73 - Hogwarts, 1996

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Ela acordou com as cortinas sendo abertas. Gemeu sôfrega e xingou a luz e a fada do sol, sentando-se lentamente.

Olhou ao redor, notando que estava em seu quarto. Seu olhar foi para Saori, que a encarava, julgando-a. — O que? - Angel perguntou, apalpando os cabelos para ver se era esse o motivo de tamanho escândalo.

Mas então, seguiu o olhar da japonesa, vendo Mattheo deitado ali; dormindo feito um nenê. Foi aí que ela se deu conta de sua nudez.

Angel pulou para debaixo das cobertas rindo. Saori soltou uma risada. — Eu já vi tudo que tem aí, Angel.

Ela resmungou. — Mas não me viu coberta de esperma. - disse e gargalhou ao ouvir a amiga xingando-a.

— Onde está Pansy? - Saori questionou de algum lugar do quarto; Angel estava coberta dos pés à cabeça, observando o corpo escultural de Mattheo - Angel?

— Hein? - ela voltou a atenção para a amiga - A Pansy? Não sei. Não vi ela ontem, só quando chegamos na festa. Deve ter passado a noite no quarto do Zabini. - bocejou, e uma informação bateu em sua memória. Ela pulou da cama, indiferente quanto à sua nudez e à massa que esfarelava em suas coxas. E aos inúmeros chupões e marcas de mordidas.

— Saori Nagasaki. Onde você ficou até tão tarde? - ela abriu um sorriso, e a amiga corou.

— Na festa.

— Não estava não. - Angel gargalhou - A festa terminou muito antes de você ter chego. Onde você estava?

Saori encarou Mattheo, que ainda dormia e revirou os olhos. — Preciso de uma ajuda.

Angel apenas encarou a amiga de braços cruzados. A japonesa murmurou. — Eu preciso de um pouco do seu tônico.

— Tônico? - Angel pareceu confusa - Que tôni... SAORI NAGASAKI, VOCÊ DEU PARA QUEM? - gritou, e viu pelo canto do olho quando Mattheo acordou assustado.

— Linda, volta para a cama, está cedo... - ele murmurou e ambas o ignoraram. Mattheo voltou a dormir.

Saori estava escarlate de vergonha, e se recusava a olhar a amiga nos olhos. — Angel, por favor...

A loira bufou. — Não acredito. Você finalmente transa, depois de anos só provando de uma rola, e ainda tem a audácia de não querer me contar quem é?

Saori arqueou as sobrancelhas. — Você só provou do pau do Mattheo, não sei do que tá falando.

Angel revirou os olhos. — Mattheo é um deus na cama. Disso, ninguém pode discordar. - uma piscadinha - Mas o Diggory não era. Eu me lembro bem que você ficava frustrada por causa do oral de merda que ele fazia e...

— Tá. Tá. Chega de falar sobre meu ex relacionamento. Eu só preciso do tônico, Angel. Deixamos nos levar pelo momento e fomos descuidados.

Angel revirou os olhos, a curiosidade corroendo suas entranhas. Ela foi até a gaveta de sua cômoda, pegando um dos muitos fresquinhos que haviam ali e entregando para a japonesa.

Desde sua primeira vez com Mattheo, ela fez questão de comprar tônicos contraceptivos que não afetariam tanto em seus hormônios. Estavam funcionando até o momento.

— Obrigada. - a japonesa murmurou - Eu vou te contar. Eu juro. Só... preciso de um tempo para entender o que aconteceu.

Angel bufou, revirando os olhos. — Você é uma puta. Infeliz. Desgraçada. Mal amada. Calcinha dura. Vagabunda. Traidora. Chata. Azeda... - ela passou a bufar os xingamentos, com um biquinho e emburrada. A japonesa riu.

— Ah, Angel. Pelo amor dos deuses! - e abraçou a amiga, que ainda cuspia xingamentos com os braços cruzados.

— Bucetuda. Cabelo de sapê. Pele de sapo. Filhote de mandrágora. Boboca. Virgem fodida. Anarquista. Narcisista. Clone dos power rangers...

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A escola estava livre naquele fim de semana para irem à Hogsmeade. Mas eles haviam decidido ficar por ali. Ou seja, grande parte de Hogwarts estava vazia.

Mattheo lia enquanto Angel se deitava sobre o colo do moreno, dormindo pesadamente. Pansy estava desenhando algo em um caderninho e Blaise jogava xadrez bruxo com Lorenzo. Nott estava esparramado em um sofá, fumando.

Ele entrou na comunal, havia passado na biblioteca. Seu olhar imediatamente foi atraído até a japonesa, que, como se sentisse sua atenção, olhou para ele e sorriu fraco. As memórias da noite anterior o atingindo como pedradas.

Ele foi até Mattheo, que não desviou o olhar do livro até que Draco o cutucasse. Riddle o encarou, desinteressado. Ele deixou de lado todo o prazer que vinha alimentando sua mente desde a noite anterior, e engoliu em seco. — Precisamos conversar.

Mattheo encarou Angel, pegando a garota com facilidade no colo antes de apoiá-la no sofá. Ela continuou dormindo. O moreno o seguiu pelos corredores até o quarto que Draco dividia com Zabini, trancando a porta após o loiro entrar. — O que foi?

O loiro engoliu em seco. — Ele tentou entrar na minha mente hoje de manhã.

— Ele quem?

— Voldemort.

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A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora