Harry fica quieto, encarando-a. — Todas as pistas voltavam para você...
— Não voltavam. - ela o interrompe, com ódio - Não voltavam. Mas você queria acreditar no que você inventou. Porque você é a porra de um narcisista, Harry!
— Cala a boca! - ele gritou - Você estragou o nome da família quando foi para a Sonserina! Você quem é a suspeita, Angel!
— Não sou! - ela está com a voz embriagada pelo choro que segura - Você sempre me odiou, Harry! Desde quando ainda morávamos com nossos tios e eles diziam que a mamãe morreu no meu parto e que o papai tinha fugido quando descobriu que eu ia nascer! Você sempre me odiou, mas eu nunca te fiz nada! - ela gritou, sem forças - E quando você tentou ser legal comigo, quando me encontrou naquele meu primeiro dia em Hogwarts, feliz por eu estar aqui, toda sua bondade foi para a puta que pariu quando eu não fui para a casa que você queria que eu fosse, merda!
— Não foi assim! - ele grita, na defesa, mas ela está sem paciência para ele agora.
— Foi, sim! E ainda pior, Harry. Você e todos os seus amigos, simplesmente concordaram que seria melhor para você se eu mudasse a porra do meu sobrenome, senão seu seria uma fraqueza. Vocês tiraram a minha identidade, merda!
Harry Potter ficou ali, estático, observando sua irmã. — Então me diga, depois de me ignorar a minha vida inteira, tirar minha identidade de mim e ainda querer controlar cada passo meu, o que você quer aqui, porra?!
Harry suspira, parece abalado. — Saori me disse que você não estava bem e tinha passado a noite na enfermaria. Eu só queria... - engole em seco - Só queria ver se você estava melhor.
Eles ficam se encarando em silêncio. As lágrimas continuam a escorrer pelas bochechas de Angel, e seu irmão está quieto, abalado. — Eu não sabia sobre esse lugar. Perguntei à Dumbledore se ele sabia onde você estava e ele mandou eu checar mas estufas, só isso...
— Saia. - ela diz, já exausta de toda aquela merda. Harry engole em seco mais uma vez, acenando como despedida antes de sair da estufa, fechando a porta.
Angel se apoia na parede, escorregando sem forças e começa a chorar. Ela nem se lembrava que Mattheo ainda estava lá, até ver seus pés na sua frente. O garoto puxou-a contra si, abraçando-a.
Ele nunca havia abraçado ninguém.
𑁍
Quando ela se acalmou, afastou-se dos braços de Mattheo com muita dificuldade, e encarou o garoto nos olhos. Ela soluçou, ainda chorava. — Você... poderia contar para o seu pai. - disse, e Mattheo sentiu seu peito se apertar.
Ele beijou a testa dela, com tanta delicadeza que partiu o coração da garota. — Não. - sussurrou contra seu cabelo - Eu nunca faria algo assim.
E ele não faria, mesmo. Fosse quem fosse. Sendo ela, o sentimento só é mais forte. Ela era dele. No momento em que ele a viu naquele cemitério, ela era dele.
A única memória feliz que ele tinha da sua infância. A única que ele precisava, se significava que era com ela.
Ela limpou as lágrimas com as mãos, suspirando. — Podemos ir para o quarto? - pergunta, exausta - Eu quero muito tomar um banho. - ela riu sem humor, a terra seca em suas mãos começando a incomodar. Mattheo sorriu de canto, e ela sentiu o coração dela realmente parar no peito.
Maldito sorriso.
Ele ajudou-a a se levantar, e guiou-a para fora da estufa com o braço enlaçando a cintura da garota. Fez um movimento com a varinha e as velas se apagaram com um feitiço silencioso. O ar de fevereiro estava frio. Ele a puxou pelos corredores de Hogwarts, optando por atalhos para evitar o olhar das pessoas. Quando entraram na comunal, embora todos tenham se virado para encarar, desviaram o olhar ao verem a expressão mortal no rosto de Mattheo.
