Narrado por James:
Eram tapas e mais tapas dados na minha cara no decorrer do filme. Dei até graças a Deus quando eu fui comprar mais refrigerante para a Evelyn beber, uma barra de chocolate que eu fiz questão de comprar, por conta própria, especialmente para ela, e mais pipoca para nós dois...
Por sorte eu havia percebido que ela já tinha comido tudo e que eu também tinha, então esse era o pretexto perfeito para que eu saísse dali. Eu precisava muito mesmo sair daquela sala nem que fosse por um mísero segundo...
O protagonista do filme disse uma coisa que eu acho que eu vou levar pra minha vida toda, que foi a fala em forma de pergunta:
"– Como eu exigiria amor da outra parte, se eu próprio não sei dar?"
Essa foi uma pergunta um pouco pesada...
A protagonista até tentou se defender dizendo algumas coisas que faziam muito sentido mas ele disse:
"– Não confunda as coisas, meu anjo. Aqui eu estou me referindo ao amor de namorados, pode ser até de marido e mulher, porque eu não vou falar de amor de mãe ou pai, porque esse amor se ama incondicionalmente, e eu não sei se o seu amor é algo incondicional."
A moça até disse que se ele permitisse, ela mostraria pra ele que ela o ama sim de uma forma incondicional, mas ele estava decidido a não acreditar em nada do que ela fosse dizer...
Fiquei refletindo bastante, e logo em seguida voltei para a sala do cinema entregando o refrigerante, o chocolate, e o balde de pipoca para a minha namorada, que disse com um sussurro:
– Muito obrigada, meu príncipe.
Meu príncipe...
Evelyn, será que você pode ser a minha princesa?
– De nada – digo com um sorrisinho – Tomei a liberdade de comprar um chocolate para você, então espero que goste.
Ela sorri e diz bem baixinho:
– Eu adoro chocolate. Muito obrigada, você é um amor.
Pisco o olho para ela, e voltei a olhar para aquele telão e continuei vendo o filme, enquanto a Evelyn comia o chocolate que eu a dei.
"– É que eu tô esperando a pessoa certa aparecer entende? – disse a protagonista do filme, um pouco envergonha."
Então ele disse a ela:
"– Acho que essa pessoa já apareceu, mais especificamente está agora na sua frente..."
Nossa, agora que finalmente ele estava se abrindo em relação aos sentimentos dele por ela, eu vi isso como um sinal.
Olhei para a Evelyn que olhou para mim sorrindo, ao ter bebido um pouco de refrigerante. Sim, aquilo sem dúvidas era um sinal.
A nossa troca de olhares ocorrendo naquele exato momento, era um sinal.
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O fisioterapeuta e a milionária - Um amor profético
RandomO que leva uma pessoa a amar outra? Será que são as coisas em comum que ambas tem? Ou será como um encantamento que acontece de maneira natural sem nos darmos conta? Acham que o amor pode ser como uma profecia? Que ele pode ser considerado algo prof...