Apesar da evidente mágoa de nossa conversa, Gavi ainda assim quis me levar pra almoçar com seus pais no dia seguinte e eu fui apesar de estar morta de nervosismo.
-Lindo, essa roupa ta boa mesmo?- me encarei no espelho pela milésima vez.
-Você ta linda como sempre- me abraça por trás- vamos, já estamos atrasados.
Fui dirigindo o carro e o nervosismo parecia aumentar cada vez mais apesar de Gavi tentar me distrair com assuntos aleatórios. Chegamos no almoço e minhas mãos já suavam frio.
-Relaxa, carinõ- ele ri vendo meu nervosismo.
Ele pega sua chave da casa abre o portão me guiando com uma leve mão nas costas. ele abre a porta de casa e eu ouço algumas vozes vindas da cozinha. Ainda dá tempo de sair correndo?
-Pablo!- Aurora aparece e o puxa pra um abraço caloroso- e você deve ser a Aninha! Prazer!- ela me abraça e eu retribuo ainda nervosa.
-Prazer, Aurora- sorri quando nos separamos.
Olhei de soslaio pra Gavi que tentava esconder o riso ao me ver tão nervosa.
-Vem, nossos pais estão loucos pra te conhecer- ela me puxa pela mão até a cozinha.
Entramos na cozinha e a mãe de Gavi me cumprimenta sorridente.
-Oi, querida! Seja bem-vinda- ela me abraça de leve.
-Obrigada por me receber, Senhora Gavira- sorri.
Gente, sério, que pesadelo! Não sei porque tava tão nervosa.
-Me chame de Gavinin- me corrige simpática.
O pai de Gavi terminava de mexer uma panela e logo vem ao nosso encontro também.
-Você é a famosa Aninha, então? Prazer, Pablo.
-Prazer.
Gavi me puxa até a mesa da sala.
-Viu, não foi tão ruim- comenta com a mão na minha cintura.
-Eu poderia vomitar agora mesmo.
Ele ri de leve e me abraça se sentando ao meu lado.
O almoço seguiu melhor do que eu imaginava. Os pais do Gavi eram muito acolhedores e pareceram muito impressionados com o fato de eu ter escolhido sair do Brasil pra fazer medicina. Aurora também foi extremamente simpática e me ajudou a escapar de algumas perguntas difíceis, principalmente as que envolviam "então vocês estão namorando, né?".
-Temos que ir- Gavi anuncia olhando a hora- tenho treino hoje as 17.
Gavi tinha comentado comigo semana passada que como tinham perdido um dia de treino pra fazer umas gravações da parte publicitária do Barcelona, o treino de terça virou treino de domingo. Uma delícia.
-Vê se aparece mais, hein, você ta sumido!- cobra sua mãe- e traga mais a Aninha! Foi um prazer, querida.
Nos despedimos e assim que Gavi tranca a porta da frente e caminha até o portão eu suspiro aliviada. Gavi gargalha ao olhar minha expressão.
-Relaxa, minha linda, eles te amaram.
-Mesmo? Não falei nenhuma besteira?
-Aninha, depois que você me dedurou falando que eu ando dirigindo o carro sem carteira, que você não gosta disso e você que veio dirigindo, você ganhou o coração deles. E o da Aurora você ganhou quando elogiou a bolsa nova dela.
-Se você não tem carteira, porque caralhos você tem um carro na sua casa?- questionei confusa. Nunca tinha parado pra pensar minha nisso.
Entramos no carro de novo e eu dou partida indo pra casa de Pablo.
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O Jogador e a brasileira- Gavi
Hayran KurguQuando Ana se muda para Barcelona para terminar sua faculdade de medicina ela estava aberta para tudo que o destino lhe reservava, só não imaginava que o que lhe esperava era um marrento jogador de 18 anos do Barcelona que reviraria seu mundo. A ima...