A Biografia de Mattheo Riddle

24 - Hogwarts, 1996

Angel acordou no escuro, e se xingou, pensando que era madrugada. Ela procurou sua varinha na cabeceira da mesa, mas se assustou ao perceber que não havia uma mesa. Foi então que ela sentiu um peso a mais sobre si e, tateando pelo colchão, sentiu um corpo masculinho, forte, adormecido. Por meio milésimo de segundo, ela se apavorou. Em seguida, como se, finalmente seu cérebro tivesse acordado, o cheiro dele, cigarros e rosas brancas, a deixou tonta.

Ela se deitou novamente, fechando os olhos de vergonha ao se lembrar da noite anterior. Percebeu que estava vestida, com uma camiseta larga e uma cueca, e sentiu uma vontade imensa de beijar o garoto à sua frente, por ser tão fofo.

Mas então, uma onda de culpa assolou seu corpo quando ela percebeu o que tinha feito. Seu irmão nunca a perdoaria por isso. Todos da Ordem a julgariam, e ela seria odiada e...

Mas então, seus pensamentos interromperam a si próprios, quando ela pensou. E isso importa? Eles já a odiavam há muito tempo. Julgavam-na por tudo e nunca realmente confiaram nela. Mudaria alguma coisa, se ela tivesse se permitido ser feliz, ao menos uma vez?

Ela gosta do Riddle.

Ele faz com que ela se sinta viva de uma maneira que ela nunca sentiu antes.

Angel é tirada de seus pensamentos quando um beijo é dado em sua cabeça. Ela presume que ele acha que ela ainda está dormindo, então fica bem quieta. Por que? Ela também não sabe.

A voz grossa de quem acabou de acordar de Mattheo, acendeu todo aquele fogo que ela sentiu ontem. — Oi atrevidinha. - ele sussurrou - Bom dia. - Mattheo ficou em silêncio por um tempo antes de puxá-la mais contra si - Você é minha. Não vou deixar nada acontecer com você.

Ela inspira fraco, se emocionando com suas palavras.

Eu finalmente me sinto querida. Me sinto parte de algo.

Ela finge acordar, e ele se afasta um pouco dela. Ele deve ter pego sua varinha de algum lugar, pensa ela, pois a cortina da janela abre, inundando o quarto com uma claridade leitosa. A loira precisa piscar um pouco para se acostumar. Ela encara Mattheo, que a estudava com um brilho carinhoso no olhar.

— Oi. - ela sussurra, se acomodando para mais perto dele, as mãos debaixo da cabeça para se apoiar - Bom dia, Riddle.

Ele faz uma careta, puxando a cintura da garota para si. Ela grita, gargalhando quando fica por cima dele, as pernas de cada lado de sua cintura. Angel apoia uma mão no peito do garoto, sorrindo. Seu cabelo cai ao redor do rosto, e ela luta em colocar ao menos um pouco dele para trás da orelha, mas falha miseravelmente. Mattheo ergue sua mão, prendendo a mecha atrás da orelha da garota, e sorri, olhando para ela.

O sorriso dele faz com que o corpo dela, a vida dela, a alma dela, trema.

Ela sorri, abaixando-se para beijar o garoto com um selinho. Ele apoia as mãos na cintura dela, fazendo um carinho com o dedão. — Dormiu bem?

Ela cora, pensando em como seu corpo ainda arde de desejo por ele. — O que você fez enquanto eu dormia? - ela perguntou, desesperada para saber. Ele deu um sorriso sacana, que incendiou o corpo dela por inteiro. — Eu pensei em você naquela banheira.

Ela cobre o rosto com as mãos, rindo. Mattheo afasta seus braços para longe de sua face, sentando-se. Ela o encara, seus rostos próximos. Mattheo está olhando tão fundo em seus olhos, que é como se visse sua alma. O coração de ambos martelando no peito.

Ele a beija mais uma vez, a mão enroscando nos cachos rebeldes. Angel apoia as suas no ombro dele, remexendo o quadril quando a outra mão do garoto aperta sua carne. Ele se afasta, gemendo. — Angel, não faça isso...

Ela sorri, piscando inocente. — O que? Não fazer... isso? - pergunta, movimentando o quadril de novo sobre o colo do garoto. Ele suspira, e ela treme quando sente o membro do mais velho já duro abaixo de sua virilha.

— Atrevida do cacete. - ele murmura, mordendo o lábio inferior dela quando ela ri. Ela dá mais um beijo nele, e se levanta. Mattheo se joga de novo na cama, deitando-se e cobrindo o rosto com o lençol. Angel ri, pensando que parece uma criancinha. — Preciso ir para meu quarto. Saori deve estar preocupada.

Ele a espia por baixo do tecido e volta a se sentar, bufando. — Tá. Mas quero que você se sente comigo para o café. - ele a encarou, a ordem possessiva causando arrepios nela. Ela suspira. — Nunca me sento longe da Sa. - e dá piscadinhas.

Ele dá de ombros, ignorando o problema. — Arrasta ela também.

Ela vai odiar estar perto do Malfoy... Angel ri internamente, fazendo um aceno de cabeça. — Tá bom. Te vejo mais tarde. - se despede, subindo na cama e dando um selinho em Mattheo. Quando vai se afastar, porém, ele segura firme sua cintura. Suas sobrancelhas estão franzidas e ela a encara de cima a baixo. — Não vai sair vestida assim.

Borboletas dançam no estômago dela quando identifica o ciúmes na voz dele. Ela sorri, revirando os olhos. — Tá. Vou ir me trocar e depois vou embora.

Ela o beija mais uma vez, correndo para o banheiro enquanto o moreno voltou a cobrir a cabeça com o lençol.

𑁍

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