121 - Mansão Nagasaki, 1997

189 25 1
                                    

Dê seu voto! ★
Comente! ✍︎︎

𑁍

Angel acompanhou Narcisa e Lorenzo até o jardim de inverno; a estufa era feita inteiramente de vidro, permitindo-na de observar um pouco o que tinha dentro. Árvores verdes e provavelmente vindas de um país tropical; flores coloridas e grandes, algumas com várias cores diferentes; arbustos, trepadeiras que subiam pelas paredes de vidro e vasos e mais vasos de tantas flores e mudas que ela ficava tonta, sem saber para onde olhar.

Narcisa abriu a porta de vidro com um sorriso leve, e Lorenzo murmurou algo ao movimentar a varinha, acendendo as muitas velas que tinham por ali. Angel ficou sem ar.

Dentro da estufa, o ar era abafado, úmido e quente. As plantas envolviam todo o lugar de uma maneira acolhedora, que dava a impressão de estarem dentro de uma floresta brasileira. Tantas cores, tantos cheiros e texturas.

Narcisa foi até uma pequena mesa de trabalho, que estava parcialmente coberta pela folha enorme de uma samambaia pendurada o teto. A mulher pegou uma pequena cesta, um som metálico chacoalhando ali, e voltou-se para Lorenzo. — Querido, você poderia chamar Saori para mim? A mansão é dela, e não quero mexer em algo que possa desagradá-la.

Lorenzo sorriu. — Claro, dona Narcisa.

A mulher fez uma careta. — Não, negativo. Não me chame de dona, faz eu me sentir velha. - ela passou a mão livre, que não segurava a cesta, pelos cabelos - Só Narcisa, por favor.

Berkshire riu fraco. — Sim, Narcisa. Me desculpe. - ele sorriu abertamente dessa vez, indicando com o dedão a mansão atrás de si - Já volto.

No campo de trás da mansão, havia um pátio, com caminhos de cascalho branco. Alguns bancos de ferro, também brancos, e uma fonte delicada, com três bacias, que ficava no centro. O sol já havia sumido há muito tempo no horizonte, e Angel marcou em sua agenda mental que amanhã iria ler um pouco naqueles bancos.

Narcisa se aproximou, estendendo a cesta para ela. Ali, alguns utensílios de jardinagem, como tesoura, pás de vários tamanhos e formatos, regadores pequenos e até mesmo um termômetro. Narcisa olhou ao redor, sorrindo um pouco. — Quer caminhar? - perguntou em uma voz doce, estendendo a mão. Angel sorriu fraco, assentindo com a cabeça e enroscando o braço no de Narcisa. As duas entraram em um dos muitos corredores de plantas exóticas, observando ao redor.

Alguns insetos cantavam e zuniam; as plantas haviam crescido e pesado por culpa do tamanho, formando um túnel de galhos e folhas, de todos os formatos e tamanhos e tons de verde. Flores despontavam das árvores e plantas; papoulas, petúnias, lírios, margaridas e tulipas, além de muitas outras que Angel não conhecia.

Flores em um profundo tom de azul; flores cujas pétalas tinham o formato de um dragão; uma que Angel tem quase certeza de ser absurdamente venenosa...

— Draco me contou que você ajudou ele durante aquela época... difícil. - Narcisa disse após um tempo, olhando para uma suculenta pequena, tocando nas folhas grossas - Obrigada. - agradeceu, virando-se para Angel.

A loira sorriu, erguendo a cabeça para observar melhor as flores amarelas que pareciam sinos e caíam de vigas finas, ficando penduradas no teto. — Ele é um dos meus melhores amigos. Sei que Draco faria o mesmo por mim. Ou por Saori. Ou por Ma... - a voz sumiu de sua garganta, que ficou seca de repente. Ela engoliu em seco, limpando a garganta - Enfim. Somos uma família, não me agradeça por fazer o mínimo.

Narcisa franziu os lábios, observando a menina. — O Draco, ele... Ele e Saori...?

Angel riu baixinho. — Está meio óbvio, não está? Mas eles são uns bestas e não perceberam isso ainda.

A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora