75 - Hogwarts, 1996

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Duas semanas depois, e eles ainda não tinham formado plano algum. Mattheo estava muito mais aberto com Angel depois daquela noite, o que a deixava feliz. E triste ao mesmo tempo.

O que aquele monstro havia feito com o próprio filho...

A vitória da Sonserina no jogo de sábado deixou a escola toda meio tensa. Os Grifinórios eram péssimos perdedores, e ficavam encarando-os com desgosto sempre que se esbarravam no corredor.

Harry Potter...

Seu irmão mal olhava na cara de ninguém sem fazer uma expressão de ódio. Principalmente ao ver Malfoy. Ao vê-la.

Mas pelo menos, não tinha arrumado briga.

Pansy estava passando cada vez mais tempo com Zabini. Não dormia mais no quarto com elas, mas no quarto dele. Assim como, às vezes, no meio da noite, Saori sumia.

E eram nessas noites que ela se esgueirava de fininho pelo corredor e acordava Mattheo das melhores formas possíveis.

Ficavam tão exaustos durante o dia, que ela mal prestava atenção nas aulas. Mas não se importava. Não quando, mais para o fim da tarde, Mattheo estava acordado o suficiente para brincar debaixo de sua saia.

Às vezes com os dedos.

Às vezes ele sumia no meio da aula, e reaparecia com os lábios inchados e melados.

Ninguém questionava a respiração ofegante de Angel. Assim como não haviam perguntado quando ela havia decidido brincar, e Mattheo socou com força a mesa.

Ela não desperdiçou uma gota.

Draco andava mais leve. Mesmo com toda a merda do plano de assassinato, ele estava muito mais feliz.

O plano atual era de usarem o armário sumidouro da sala precisa. Era concreto, e, pelo menos, dava a eles tempo o suficiente para planejar outra coisa.

Snape, soube Angel, os ajudava com Oclumência e Legilimência. Ela agradeceu silenciosamente o professor por isso.

Andava pelos corredores amenos da escola. Finalmente o inverno se esvaía, dando passagem para a primavera.

Ela estava ansiosa. Necessitada.

Mesmo passando horas, fazendo as maiores atrocidades com Mattheo, ela ainda precisava de mais.

Mais tempo com ele. Mais toques. Mais beijos roubados.

Encontros.

Claro que ela não exigiria algo assim dele. Fazia alguns dias que ela vinha pensando nisso. No que eles eram. No que ela queria que fossem.

Ela não era besta. Sabia que sentia coisas por ele, embora ainda não admitisse para si.

Amor parecia uma palavra forte demais para alguém que nunca sentiu isso.

Ela amava Saori. Mas amor de irmão é diferente... não era o que ela sentia por ele.

Mattheo estava na comunal, fumando, para variar. Theodore, Blaise e Lorenzo jogavam um jogo de cartas e Draco estava ao lado do moreno, em silêncio.

Ela sorriu para eles. — Oi meninos. - cumprimentou-os, abraçando Draco e encarando o Riddle - Preciso falar com você.

Ele arqueou as sobrancelhas e ela revirou os olhos quando Blaise passou a provocar. — Ihhhh Mattheozinho. Problemas no paraíso?

Ela riu. — Cala a boca Zabini.

Mattheo a seguiu para fora da comunal, onde ela o guiou por corredores e escadas, até a torre de astronomia. Ela inspirou fundo, o vento leve que soprava para dentro da sala arejada balançando seus cachos.

A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora