Narrado por James:
– Oi Romeo – falo por telefone
É, havia chegado a hora de colocar a conversa em dia. Enfim havia chegado a hora dos desabafos...
– Cara, agora me conta tudo sobre esse comercial – pediu ele – Eu quero que você me conte absolutamente tudo e em detalhes, até chegar na parte do seu beijo improvisado e completamente inesperado por todos, na Evelyn.
Respiro fundo e digo:
– Bom, pra início de conversa, eu tenho que te dizer que a Evelyn se tornou a modelo do comercial porque eu não tinha química alguma com a modelo que escolheram chamada Mary...
É, havia chegado a hora das confissões.
– Mary? Nossa, que nome bonito – comentou ele
– Bom, ela era bonita – corrijo – Mas não tanto quanto a Evelyn...
– Hummmm, isso tá ficando interessante hein?
Quando o Romeo lançou esse hummmm malicioso, consegui imaginar perfeitamente a cara que ele fez, porque desde sempre eu conheço esse carinha.
Quando esse pirralho nasceu, por diversas vezes coloquei ele pra dormir com a orientação do meu pai que sempre me aconselhou a ver o meu irmãozinho como se ele fosse meu melhor amigo. Meu pai sempre definia a gente como se nós dois fôssemos os campeões dele.
Desde sempre, o meu pai nos ensinou a não ficarmos competindo um com o outro, porque ele odiava ao menos pensar na simples ideia de uma possível rivalidade entre irmãos.
– Bom, continuando – falo, tentando atrair completamente a atenção do meu irmão – Eu conheci um publicitário muito gente boa chamado Edward. Ele me entregou o roteiro que eu deveria seguir ao pé da letra e o comercial foi dividido em várias partes, cara.
– Uau, que legal – disse ele, parecendo já imaginar a cena – E é sério mesmo que esse comercial foi dividido em várias partes?
– Sim – respondo – Várias e complicadas partes.
– Nossa, você deve ter ficado cansado hein?
Eu rio e digo:
– Cansado e sobrecarregado viu? Caramba Romeo, você nem faz ideia de tudo que eu vivi hoje.
– Bom, eu posso imaginar – afirmou ele – Mas e aí? O que aconteceu?
– Eu troquei de roupa não sei quantas vezes hoje, cara – falo com sinceridade – Eu praticamente fiquei morando dentro de um camarim.
– Sério? Você conheceu um camarim de verdade? – perguntou ele, já totalmente surpreso
– Sim, e foi muito legal – digo com sinceridade – Eu fui muito bem recebido por todos Romeo, mas acontece que houve um pequeno probleminha comigo e a modelo...
– Como assim James? – questionou ele, completamente intrigado – O que houve?
Bufo e digo:
– A primeira cena do comercial exigia uma certa troca de olhares apaixonados entre mim e a tal de Mary, mas adivinha? Eu não consegui me concentrar e tão pouco consegui a olhar do jeito que o pessoal queria pelo fato da minha cabeça só pensar em uma coisa...
– Em quê? – Romeo pareceu ficar preocupado com o que eu fosse dizer a seguir.
– Na Evelyn, cara – confesso – Eu não consegui olhar pra modelo do jeito que o pessoal queria porque eu só fiquei pensando na Evelyn. Romeo, eu juro que toda vez que ela olhava pra mim enquanto eu tocava a guitarra, parecia que ela dizia com o olhar que ela não era a minha cacheadinha...
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O fisioterapeuta e a milionária - Um amor profético
SonstigesO que leva uma pessoa a amar outra? Será que são as coisas em comum que ambas tem? Ou será como um encantamento que acontece de maneira natural sem nos darmos conta? Acham que o amor pode ser como uma profecia? Que ele pode ser considerado algo prof...