56 - Hogwarts, 1996

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Ela ouviu alguém batendo na porta, e ficou tentada a esperar que Angel saísse do banho para abrir. Estava com uma preguiça de levantar da cama...

Saori dormia em sua cama, os cabelos esparramados ao seu redor. A japonesa e a loira haviam ido treinar no limite da floresta proibida naquele dia. Pansy assistiu o início, e decidiu que estava bem sendo sedentária.

Sentiu dor nas pernas só de assisti-las.

A batida soou de novo, e ela gemeu, deixando o caderno de desenhos - com esboços grotescos e ridiculamente vagos - aberto na cama. Ela andou lentamente, xingando quem quer que estivesse atrás daquela porta até à quinta geração da pessoa.

Ela abriu a porta, engolindo os xingamentos. Blaise estava escorado ali, sorrindo cafajeste como sempre fazia.

— Ora ora... olá garota bonita. - ele murmurou, fazendo-a revirar os olhos. Blaise havia começado como um caso de uma noite.

Então foi se estendendo para um caso de toda semana.

E agora, ele era o "estou com fogo no rabo, vou aparecer na porta dele vestida com nada além do roupão e torcer para que ele desamarre o laço como se eu fosse um presente".

Ela fechou a porta, cruzando os braços. Ele era legal como pessoa. Mas na cama...

Deuses.

— O que você quer, Zabini?

Ele fez um biquinho. Dramático do cacete. — Ai lindeza... venho todo nos elogios e é assim que você me trata?

Ela bufou, esperando. Ele cortou a manha, voltando a sorrir. — Quero te comer hoje.

Ela amava o jeito que ele era sincero. Seu estômago se revirou e ela sentiu quando aquele ponto entre suas pernas aquecer.

Pansy arqueou uma sobrancelha. — Fácil assim?! E se eu já tiver planos para a noite?

Ele sorriu de ladino, adorando aquela conversa esquisita. — Então eu sei que você vai preferir a mim do que qualquer soca fofo de merda dessa escola.

Pansy sorriu, mordendo o lábio. — Ouvi dizer que seus amigos são bons de cama.

Ele fez uma careta. — Mattheo está enrolado com a loirinha ali. - apontou com o queixo para a porta do quarto - Draco está... ah, sei lá. Está sendo o Draco. Nott só trepa com aquela menina do sétimo ano há uns dois meses, e Lorenzo esconde tão bem as fodas dele que eu não consigo opinar. Mas - ele se aproximou, perto o suficiente para que seu hálito quente tocasse as orelhas de Pansy, e uma mão foi para aquele ponto já quente entre suas pernas - sou eu quem faz você ficar assim.

Ela ofegou. Ele sorriu.

Ela olhou para o quarto, mordendo o lábio. Voltou a olhar para ele, suspirando.

Ele sorriu vitorioso e os dois andaram para o dormitório masculino.

Ele nunca levava ninguém para o quarto. Ah, por favor.

Ela era Pansy Parkinson, e ele só fodia ela em cima da sua cama.

𑁍

Mattheo havia mandado um bilhete por meio de uma menininha do terceiro ano. "Me encontre na biblioteca, às seis."

Ela olhava por entre as estantes, procurando-o. E o encontrou, em uma das estantes mais profundas da biblioteca, fumando.

Angel sorriu, segurando o relicário - que continha um botão de dama-da-noite minúsculo dentro. Cortesia do garoto que agora... era uma ameaça para todos os livros dali.

A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora