127 - Mansão Nagasaki, 1997

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𑁍

Ele disse que a odiava. Ela disse que uma sentada resolveria o ódio dele.

Uma hora depois, ele disse que a desprezava. Então ela respondeu que o desprezo sumiria com uma carícia de sua língua.

Depois disso, foi ela quem disse que o odiava. Ele colocou a perna dela sobre seu ombro, e fez o ódio sumir rapidinho ao reverenciá-la "como uma deusa".

E quando eles já estavam tão exaustos que manter os olhos abertos era uma luta, ela se aconchegou contra ele, que a envolveu em um abraço, beijou sua testa e murmurou "eu te amo tanto" antes que caíssem no sono.

E ela respondeu "eu te amo muito mais".

𑁍

Angel acordou sentindo o coração aquecido, o peito cheio daquele líquido reconfortante como água em meio ao deserto, e corpo finalmente desperto, depois do que se pareceram anos estando imóvel.

O braço de Mattheo abraçava sua cintura nua, as costas dela contra o peitoral musculoso. Ela ficou imóvel, sorrindo abertamente ao se lembrar da noite anterior. Uma tempestade de emoções, drama e muitas lágrimas, e finalmente ele disse.

Ele a ama. A ama de verdade.

Ela não sabia o que sentir agora. Nunca havia passado dessa fase com ninguém. Alguém a amava de volta... e ela o amava tanto. Tanto mesmo.

Discretamente, Angel moveu o corpo, virando-se para olhá-lo de perto. Mas ele não dormia, e seus olhos castanhos que escondiam tantos segredos estudavam seu rosto. Angel sorriu ainda mais. — Oi.

Mattheo abriu um sorriso pequeno. Essa coisa de dizer "oi" e "oi" quando se viam, já havia se tornado uma tradição interna. — Oi.

Angel riu, pensando que explodiria, tamanha a felicidade que enchia seu corpo. Cada átomo de sua existência vibrava com aquela quentura que a envolvia. — Eu te amo. - ela sussurrou como se fosse um segredo. Mattheo levou a mão até seus cachos, colocando um fio para trás de sua orelha, e beijou a ponta de seu nariz.

— Eu te amo, atrevidinha.

Angel gargalhou dessa vez, os olhos brilhando mais do que nunca. Era uma sensação tão indescritível e surreal... mal conseguia acreditar em sua sorte.

Mattheo beijou uma bochecha seguida da outra, a testa e por fim, sua boca. A loira suspirou, levando as mãos até o cabelo escuro de Mattheo e puxando os fios de uma forma leve. Ela fechou os olhos, apenas sentindo como era bom tê-lo novamente para si.

O garoto foi para cima dela, cada mão ao lado da cabeça da garota e o corpo másculo e tão maior, cobrindo o feminino. Ele acariciou a pele exposta do pescoço com os dedos, ainda beijando-a de uma forma lenta e apaixonante.

Ela ofegou, buscando por ar, e Mattheo desceu os lábios pelo pescoço dela, chupando e beijando. Angel gemeu baixinho, as unhas brincando de arranhar os ombros dele.

Ele se afastou, lambendo os lábios e observando-a. O garoto sorriu para ela; estava se sentindo tão vivo. — Você é tão dolorosamente linda. - ele falou em um tom que a arrepiou.

Mattheo via os cachos dourados e rebeldes; os olhos da cor do mel e as bochechas altas e rosadas. Os lábios inchados, carnudos e pecaminosos, sobrancelhas arqueadas e algumas sardas sobre o nariz reto e delicado. E tinha aquele sorriso, maldito sorriso. Iluminava todo o rosto de Angel como a porra de um sol.

Angel mordeu o lábio inferior. — Você também é lindo. Tão lindo. - ela respondeu no mesmo tom franco. Ele tocou o nariz dela com o seu, fechando os olhos, e assim permaneceram por alguns minutos.

A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora