120 - Mansão Nagasaki, 1997

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Todos olharam para ele. Draco apoiou as sacolas na mesa, tirando de dentro de uma delas um jornal amassado. Na capa, uma foto de Harry Potter e Hermione Granger, com um título de 'PROCURADOS' bem grande e em negrito em cima.

Draco abriu o jornal, folheando, até ele grunhir, virando o que havia visto para todos. Uma foto de Angel e Mattheo sorrindo estava ali, e em cima...

— Estão caçando vocês, e a recompensa é alta. Cinco mil galeões é muita coisa. - ele cuspiu, olhando para todos ali - Os abutres já estão à espreita. O jornal saiu hoje, então não é todo mundo que começou a se preparar. Mas em breve, os caçadores de recompensa estarão atrás de nós.

— Merda. - Pansy xingou, deixando a colher cair dentro do prato. Angel engoliu em seco, respirando fundo.

— Acham que eles podem nos encontrar aqui?

— Pouco provável, pois eu sou a única que sabe da existência dessa casa. - Saori diz em um tom sombrio - Mas precisamos de um plano caso algo aconteça.

— Não temos para onde ir. - Zabini retruca e Angel morde o lábio inferior.

Saori pensa por um instante. — Talvez... Seria meio arriscado e bem desconfortável, mas se nós fôssemos para o Japão...

— Para o Japão? Na casa da sua família? - Angel perguntou meio alarmada.

— É. - a japonesa responde em um tom mais sério - A família Nagasaki é a família principal de um dos clãs bruxos mais respeitados da Ásia. Temos influência política e acadêmica no continente inteiro. Ninguém ousaria mexer com a família principal do clã mais forte do país. Então, se tivermos um problema...

— Só vamos aparecer lá, e pronto? - Blaise perguntou com um tom meio sarcástico.

Saori deu de ombros. — Basicamente. Meus pais podem ser empecilho, mas com eles eu me viro.

— Tá. Mas essa opção é só para o pior dos casos, né? - Pansy questionou, sorrindo amarelo - Eu estou meio apegada com essa casa.

Saori fez que sim. — É. Mas é bom começarmos a estocar alimentos desde já. E não vamos sair para comprar as coisas, a não ser que seja realmente necessário. Precisamos organizar as mochilas e deixar tudo fácil para uma fuga. 

Draco suspirou. — Que bom que eu comprei absorventes extras. - ele murmurou, e Angel ouviu por estar mais próxima dele. A loira riu fraco.

— Bom... acho que precisarei cuidar daquele jardim de inverno agora então. - Narcisa sorriu fraco, e Angel pulou na cadeira.

— Tem um jardim aqui?

— Tem, ué. Você não foi lá? - Lorenzo perguntou, comendo um pouco de pão. Angel negou com a cabeça, sorrindo fraco.

— Não. Mas... quero ir, depois do jantar. Alguém pode me levar lá?

Lorenzo sorriu. — Eu te levo, loirinha.

Angel sorriu de volta, murmurando um agradecimento, e tocou o relicário que estava escondido abaixo de sua blusa. Aquele pequeno peso era um conforto para ela.

Às vezes, ela pensava que tudo tinha sido um surto de sua cabeça, e ela e Mattheo nunca tiveram nada. Aquela corrente era uma comprovação de que não estava louca.

Não podia estar louca.

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A porta se abriu e Mattheo olhou para o local, vendo Draco entrar no quarto. O loiro estava com uma expressão preocupada no rosto, e trazia um jornal nas mãos.

A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora