A Biografia de Mattheo Riddle

94 - Hogwarts, 1996

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𑁍

Harry Potter e Dumbledore chegaram da missão deles. Eles correram para a escola, expulsaram os últimos Comensais e foram checar os alunos.

Oito deles estavam faltando.

Dumbledore em pessoa foi até a comunal da Sonserina, sendo seguido de Harry, checou cada quarto e não encontrou os amigos de Angel Potter. Foi quando ouviu um grito abafado vindo de um lugar muito baixo, que ele se lembrou do andar secreto de Hogwarts.

O diretor abriu a lareira e desceu as escadas com pressa, Potter seguindo seus passos. Eles atravessaram o longo corredor de pedra até um espaço imenso que poderia ter sido um salão de festas, se não fosse pela parede destruída na parede oposta. Os escombos estavam espalhados pelo chão, e seis dos oitos alunos que faltavam estavam ali.

Saori chorava e gritava, a dor que saía dos gritos fizeram Harry Potter se arrepiar. Eles se aproximaram, e todos, com excessão da japonesa e Draco, olharam na direção deles. Eles os encararam, um ódio frio queimando Harry e Dumbledore.

— O que aconteceu aqui? - o diretor perguntou, atraindo por fim a atenção de Draco e Saori. A menina expôs os dentes, com ódio e tristeza no olhar.

— Ele levou ela. Voldemort levou Angel. Ele levou Mattheo também, e tudo isso por culpa sua! - ela gritou, apontando para Harry. Ainda estava ajoelhada no chão, sangue escorrendo das pernas. Potter encarou a menina pálido.

— O que quer dizer com Voldemort? - o diretor perguntou sério.

— Ele esteve aqui! Ele destruiu a parede e levou os dois! Ele levou Angel! - ela gritou, chorando. Malfoy abraçou a menina com força, ele tremia.

Todos estavam em silêncio.

— O que você vai fazer? - Saori perguntou, fungando. Os amigos se viraram para Harry Potter, que piscou.

— Eu? O que eu tenho em relação à isso?

Pansy riu com escárnio. — Ela é sua irmã, seu pedaço de merda.

Harry engoliu em seco, pensando. — Se você não salvá-la, pode dar adeus para sua reputação de heroizinho. - Zabini sibilou entredentes. Potter olhou para os amigos da irmã.

Por que aquela garota tinha que ter nascido? Ela só causava problemas. Se não tivesse tanta inveja dele, não teria transado com Mattheo, e ele não teria brigado com o Riddle. Ou seja, ninguém saberia sua identidade. Então, a culpa era toda dela.

— Você é um merda! - Draco rosnou, soltando Saori e ficando em pé, de frente para Harry - Você é a porra de um covarde, que tenta culpar as pessoas pelos próprios erros, seu filho da puta desgraçado! - gritou, socando o olho direito de Harry.

Draco havia lido a mente do garoto, e ficou feliz por Angel não ter uma boa relação com o irmão.

Harry cambaleou para trás, a mão na sobrancelha que sangrava pelo ataque repentino. Draco respirava com dificuldade, prestes a acabar com a raça daquele babaca, mas Dumbledore os interrompeu. — Basta.

O loiro encarou o diretor com fúria; cuspiu no chão, perto o bastante dos pés de Harry para que algumas gotas de saliva espirrassem sobre os tênis do moreno, e voltou até Saori, que ainda chorava. Mas agora, as lágrimas eram de ódio.

— Um infeliz acontecimento, esse. - Dumbledore olhou para a parede destruída, fechando os olhos - E precisamos salvar Angel e Mattheo. Portanto, brigar não resolverá muita coisa. - olhou para Draco e Harry, que se encaravam com fúria - Convoque a Ordem. Precisamos nos preparar para o resgate.

Harry piscou, finalmente olhando para o velho. Ele abriu a boca, como se quisesse falar algo, mas desistiu e correu de volta pelo corredor que haviam usado para chegar até lá. Dumbledore encarou uma última vez os alunos, e suspirou. — Venham.

O homem saiu andando, e os adolescentes se encararam. Eles todos estavam sentindo as mesmas coisas; ódio, tristeza, revolta. Luto.

Luto, pois há essas horas, Mattheo e Angel poderiam estar mortos.

Eles ficaram em silêncio por um tempo, sem muita vontade de conversar. Foi Theodore que suspirou, se movendo. — Vamos. Ela nos mandou para longe para que sobrevivessemos e fôssemos salvar a bunda deles. Ficar aqui não vai adiantar em nada, seus idiotas.

Eles se encararam, chegando em uma decisão rapidamente. Saori se levantou, pouco se importando com o sangue e a sujeira grudada na pele, e todos seguiram para onde Dumbledore havia saído.