Como explicar o que eu estou sentindo?

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Narrado por James:

Antes de ir trabalhar, fui até o meu guarda-roupa e peguei o meu maiô preto para o vestir por debaixo da minha roupa. Naquele mesmo dia, eu teria uma sessão de hidroterapia com a Evelyn, que seria a primeira que iríamos fazer, e eu precisava estar pronto para ajudá-la no que fosse preciso.

Peguei uma bolsa azul que eu tenho, onde eu colocaria o meu jaleco branco enquanto eu estivesse na piscina com a cacheadinha fazendo a sessão de hidroterapia. Eu precisava me precaver, né? Porque afinal eu não poderia nadar na piscina usando a minha roupa de médico, e quando aquela sessão terminasse eu logo trocaria de roupa de novo, para voltar a usar o meu jaleco completamente seco do jeito que é pra ser. Que bom que aquela sala tem um banheiro para que eu possa fazer isso.

Então depois de tudo pronto, fui para o hospital esperar por ela. E sem dúvidas essa espera sempre valeria a pena, pelo fato de eu testemunhar seu sorriso lindo...

Hoje a Evelyn seria a minha única paciente, então a minha atenção total estaria voltada para ela.

Chegando no hospital, eu fiquei esperando a Evelyn chegar porque eu precisava tanto vê-la de novo para começarmos logo...

Eu queria fazer o meu melhor por ela para que ela ficasse contente por estar sendo a minha paciente.

Eu estava ansioso, porque o que ela e eu faríamos juntos naquele dia, era um passo muito importante para a recuperação dela. Eu estou muito confiante e esperançoso que logo logo, ela vai voltar a andar e ser muito feliz, porque ela merece isso e muito mais. Como explicar isso? Como explicar o que eu estou sentindo? Porque eu simplesmente só a admiro.

Logo a Holly entrou na minha sala, e me avisou que a Evelyn e a mãe dela já haviam chegado juntas. Caramba, era agora ou nunca o que teríamos que fazer.

Então elas entraram na minha sala, e eu fiquei admirando a Evelyn usando aquela camisa preta...

Será que ela estava mesmo preparada? Então depois eu conversei com a dona Julie, e depois disso, assim que ela foi embora, chamei a Evelyn para irmos juntos até a piscina para começarmos a nossa tão sonhada sessão. Pedi para que ela levasse a minha bolsa azul e ela concordou com um sorriso encantador.

Caramba, por que esse sorriso lindo dela, me estremece tanto assim? Gosto de ter contato com os meus pacientes e gosto que eles possam sorrir para mim, mas com ela era algo tão único e especial que eu não sabia nem ao certo como explicar isso direito.

E quando chegamos lá, a Evelyn ficou completamente encantada com aquele lugar. Comentei com ela sobre o meu pai e ela ficou muito contente em poder ouvir sobre a minha história de vida. Eu sei que eu sempre conto para os meus pacientes a minha história de vida, mas com a Evelyn definitivamente isso foi muito diferente...

Evelyn desabafou comigo ao dizer sobre os desejos dela sobre querer voltar a nadar como ela nadava antes, e me falou sobre a tortura que ela sentia por não conseguir mais fazer as coisas que ela gostava de fazer antes por não se mexer mais...

Perder os movimentos é péssimo, porque eu convivi com uma pessoa que sempre foi como uma espécie de herói pra mim que perdeu os movimentos dela...

E essa pessoa não era ninguém mais e ninguém menos do que o meu pai...

- Eu sei como você se sente Evelyn - digo com sinceridade - Porque o meu falecido pai também perdeu os movimentos dele consequência de um acidente.

- Sério? - perguntou ela

Assinto e digo:

- Sim, e foi isso que me motivou a ser um fisioterapeuta

Ela sorri de um jeito encantador e diz:

O fisioterapeuta e a milionária - Um amor proféticoOnde histórias criam vida. Descubra agora