Ela não reclamou quando ele a guiou para os dormitórios masculinos. Ele abriu a porta de seu quarto com um Alohomora e acendeu as velas. Ela olhou ao redor; uma cama grande de casal, uma janela que ficava bem acima do lago e provavelmente ficaria submersa na água em alguns meses. Uma mesa de estudos enorme, com pilhas e mais pilhas de livros, e muitos pergaminhos e tinteiros e penas. Ao lado da porta de entrada, havia outra porta e entre elas, um guarda-roupas preto.
Ela riu sem humor. — Não é justo. Você tem um quarto só seu.
Ele sorriu de ladino, e o coração dela parou por alguns segundos. Ela observou quando ele tirou a camisa suja de terra e sumiu pela porta do banheiro, o som de água despejando. Ele voltou, dando um beijo em seu lábio e sorrindo para ela. — Vem.
Ela seguiu o garoto, entrando no banheiro e vendo a banheira que enchia rapidamente. Ele puxou seu moletom, e ela permitiu que ele o retirasse. Mattheo a encarou, sério. — Deixa eu dar um banho em você. - disse. Naquela hora, tudo poderia ter passado na cabeça dela. Todo tipo de malícia.
Mas tudo o que ela conseguia pensar era sim, por favor.
Ele a beijou mais uma vez, descendo os lábios para o pescoço dela enquanto abria a calça suja de terra. Ele desceu o tecido por suas pernas, que caiu em um baque surdo no chão. Em seguida, ajudou-a a tirar a regata que usava, fazendo com que ficasse apenas com a calcinha e o sutiã. Mattheo não havia desviado o olhar da garota em nenhum momento, respeitando sua privacidade. Mas ela meio que queria que ele olhasse. Ela abriu o fecho do sutiã, seus seios pareciam pesados quando retirou a peça. Ele ainda a encarava nos olhos quando ela retirou sua calcinha, a última peça de roupa que estava usando.
Completamente nua na frente dele, sua pele estava arrepiada. As cicatrizes que cobriam sua barriga, coxas e braços, nunca pareceram tão escarlates. Nem mesmo quando ainda sangravam.
Goste de mim, ela pensava, por favor, goste de mim.
Ele estava lutando contra todos os desejos dele ao manter o olhar nos olhos dela. O desejo queimando a cada batida de seu coração, a cada respiração que ele dava. Pela visão periférica, ele conseguia ver parte do colo descoberto da garota, e se ele descesse um pouco o olhar...
Ela se aproximou dele, com passos firmes que não espelhavam sua mente. Quando seus rostos estavam tão próximos que podiam sentir a respiração um do outro, que ela precisou erguer a cabeça para olhar o garoto mais alto, ambos queimavam. O desejo corroendo suas entranhas.
Estavam tão próximos, é só um toque...
Ela lutou contra suas inseguranças; fingiu ser a pessoa mais confiante da Terra ao colocar as mãos no rosto de Mattheo e lentamente dar passos pequenos para trás, colocando uma distância mínima entre eles. Com seus braços esticados, ela não pensou antes de puxar gentilmente o rosto de Mattheo para baixo, para que ele encarasse seu corpo.
— Puta merda. - ele sussurrou. Ela era linda. Sua garota, sua atrevidinha era linda pra caralho, porra.
Seus seios médios, estavam eriçados pelo desejo que ela estava sentindo. A barriga chapada carregava algumas cicatrizes claras, e ele nunca achou as dele algo bonito, mas as dela... Merlin. O quadril largo, as coxas grossas, as pernas...
Ele subiu o olhar, focando naquele ponto entre as pernas dela. Alguns pelinhos cobriam a região.
Seu pau doeu dentro da calça, ele voltou o olhar para o rosto dela. Mattheo estudou sua expressão, estava ansiosa. Insegura.
Merda, pensou, minha garota nunca deveria se sentir insegura.
Então ele foi e a beijou.
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A Biografia de Mattheo Riddle
Fanfiction⚠️ ATENÇÃO. Esta fanfic possui cenas de talhadas de abuso, agressão, tortura, estupro, sexo e mutilação, podendo causar gatilhos em muitos leitores. Leia com consciência. ......... "Eu jurei, prometi aos céus e aos deuses que vingaria cada segund...