Será que eu devo confessar o óbvio?

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Narrado por James:

Fui até a sala de fisioterapia para conversar com o Richard, para fazermos uma nova sessão de fisioterapia juntos. Assim que cheguei lá, vi ele sentado em sua cadeira de rodas, e vi o filho dele, que é o pai da Sarah.

O Paul, nome do filho do Richard, me cumprimentou de um jeito bastante simpático, e pediu licença, porque ele precisava sair para atender uma ligação, e iria aproveitar para ir até a lanchonete.

Assenti ao ouvir aquela explicação dele, e depois digo:

– Pode deixar que eu vou cuidar muito bem do seu pai ok?

Ele sorri e diz:

– Disso eu nunca duvidei – ele olha para o pai dele, e acena – Até depois pai, e comporte-se hein?

Richard começa a rir, arqueia a sobrancelha e diz:

– Filho, eu ainda sou o seu pai viu? E a minha autoridade nunca pode ser questionada ou substituída por você.

Rimos juntos e a cópia mais jovem do Richard diz:

– Ok, desculpe e até já.

– Mas escuta Paul, e a Sarah? – questiono – Como ela está?

  Ele sorri e diz:

– Obrigado por perguntar pela minha garotinha, James, e ela está bem ok?

Abro um enorme sorriso ao ouvir isso e digo:

– Que bom, eu fico muito feliz por saber disso.

– Só que ela sente saudades de vir ao hospital para alimentar os peixinhos do jeito que você e eu a ensinamos – disse ele, aos risos.

Eu rio e digo:

– Eu imagino, mas ela sempre será muito bem vinda aqui, ok? Eu gosto muito dessa menininha.

Paul sorri e diz:

– E ela de você.

Então, quando ele se retirou, olhei para o meu paciente e perguntei:

– E aí Richard? Está tudo bem?

Ele assente sorrindo e diz:

– Melhor impossível meu filho, eu estou muito mais familiarizado com a minha prótese.

O aplaudo sorrindo e digo:

– É disso mesmo que eu gosto de ver hein? Parabéns.

– E eu devo isso a você – confessou ele, ao respirar suavemente – Porque a sua paciência comigo durante todo esse tempo, é sem dúvidas única e excepcional.

– Eu que agradeço a sua confiança depositada em mim – falo com sinceridade – Mas e aí? Bora de barras paralelas?

Ele assente e diz:

– Sim senhor.

Eu rio, me aproximo dele e o conduzo até às barras paralelas. Então chegando lá, tudo começou a acontecer naturalmente e perfeitamente. O tirei da cadeira de rodas e o coloquei lá para ele ir se movimentando.

– Em breve, se Deus quiser, eu vou vir pro hospital andando normalmente com a minha prótese – disse Richard, cheio de confiança.

– Se Deus quiser, assim será – falo sorrindo – Mas depois que você melhorar, eu vou sentir saudades de você aqui no hospital, porque eu gosto de conversar com o senhor.

O fisioterapeuta e a milionária - Um amor proféticoOnde histórias criam vida. Descubra agora