PEDRI
Graças a deus não demoro muito pra avistar Aninha entrando na faculdade, mais cinco minutos naquele sol e eu teria desistido e ido assassinar Gavi. Tem que ser um melhor amigo muito bom pra me meter nessas furadas por ele.
Assim que me aproximo Aninha sorri de lado parecendo genuinamente feliz em me ver. Já o amigo dela do lado não tinha a expressão mais convidativa do mundo. De verdade? Eu apostaria meu troféu Golden Boy que esse ai quer pegar Aninha.
-Pedri? O que faz aqui?- pergunta confusa.
Vamos testar minha teoria.
-Oi, Aninha!- cumprimentei animado e a puxei pra um longo abraço levantando meu olhar pra seu amigo.
Expressão de incomodo na hora.
Se Gavi estava só preocupado com Antony por ai, vou dizer que ele tem outra preocupação.
-Você não me respondeu- pressionou ainda abraçada em mim.
Desfiz nosso abraço e sorri de lado pra ela.
-Você tem aula agora?- por favor, não tenha.
-Não, acabou de ser cancelada.
-Estavamos voltando pra casa, na verdade- seu amigo intervem.
Amigão, seja menos gado, por favor.
-Precisava conversar com você, pode ser?
Ela me olha feio e nega com a cabeça.
-Gosto muito de você, Pedri, mas sem condições de eu ficar te ouvindo defender meu ex.
Levanto as mãos em sinal de rendição.
-Prometo que não são minhas intenções. Já te falei isso outra vez: to aqui como seu amigo e não como o de Gavi. To preocupado com minha amiga e queria conversar. Por favor?
Ela sorri leve e assente.
-Ta bom. Mas sem Gavi- assinto a garantindo que o papo não seria esse.
-Vamos tomar um café ali?- apontei com a cabeça pro estabelecimento do outro lado da rua.
Ela assente e se vira pro seu amigo.
-Eu te espero na biblioteca pra te dar carona.
Essa eu vou fazer pelo meu hermano Gavi.
-Fica tranquilo, cara, eu dou carona de volta pra ela- sorri cínico.
Aninha encara a cena incomodada.
-Sim, Ale, fica tranquilo. Não precisa me esperar.
Eles se despedem e eu atravesso a rua com Aninha que repensava a conversa desconfiada.
-Que estranho, Alejandro é tão fã de vocês, achei que ele ia surtar quando te visse como surtou a primeira vez que viu Gavi. Acho que a ressaca bateu forte demais nele.
-É... A ressaca mesmo...- debochei baixinho.
Você já foi mais esperta, Aninha.
Nos sentamos em uma mesa mais afastada e eu peço uma banana split enquanto Aninha faz o pedido apenas de um café preto sem açúcar.
-Você é inimiga da diversão, hein- reclamei de seu pedido sem graça.
-Eu almocei faz 20 minutos e to de ressaca ainda, para de julgar- ela dá risada.
Sorri de volta e me retive um momento nela. Aninha estava péssima. Seu rosto parecia ainda mais pálido, seu cabelo estava molhado e levemente desarrumado, tinha o rosto inchado e grandes olheiras que denunciavam que o processo do término estava sendo tão cruel com ela quanto com Gavi.
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O Jogador e a brasileira- Gavi
Fiksi PenggemarQuando Ana se muda para Barcelona para terminar sua faculdade de medicina ela estava aberta para tudo que o destino lhe reservava, só não imaginava que o que lhe esperava era um marrento jogador de 18 anos do Barcelona que reviraria seu mundo. A ima...