Capítulo CXXXI

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Aos poucos, chegaram alguns outros animais. Patos, que deitaram em cima da vaca, pintos, que se aninharam no restante de espaço que havia entre Kenzaburo e Mimosa, o dálmata filhote deitou no colo de Kenji e algumas outras vacas também surgiram, uma delas deitou ao lado de Kenzaburo, e em algum momento decidiu lamber o cabelo dele. Oe estava muito concentrado para dar a devida atenção ao cabelo babado. Quando o filme terminou, Kenzaburo enfim se inclinou para se livrar da vaca que o lambia, mas ela nada fez, quando ele voltou a posição inicial, continuou a lamber seus fios.

— Eu amei esse desenho! Ai que fofo. — Kenji comentou alegremente, e Kenzaburo ofereceu um sorriso contente de volta. — Kenza, você é muito legal. Eu gostei. É bom. Theo ia me mostrar?

— Segundo ele, sim. Pode ver outros, ou pode ver com a gente, eu tô mostrando pra ele também. — Comentou, e Kenji acatou a ideia. — Tá começando a-- Tem alguma coisa no meu cabelo.

— Não era a Nescau? — Perguntou, olhando para cima e avistando um pássaro aconchegado nos fios melados de Kenzaburo. — Ah, é um passarinho. Você é tipo a branca de neve. Tem a Mimosa, a Nescau, os pintinhos, o café com leite, esse passarinho, os patos. Ninguém se junta desse jeito.

— Pois pode muito bem separar todo mundo. Tá ficando tarde, a gente tem que voltar pra casa. Você não dorme de tarde?

— Só depois do almoço, é hora do almoço? — Perguntou, confuso e curioso, o japonês afirmou não saber, mexendo a cabeça e não perdendo o pássaro, então, impaciente, o pegou de sua cabeça, agoniado com a textura das penas e patas, o soltou. O animal acabou se aconchegando no ombro alheio, e Kenzaburo desistiu.

Eles levantaram e os bichos se dissiparam conforme eles caminhavam. Em casa, Kenji foi ordenado que tomasse banho para comer e dormir, e Kenzaburo encarou a avó de Nakahara, que estava também esperando que ele fosse tomar banho para almoçar. Ele tardou a entender, e perguntou onde raios estava Dazai, então, fora informado que o casal saiu, que não iriam almoçar com eles. Descontente, mas sem muito o que fazer, subiu as escadas e acabou adentrando no quarto de Theodore, onde o rapaz estava com Odette. Estavam deitados jogando Roblox, mas abriram sorrisos contentes vendo o japonês, então, desligaram o celular sem pensar duas vezes.

— Oi, Kenza! Quem é esse seu novo amigo? — Perguntou Odette, apontando para o pássaro no ombro do japonês.

— Não sei. — Respondeu, ele realmente não sabe quem raios é esse pássaro.

— E esse cabelo? Foi a mimosa?

— Não, Kenji chamou ela de cacau. — Respondeu, errando o nome da vaca.

— Cacau? Foram ver os bebês? — Perguntou, confuso, e o rapaz negou. — Ah, tá. Foi a Nescau. Cacau é uma mais escura.

— Ah, ela era clarinha mesmo. Sua vó mandou a gente ir tomar banho. Eu mostrei Ponyo pra ele, ele gostou. — Avisou, abrindo um sorriso contente, fazendo os dois derreterem, o que o deixou com as bochechas vermelhas. — Eu vou tomar banho.

—  A gente pode conversar com você? — Perguntou, e Oe voltou a dizer que iria tomar banho. — A gente pode conversar pelo box, é fosco mesmo.

— Não. O que vocês querem conversar? Achei que fossem dormir o dia todo. — Comentou, e Odette afirmou estar acordada há pouco mais se uma hora. — Você dormiu depois que a gente se falou?

— Dormiu não, hibernou. Achei que tinha morrido, juro pra você. Entrei em desespero. — Reclamou, e a garota afirmou que Theodore era dramático. — Não sou!

— É, sim! — Odette reclamou, e Theodore afirmou que a garota dormia muito. — Kenza, eu não durmo isso tudo, né?

— Na verdade, dorme. E ele é dramático mesmo. — Afirmou, e a garota revirou os olhos, assim como Theodore. — Achei que aqui estivesse desocupado, mas eu tomo banho no meu.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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