quando abrimos o envelope, tudo.

-Ta, Edgar não soa tão maluco assim- Lupe murmura.

E agora foi a vez de Pedri jogar o carro pro lado e estacionar com brutalidade.

-Ninguém. E eu repito. Ninguém vai sugerir que Aninha é interesseira nesse carro- ele pontua sério se virando pra nós dois- ainda mais sem a presença dela pra se defender. Independente das coincidências.

-Sabe o que me pega nisso tudo. Eu conheço Aninha, amo ela, realmente acredito que seja um mal entendido. Mas de novo ela me escondendo coisa, entende? E eu disse... Eu disse que não ia aceitar mais mentira no relacionamento. Só o fato dela ter escondido isso por três meses já me magoa, mas agora de novo ela tá escondendo algo. Alguma explicação, sei lá. Mas algo. Eu não consigo manter um relacionamento assim.

-Ta bem claro, né. Porque se for pra tratar sua namorada dessa forma, é melhor não namorar mesmo.

Me afundei no banco e cruzei os braços chateado. Retiro o que disse, não gosto muito dos conselhos de Pedri.

-Não precisa falar dessa forma, Pedri. Gavi está magoado e tem razão pra isso- Lupe me defende.

-Sabe, se você continuar passando a mão na cabeça dele porque são amigos, Gavi vai continuar errando. Alguém tem que apontar os erros dele.

Ótimo, parecia que os dois iam iniciar uma briga de casados e o filho era eu.

-Vocês lembram que eu to no carro, né?- questionei estranhando.

Lupe cruza os braços brava e vira o rosto pra Pedri.

-Gavi, todas as vezes que você arrancou uma informação da Aninha sem ela estar pronta pra te contar, isso deu errado pra vocês. Causou brigas e choro antes de vocês se resolverem. E dessa vez é a mesma coisa, se alguém- ele se vira pra Lupe a censurando- não tivesse se metido no meio da ligação, vocês teriam se resolvido sem brigas quando Aninha estivesse pronta pra te contar.

Ok, Pedri estava certo nessa também. Forçar Aninha a falar nunca resolvia fácil a questão, só me trazia mais caos.

-Para de jogar isso na minha cara! Eu já pedi desculpas!- Lupe levanta o tom chateada.

Pedri balança a cabeça e liga o carro continuando a dirigir.

-E o que eu faço?- questionei como se fosse óbvio.

-Eu acho que você tem que parar de ser um babaca com ela e tentar trabalhar isso de dar um tempo pra ela. Você mesmo disse que não acredita que Edgar está certo, então tira isso da sua mente, Gavira. 

-Por que eu tenho que confiar nela se ela nunca confia em mim?- murmurei chateado.

-Porque todas as vezes que você exigiu verdade eram assuntos traumáticos e difíceis, Gavi. Não é a mesma coisa. Eu sei que você ta magoado, eu sei que você ta triste que vocês estão em crise, mas com essa atitude você vai piorar tudo!

Assenti.

Mais um acerto de Pedri.

Chegamos na casa de Pedri e eu vou pra varanda falar com Edgar. Pelo menos Pedri tinha colocado minha cabeça no lugar. Eu vou ignorar o que ele falar com Aninha e lidar com tudo isso entre nós apenas.

-Pablo. O que tem pra me contar?- credo, saudades dele me chamando de golden boy.

-Aninha não está grávida- despejei a noticia que ele mais queria.

-Graças a deus- ele suspira aliviado- e então? Eu estava certo ou você estava?

Fiquei em silêncio. 

Por alguma razão aquilo foi meu gatilho final. Desabei na cadeira de praia perto da piscina e comecei a chorar.

Eu só queria ter um namoro normal. Voltar ao normal, ao nosso normal. Queria acordar do lado da mulher que eu amo, jogar no Barcelona, ganhar títulos, faze-la feliz. Por que isso é tão difícil? Por que toda vez que estamos bem a porra do roterista da nossa história resolve colocar uma nova pedra no nosso caminho?

-Pablo? Você ta chorando?

Desliguei o telefone.

Talvez só o tempo conseguisse curar direito nossa relação, talvez eu precisasse dar um passo pra trás em tudo isso e me afastar da confusão.

Ou talvez esse fosse o começo do nosso fim e esse choro o primeiro de muitos por ia.

Porra, por favor, roterista, não me faça perder o amor da minha vida. 

O Jogador e a brasileira- GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora