Capítulo CXXXII

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Kenzaburo encarou o garoto, tentando entender o que o outro achava que ganharia sendo dengoso daquela forma, Theodore se aproximou, pondo as mãos nos ombros de sua avó e checando por cima dela o que ela fazia. Oe voltou notar as manchas do rapaz, estava sem camisa, ele e Chuuya tem o mesmo costume de ficar sem camisa pelos cantos.

— Não tá pronta, e não pode comer ela quente. Pegue o avental, já que está aqui, vamos fazer um bolo de chocolate. Vai me ajudar no fogão, o Kenza não gosta. — Informou, e o neto prontamente colocou o avental, mas a mais velha franziu o cenho. — E sua camisa?

— Não faz mal. É o calor. A Odette tá dormindo, não quis vir comigo. — Resmungou, e a mais velha afirmou que Odette deve descansar, ela provavelmente está exausta de andar com Theodore de um lado para o outro da fazenda. — Aham. É de andar muito, sim.

— De novo? — Oe perguntou, descrente, e Theodore negou, afirmando que Odette dormiu poucas vezes, ou seja, estava tirando outro cochilo. — Ela dorme muito mesmo.

— É, e sobre o que falavam? — Theodore perguntou, começando a pegar os itens na cozinha e os pondo na bancada enquanto sua avó respondia. — Ai, adoro crianças. Eu quero ter dois ou três filhos. Pode ser biológico, ou adotado também. Ih, vóinha. Acabou o ovo.

— Vá buscar com ele no galinheiro. — Ordenou, apontando para a cesta e logo assistindo o neto puxar o japonês até o galinheiro.

— Galinha você já viu, né? Não tem como. Ó, vou te ensinar. Chega nela dando aquele mimo, aquele elogio bobo. Tá bonita hoje, dona Branca. — Comentou, se aproximando da galinha que estava na chocadeira. — Aí só põe a mão aqui embaixo e pega os ovos. — Narrou, puxando os ovos e os pondo na cesta. — Sua vez.

— Tem que elogiar? — Perguntou, e o outro afirmou ser educação. — Ah, e qual o nome dessa?

— Essa é a Mel. — Ensinou, e Kenzaburo realmente fez o que Theodore ensinou, pegando alguns ovos e afirmando estarem quentes. — É o objetivo. Vóinha quer quantos?

— Ela não disse. Por que você tá sem camisa? Tipo, tudo bem que tá calor, mas suas costas ainda estão meio vermelhas. — Resmungou, e Theodore disse que Odette deu total certeza que estava tudo bem. — “Bem” é uma palavra muito forte, mas não tá mal. — Comentou, analisando as costas do rapaz, eles pegaram mais alguns ovos e voltaram para a cozinha. Sua avó já estava separando os ingredientes secos. — Aqui, vóinha. Tem leite aí?

— As garrafas estão lá dentro. Vá com ele, neguinho, por favor. — Pediu, apontando para Kenzaburo ir com Theodore.

— Ela me chamou de neguinho? Eu sou amarelo. — Comentou, começando a duvidar da própria etnia.

— É apelido. Ela provavelmente confundiu, já chamou o Ciel assim também. É essa garrafa aí. Me dá. — Pediu, e Kenzaburo a pegou, questionando o porquê armazenavam o leite dessa maneira. — É das nossas vaquinhas. A gente separa pra fazer queijo e tal. Aliás, quer fazer queijo, Kenza? Agora não. Depois. É fácil. A gente faz um queijo nosso. Eu, você e a Odette.

— Nunca fiz queijo. Mexe com fogo? — Perguntou, e o outro afirmou que, se houvesse algo para fazer no fogo, ele podia fazer com Odette. — Então tudo bem.

— Agora, preciso que mexam aqui rapidinho. Só vou olhar a geleia e a compota. — Pediu, entregando o fuê para o neto que continuou a bater a massa, enfiando o dedo nela e provando da mesma, logo exibindo o dedo para Oe também lamber. — Theo, não deve comer a massa crua. Vai dar dor de barriga.

— Mas é gostoso, vóinha. — Resmungou, sentindo Oe lamber seu dedo e elogiar a massa da avó. Ele esperava ser ignorado, mas Oe realmente provou. — Né? Uma delícia. — Resmungou, ouvindo sua avó pedir que fizesse o chantilly. — Agora, minha patroa. — Murmurou, e Kenzaburo franziu o cenho com o quão rápido estava acontecendo. — Me dá essa garrafa, Kenza.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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