147 - Clã Nagasaki (Japão), 1997

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𑁍

Eles ganharam um quarto só para eles. Então Angel entrou lentamente, desfez o cabelo com calma e sentia o corpo incendiar apenas pelo olhar intenso de Mattheo.

Ele estava sentado sobre a cama, apenas assistindo.

Ela sorriu consigo mesma na frente do espelho, mordendo os lábios e tremendo levemente. Levou as mãos para o laço enorme das costas, com a intensão de desfazê-lo e tirar o vestido.

Mattheo apareceu atrás de si em um piscar de olhos. Segurou os pulsos dela e grunhiu. — Não. Ouse.

Ela riu fraquinho, virando-se de frente para ele com um sorriso provocante, beijou os lábios do garoto e os mordiscou. — Por que?

— Porque, meu amor, esse presente é meu. - ele respondeu no mesmo tom baixo e brincalhão. O moreno virou a loira para frente, as costas dela contra seu peitoral. Angel se observou no espelho da penteadeira com ansiedade.

Ele esfregou o nariz contra o pescoço dela, deixando alguns beijos ali. Encarou-a sob as sobrancelhas, as pupilas dilatadas e a íris escurecida. Angel mordeu o lábio, nervosa.

Mattheo levou as mãos para o laço, puxando um lado do tecido bem lentamente. Um pequeno tranco, e o laço inteiro se desfez. A fita grossa escorreu para os pés da garota, e o kimono se abriu, revelando a lingerie branca que usava.

Mattheo grunhiu, observando-a pelo espelho. Envolveu a cintura dela com as mãos, puxando-a contra si e permitindo que ela sentisse seu membro já duro, esfregando-se contra a bunda da loira.

Ela prendeu a respiração. Mattheo beijou mais algumas vezes seu pescoço, sorrindo contra a pele dela. — Você é o melhor presente que eu já recebi. - disse com a voz rouca que a arrepiou.

Em seguida, ele a virou para frente de si, uma mão nos cachos soltos e a outra no pescoço, e enforcando-a levemente. Chocou seus lábios contra os dela, a mão que estava nos cabelos da loira descendo pelo corpo dela, incendiando-a com os toques, e tocando na buceta já pulsante da loira.

— Se vai me desembrulhar com tamanha elegância, posso me vestir de presente sempre? - ela brincou sem fôlego.

Mattheo gargalhou. — Sempre use laço para eu torturar seus pulsos, por obséquio. - respondeu antes de beijá-la intensamente.

𑁍

Pansy estava com um humor do caralho. Isso não era novidade.

Mas ela estava diferente naquele dia.

No café da manhã, o clima era relativamente leve. Saori e Draco agiam como namorados que tinham acabado de dar o primeiro beijo. Angel e Mattheo... Bom, eles estavam sendo como Angel e Mattheo. Lorenzo e Theodore conversavam com o grupo, normal, e Pansy estava caladona.

Mas Blaise...

Ele chegou meia hora depois, para tomar o café, com a empregada, Hana, nos braços. Pansy, que já estava puta, ficou ainda mais cinza. Quando a refeição acabou, ela puxou as amigas dos grudes particulares (vulgo namorado e marido), guiou-as até o quarto em que estava ficando e se jogou na cama.

— Eu quero matar ele. - a voz saiu abafada pelo travesseiro.

— Quem? O Zabini? - Angel perguntou ao mastigar pedacinhos de chocolate.

— Óbvio que é o Zabini! Quem mais seria?! - choramingou, sentando-se com postura e trazendo o travesseiro para o colo - Ontem vocês saíram para dar, e não viram como ficou. Depois da festa, os meninos foram tudo para o quarto do Theo e óbvio que eu fui junto. Ia ter bebida, lógicamente. Mas sabe quem foi também? Hana. E, porra, eu até tinha gostado da garota, até que aquele filho da puta começou a passar a mão nela, e coisa assim. Aí eu fiquei putassa, né? Quem não ficaria?! E sabe o que ele fez depois? Chamou ela para o quarto dele. Ele comeu ela essa madrugada, fez questão de olhar para mim quando pedia para ela acompanhar ele, e depois aparece com ela no café da manhã?! Ela nem é do grupo, cacete. Estou com ciúmes sim, e não tenho vergonha de admitir.

Angel riu fraco. — Calma aí. Vamos conversar primeiro. Por que vocês andam tão afastados?

Pansy fungou com drama. — A gente ainda estava em Hogwarts quando aconteceu. Tínhamos transado, um sexo maravilhoso por sinal, e eu estava me arrumando para sair. Aí ele veio com aquelas miraboias, querendo conversar, dizendo que deveríamos tentar... Eu juro que fiquei inclinada a aceitar. Mas eu gostava da minha liberade, sabe? Então eu disse desculpa, e saí.

— Calma aí. Ele meio que abriu o coração dele para você, e você pediu desculpas antes de sair? - Saori piscou, chocada.

Pansy fez um biquinho. — Foi tipo "ei, eu gosto de você, vamos ficar juntos" e eu respondi "desculpa..." no sentido de não sei o que eu quero, porque eu gosto de você mas gosto de ser solteira também, então me desculpe por estar sendo uma cuzona, eu só não sei o que fazer. Depois disso, ele ficou puto comigo porque eu sabia sobre seu plano de merda de se sacrificar por todo mundo, An, e ele ficou tipo "custava ter falado? Sua culpa que ela foi sequestrada", e não temos uma conversa civilizadamente civilizada há mais e três meses! E além de tudo isso, eu nem pude aproveitar minha solteirisse, porque eu não estou mais na escola e não tenho ninguém dentro de mim há quatro meses! E estou surtando, merda! As palavras Pansy e abstinência sexual só entram em uma frase cujo sentido é de dizer "Pansy não viveria se estivesse em uma abstinência sexual". E não sobrevivo mesmo! Estou com ciúmes, pois ele está transando e eu não, e pior, porque não sou eu! Eu quero ele, porra, mas meu orgulho está me impedindo de fazer alguma coisa.

Angel estava vermelha, tentando segurar a risada. Pansy olhou para a amiga e lhe mostrou o dedo do meio. A loira explodiu em gargalhadas. — Ai meus deuses! Vocês e o cu doce que tanto amam...

Pansy revirou os olhos. — É sério, An. Doeu ver ele saindo com a japinha. Eu sinto saudades.

— Se você está sentindo falta, fale com ele. Só estão perdendo tempo enrolando. Depois o tempo de vocês acaba, e não reataram, aí ficam choramingando. Estou falando por experiência. - Saori disse séria, e Pansy piscou algumas vezes.

— Eu sei que fui a errada da história. Mas como eu vou chegar nele? Tipo, aí Zabini, eu fiquei com ciúmes de você e quero que tenhamos algo, mas ao mesmo tempo estou com medo, porque gosto da minha liberdade, mesmo que eu não tenha ficado com ninguém nos últimos meses?!

— É.

— Tipo isso. - Saori e Angel disseram ao mesmo tempo. Pansy bufou, se jogando na cama com drama e revirando os olhos.

— Sabe o que é pior? É que ele não pode ficar bravo comigo por causa de ti, sua vagabunda! Eu sabia, mas e daí? Todo mundo sabe que você não ia mudar de ideia...

Angel piscou. — Verdade.

Pansy choramingou. — É que lá no fundo... bem fundinho mesmo, eu gosto dele.

— Isso a gente já percebeu. - Saori comentou com um sorriso, e a morena bufou.

— Volta para seu marido, vai.

A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora