111 - A Toca, 1997

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Adivinha quem voltou dos mortos?!

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𑁍

Era a véspera do casamento. Fred e George haviam entregado à ela tudo que havia pedido na lista. Uma varinha antiga de Carlinhos - foi um alívio poder usar magia novamente. Algumas ervas que poderiam ser usadas para curar ferimentos e coisas parecidas, e comida. Um agasalho enorme de Fred, e um tênis velho de Gina.

Ela havia treinado a cada hora do dia, até à exaustão. Embora seu corpo ainda não estivesse como já havia sido, os músculos estavam acordando novamente e isso era melhor do que nada.

Fred e George bateram na porta. Duas batidas e um som de peido. Ela sorriu fraco, pensando que sentiria falta daquilo.

Os gêmeos entraram; já passava das duas da manhã. Em poucas horas, ela finalmente seria livre.

Fred lhe estendeu um frasco com um líquido esverdeado e espesso. Angel aceitou, franzindo as sobrancelhas. — O que é isso?

Então, a loira reparou na sacola de tecido que Jorge trazia. Ele a colocou sobre a mesa em silêncio.

— Roubamos isso de Hermione. - Fred falou baixinho, seu tom era triste - É a poção polissuco.

Angel mordeu o interior da bochecha. — Meu cabelo já está aí dentro. - George disse com uma expressão chateada - Tome isso amanhã, às dez horas. Coloque tudo o que precisar levar de roupas dentro da mochila e se vista com essas que eu trouxe para você. - ele deu batidinhas sobre a sacola de tecido. O peito de Angel se apertou.

— Meninos... eu não sei o que dizer. - sua voz não passou de um sussurro. Os olhos dela se encheram de lágrimas e eles se aproximaram, quietos.

Fred e George a abraçaram apertado. — Tome cuidado loirinha; por favor. - um deles sussurrou com a voz fraca.

Angel os apertou forte. Eles não conseguiriam ir vê-la amanhã, pois seria uma correria o dia inteiro. Ela deixou as lágrimas escorrerem silenciosamente. Eles haviam se tornado grandes amigos para ela.

Angel se afastou, enxugando as lágrimas e sorrindo fraco. — Eu nunca me esquecerei do que fizeram para me ajudar. Vou pagar minha dívida. Prometo.

George revirou os olhos, rindo fraco e dando um peteleco no nariz dela. — Desde que você dê duas batidinhas e faça um som de peido para entrar, sua dívida só vai ser um bolo de chocolate.

Ela riu fraco. — E se eu não der duas batidinhas e fizer um som de peido?

Fred respondeu. — Então sua dívida aumentará para um bolo de chocolate e duas cervejas amanteigadas para cada um.

Angel riu, os olhos marejados novamente, e abraçou os gêmeos. — Obrigada. Eu amo vocês.

Eles a apertaram. — Você é nossa irmã loira, Angel. Nós também amamos você.

Eles deram duas batidinhas na cabeça dela, e saíram do quarto. Angel observou a porta até que estivesse tarde demais, e seus olhos pesassem de sono.

Ela enxugou os olhos, olhou para a poção polissuco e o saco de tecido que eles haviam lhe entregado, e suspirou.

Quais as chances daquilo dar errado?

𑁍

Quando acordou, o jardim estava completamente decorado e as pessoas já estavam chegando. Angel olhou para o céu, que milagrosamente estava limpo, e contou as horas pelo posicionamento do sol. Obrigada, aulas não-tão-inúteis de astronomia.

Ela arregalou os olhos ao ver que eram nove e quarenta. Não sabia que tinha ido dormir tão tarde assim.

Angel chegou a mochila mais uma vez, dobrando algumas trocas de roupa que Harry havia lhe dado no primeiro dia, e fazendo a higiene. Tomou um banho rápido - pois não sabia quando teria esse luxo novamente, e ao terminar, eram dez e cinco.

Angel respirou fundo, completamente nua. Colocou as roupas que os gêmeos haviam lhe dado - ficaram enormes nela, e calçou os sapatos absurdamente grandes. Ela olhou uma última vez para si no espelho grande que Fred havia lhe dado uma semana antes - e que fora muito útil nos treinos físicos, e reparou na corrente envolta de seu pescoço.

Havia se acostumado com o peso da joia ali. Ela segurou no relicário, agradecendo aos céus que Voldemort não tinha tirado isso dela, e se sentiu pronta.

Abriu o frasco e engoliu a poção.

Foi uma experiência interessante; seu corpo foi esticado, os ossos doeram ao crescer. Os cabelos diminuíram e as roupas se tornaram justas em seu corpo. Quando ela olhou para o espelho novamente, George Weasley a encarou de volta.

Angel segurou um soluço. Apertando o relicário como um amuleto de conforto, ela conferiu o quarto uma última vez antes de pegar a varinha de Carlinhos e desfazer o feitiço que a mantinha presa ali dentro.

Angel foi até a porta. As mãos tremeram quando girou a maçaneta.

Um click.

A porta se abriu.

A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora