A Biografia de Mattheo Riddle

42 - Hogwarts, 1996

Ele não sabia o que era essa euforia em seu peito. Sentia o jeito que os pulmões se contraíam com força, tentando respirar enquanto seus lábios sobrepunham os dela. Como seu coração ainda não havia saído de seu peito, era um mistério.

Ele amava o sorriso dela.

Quando pediu passagem para a língua, encaixando seus corpos com ainda mais força e desejo, sentiu que poderia morrer ao experimentar, mais uma vez, seu gosto.

Ela é dele. Não importa quem se oponha.

Ela pensava que fosse desmaiar. O que quer que significasse aquele beijo, não era como os outros. Ela sabia. Ele sabia. Era algo a mais.

Era uma confirmação de que não estavam mais se beijando só porque sentiam atração um pelo outro. Se os corações acelerados não fossem o suficiente.

Mattheo levou a mão para o cabelo dela, a outra na cintura. Ofegou sobre os lábios macios, o desejo passando a tomar conta do corpo, deixando quaisquer sentimentos como algo secundário.

Ela suspirou sobre os lábios dele, envolvendo o pescoço do garoto com os braços, o relicário em seu pescoço esfriando uma pequena parte, bem pequena mesmo, de sua pele.

— Merlin, Angel, eu... - ofegou Mattheo, sem entender o que dizia - Eu...

— Eu também. - respondeu, colocando um dedo sobre os lábios dele - Eu também.

Ele sorriu, beijando-a novamente. Sem desgrudarem os lábios, puxou-a pelo quarto até a cama. Ele a deitou com um cuidado de partir o coração, afastando-se um pouco para observá-la.

Pelos deuses, ela era linda.

E dele.

Os lábios de Mattheo foram para o pescoço macio, ela suspirava ao puxar os cabelos morenos. O peitoral dele se esfregava contra o dela, e Angel levantava levemente os quadris para garantir mais contato ainda.

Não sabiam o que estavam fazendo, mas... estavam.

Ele se afastou, brincando com os cachos dela enquanto voltavam a respirar. Ela o observou, sorrindo, e ele sorriu de volta. O corpo de ambos queimava pelo outro, com um desejo que consideravam ser impossível.

Ela movimentou os quadris, encontrando os dele. Esfregou-se contra sua virilha, sentindo a ereção ali. Mattheo gemeu, levando a mão para o pescoço da garota e apertando de leve, enforcando-a.

— Angel... - suspirou ele, quando ela arranhou as costas ainda cobertas pela camiseta de manga curta do garoto. O que ele havia feito com o casaco, quando ele havia tirado, ela não sabia.

Ela gemeu baixo quando os dedos do mais velho se afundaram em sua cintura, tocando parte de sua pele por baixo da camisa. Ele roçou os lábios contra os dela, o contato tão leve que mal sentiam fisicamente. Mas de qualquer maneira, a tensão entre eles era palpável.

Angel soltou um gemido sôfrego quando Mattheo apertou mais a mão ao redor do pescoço, sua cintura já dolorida pelos dedos que a segurava. Ela remexeu os quadris levemente, a pulsação entre as pernas ecoando pelo corpo inteiro. Sentia-se em brasas, mesmo que, contradizendo, estivesse encharcada.

Ele abaixou um pouco a camisa da loira, seu colo ficando exposto para os beijos molhados do moreno. Ela suspirou quando ele mordeu sua pele, lambendo a marca avermelhada em seguida.

O quarto estava quente demais. Ela estava quente demais. Tudo estava pegando fogo.

Ele grunhiu quando, de alguma forma, a garota se liberou do agarre de sua mão, e seu quadril chocou contra o dele. Os olhos da loira se reviraram ao sentir o aperto de Mattheo em sua bunda, o jeito que sua mão deslizava pelo corpo curvilíneo.