102 - Mansão Riddle, 1996

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— NÃO! - Saori gritou furiosa, observando a mancha de sangue que marcava o chão onde Angel havia estado.

Pansy xingou, todos olhavam para aquele mesmo lugar vazio.

— Filhos da puta! - a japonesa xingou - Eu vou matar Harry Potter. Eu juro, vou acabar com a raça daquele merda...

— Saori. - Draco chamou a atenção dela, sério. Ela olhou para o namorado, fúria queimando seu olhar - Agora não é hora, nem lugar. Precisamos sair daqui. - ele falou, olhando para os amigos que estavam tensos. Draco, Blaise, Lorenzo e Theodore estavam, cada um, com uma mochila lotada de mantimentos nas costas. O plano inicial era de entrar na mansão, salvar os dois, ir para Hogwarts se precisassem fugir, e correr para a casa que os abrigaria pelos próximos dias. Mas Harry Potter fodeu tudo.

Saori fechou os olhos, respirando fundo. Ela olhou para o duelo que acontecia há poucos metros dali, e sua ficha caiu com um arrepio pelas costas. Dois dos maiores bruxos da história estavam lutando ali, e eles teriam sorte se sobrevivessem aos feitiços que refletiam pela sala. A japonesa correu para perto dos amigos, pegando a varinha de Mattheo que estava caída no chão, e deu a mão para Pansy, que agarrava Mattheo.

— Foda-se Hogwarts. Vamos para a casa. - ela deu a ordem e eles aparataram.

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A mansão ficava literalmente no meio do nada. Possuía uma arquitetura vitoriana, e lembrava aquelas casas lindas de antigamente. Sua família nunca havia ido até ali - pois a casa não estava no nome do pai de Saori, mas no seu. Sua avó havia comprado aquele lugar há muito tempo, numa época em que ela ainda sonhava em morar com seu primeiro amor, e deixou-a para Saori ao morrer.

Eles aparataram direto para dentro da casa, e Saori, que nunca havia pisado ali, correu pelas escadas à procura de um quarto. Haviam tantas portas que a deixava tonta. Ela gritou ao encontrar uma suíte, e os meninos subiram com Mattheo inconsciente nos braços. Eles o deitaram na cama e tiraram a mochila das costas quando Pansy ordenou que encontrassem um frasco de poção grande e de cor prata.

Foi Lorenzo quem encontrou. Saori correu para contar uma dose, e virou o líquido pela boca de Mattheo, torcendo para que aquela poção funcionasse mesmo. Snape havia dito que curaria qualquer ferimento, interno ou externo. Ela não via nada na parte de fora, então deveria ser algo dentro dele...

Mattheo abriu os olhos lentamente, e Pansy ofegou. — Graças aos deuses.

Ele olhou ao redor, tonto. Não sabia onde estava, porquê estava, com quem estava. Não reconheceu de primeira os rostos na sua frente, pois o único que lhe vinha na cabeça era o dela. O rosto dela. O corpo dela. O nome dela. — Angel... - ele murmurou com a garganta seca, erguendo o corpo pelos braços e olhando ao redor - Angel.

Ele inspirava e expirava desespero. Onde ela estava? O que ele havia feito? Por favor, ela precisava estar viva...

— Ela não está aqui. - uma voz falou e ele finalmente reconheceu Saori ali. Saori, Pansy, Zabini, Draco, Lorenzo e Theodore. Seus amigos. Eles estavam ali... mas ela não. Onde ela estava? - Potter pegou ela.

Mattheo assimilou as palavras, e o coração dele apertou quando as últimas memórias atravessaram sua mente. Ele começou a tremer descontroladamente, soluçar e chorar, entrando fundo na própria mente enquanto a crise de ansiedade tomava conta de seu corpo.

A parede explodiu e ele foi jogado para o outro lado da sala. Abraçou com força o corpo magro e úmido de Angel, impedindo-a de voar para longe. Suas costas se chocaram contra a parede e o fôlego saiu de seus pulmões enquanto ele caía no chão, e usando o que lhe restava de energia, ele os virou, fazendo com que Angel ficasse por cima quando se esborracharam no chão.

Ele ofegou, tirando a garota de cima de si e colocando-a no chão delicadamente. A cabeça dela se deitou no mármore frio com um som molhado. Mattheo reprimiu o choro ao reparar no corpo ensanguentado dela, a culpa o matando aos poucos.

Angel se remexeu. Ele ficou imóvel, ignorante aos gritos e sons de explosões que aconteciam lá fora. Ela gemeu fraco, virando o rosto para ele com certa dificuldade. Ele já sentia o corpo falhar graças à dor de ter sido arremessado pela sala. Angel sorriu fraco para ele, uma única lágrima escorreu pelo rosto dela. Está tudo bem. - a voz dela era tão fraca que mal saía - Eu sei que você queria me ajudar. Obrigada.

Obrigada por tentar me matar, Mattheo.

Ela fechou os olhos, piscando cada vez mais lentamente. Eu... - ela ofegou olhando no fundo dos olhos dele e sorrindo fraco - Eu te amo, Mattheo.

Ela fechou os olhos. Ele se desesperou, tentando se mover para ter certeza de que ela não estava morrendo. Não, não, não...

Mas o corpo dele desistiu, e ele apagou.

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Eu te amo, Mattheo.

A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora