68 - Hogwarts, 1996

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O estômago dele se revirava durante o café da manhã. E ele sabia que os companheiros de time sentiam o mesmo. Independente, estavam entupindo os pratos com comida e conversavam alegremente, ignorando o nervosismo.

Angel e Saori chegaram, Pansy não estava por perto. A loira sorriu. — Boa sorte hoje, Malfoy.

Ele engoliu um pouco do sanduíche que comia com uma certa força. — Obrigado. - foi o que conseguiu responder. Ela riu levemente, notando o nervosismo. Olhou ao redor, franzindo as sobrancelhas ao notar que Mattheo não estava por perto.

— Onde ele está? - perguntou. Havia passado a noite no quarto dele, mas ao acordar, o moreno não estava mais lá. Draco deu de ombros.

— Já olhou na academia?

— Academia? - foi Saori quem perguntou, surpresa. Draco quem franziu as sobrancelhas agora.

— Nunca levamos vocês lá, né? Que estranho. Estamos grudados feito chiclete há semanas e nunca foram até lá...

— Lá onde? - Theodore apareceu, bebendo suco de abóbora. Draco indicou as meninas com o queixo.

— Para a academia da comunal.

Nott riu. — Puta merda, verdade. Justo vocês, damas, que se deliciariam ao ver nossos corpos suados... - provocou.

— Hmm eu gosto dessa ideia. - Pansy surgiu da puta que pariu, comendo pedaços de maçã - Onde eu posso assistir?

Theodore gargalhou. — Venham. Já terminei aqui e preciso ir para o dormitório mesmo. Posso levá-las até a sala, se quiserem.

Angel encarou as amigas, correndo para lotar um prato com pãezinhos e frios e frutas, e sair do salão.

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Aparentemente, na comunal havia um andar inferior, que era bem abaixo do salão. Para chegar até lá, era preciso afastar a lareira principal da comunal, e descer uma escada apertada. Era tão profundo na terra, que não haviam janelas por causa da pressão que a água do lago causaria.

Os corredores eram iluminados por velas, dando um certo aconchego. Elas andaram pelo lugar, rudemente escavado em pedras, como uma caverna. Haviam tapeçarias pelo chão, candelabros enormes que carregavam velas grossas e algumas mesas aqui e ali.

Theodore as guiou por entre as muitas passagens e portas, até uma que estava meio aberta. Uma música baixa ecoava dali, e ele sorriu, entrando.

Mattheo fazia levantamento de peso com o peitoral exposto, e Lorenzo Berkshire estava em uma sequência de agachamentos.

— Puta merda... - Pansy exclamou - Vocês fazem todos os treinos assim?

Saori encarou a morena com diversão. — Fecha a boca se não vai babar. - zombou a japonesa, que recebeu o dedo do meio como resposta de Pansy. Angel riu fraco, olhando pela sala.

— Como vocês descobriram esse lugar? - ela perguntou, olhando para o corredor atrás delas. Mattheo encarou a loira, com um leve sorriso.

— Há uns cinquenta ou sessenta anos, a Sonserina dava festas aqui embaixo. Mas eles foram esquecendo que esse piso existia quando as turmas que elaboravam tudo se formaram. Até que ninguém mais se lembrasse daqui.

— Mattheo chegou aqui no quarto ano e a primeira coisa que fez foi nos perguntar sobre um lugar que pouca gente conhecia. - Berkshire falou, alongando os músculos da perna esquerda - E Draco se lembrou de um relato da sua avó sobre as festas lendárias que a Sonserina dava quando ela ainda estudava aqui.

— Aí fomos procurar pelos pisos inferiores, e encontramos a escada espiral atrás da lareira grande do salão da comunal. E usamos as salas que existem aqui para criar tipo uma fraternidade. - Nott explicou.

Mattheo franziu o nariz. — Que termo específico.

Theodore riu fraco. — O que importa é que criamos nosso espaço aqui embaixo. O que mais usamos é a academia, mas tem uma sala lotada, com um estoque de bebidas e cigarros, há umas três portas daqui.

— Tem o banheiro, que já existia de décadas atrás. Enorme, com uma banheira lotada de pó e que só sai uma água fria do caralho. - Lorenzo disse, secando o suor da testa com uma toalha que estava sobre um montinho em cima de uma mesa.

— Tem uma gruta também. A água vem do lago, mas é cristalina como a de cachoeira. Fria pra cacete também, mas o lago que se forma dá um bom espaço para transar. - Theodore falou com um sorriso de canto.

Angel bufou. — Por que eu nunca vim para cá, Mattheo Riddle?

Ele deu de ombros. — Só uso a academia. Tinha me esquecido até do estoque que eu fiz ano passado. Vai ser uma surpresa se formos para lá e restar uma garrafa. - um olhar na direção dos dois meninos que desviaram os olhos, de repente curiosos com uma mancha no chão de pedra.

Saori suspirou. — Posso vir aqui treinar também?

Mattheo encarou a japonesa. — Tem um monte de salas vazias, se vocês quiserem usar uma delas para a sala de artes marciais. - um convite que fez os olhos da Nagasaki brilharem.

— Eca. - Pansy fez uma careta - Estou bem sendo uma sedentária da porra. Mas eu quero conhecer a tal gruta algum dia desses... - o tom era sugestivo - Tem uma cama aqui em baixo?

Os olhos de Lorenzo eram brincalhões. — Por que, senhorita Pansy Parkinson?

Ela mostrou a língua para ele. — Porque eu quero dar lindamente para o Zabini e não quero que alguém nos ouça.

Ela pulou de susto quando Blaise surgiu do nada, envolvendo sua cintura, beijando seu pescoço e sussurrando. — Bom saber que você deseja isso, gata. Vou providenciar a cama o mais rápido possível.

Saori segurou o sorriso. Draco apareceu logo atrás do moreno, vestindo apenas uma calça de moletom e foi para um dos equipamentos treinar. Angel notou quando o olhar de Saori desceu pelo peitoral trincado do loiro e as bochechas coraram um pouco.

Ele foi até um equipamento, em silêncio. O nervosismo corroendo toda sua boa vontade e educação. Ou a falta dela.

Blaise encarou os amigos, choramingando ao beijar a bochecha de Pansy e se afastar. — Odeio quando eles fazem eu me sentir um preguiçoso.

Ele foi até um espelho, que ocupava grande parte da parede lateral, e passar a se aquecer.

Elas ficaram ali, sentadas sobre as grandes bolas de aquecimento que batiam em suas cinturas. Angel sobre a azul-bebê, Saori sobre a rosa-chiclete e Pansy sobre a cinza.

— Que cores másculas. - zombou Angel e as meninas riram entre si.

Ficaram assistindo os cinco garotos se exercitarem; os músculos contraindo-se ao fazerem os movimentos. As peles, de todas as cores, que brilhavam pelo suor. As respirações descompassadas.

Tão sexy.

— Acho que vou ter um orgasmo visual. - Pansy sussurrou e elas gargalharam.

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A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora