129 - Mansão Nagasaki, 1997

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𑁍

Mattheo e Draco haviam saído, até uma vila que ficava há duas horas dali, para comprar algumas coisas. Angel estava nervosa, claro. E embora tenha vestido os garotos com roupas ridículas modificadas por magia, e feito com que os cabelos deles crescessem em um emaranhado sujo, sua ansiedade atacava ainda assim.

Saori e Pansy estavam ajudando a loira a arrumar o grande salão de festas - que, ela havia descoberto, ficava na ala leste da mansão.

Era imenso. Com um lustre indecentemente grande cheio de velas grossas e brancas. A mobília era composta por poltronas e sofás em tons pastéis de creme, rosé e verde-jade, com bordados de flores delicadas e curvas, e ficavam dispostas entre mesas redondas de vidro e madeira clara, ao longo de toda a extensão do salão. As meninas haviam empurrado grande parte da mobília para as paredes, abrindo ainda mais espaço.

Blaise e Theodore faziam o trabalho braçal. Eles desceram dos quartos cerca de dez edredons e cobertores pesados, além de almofadas, dispondo-os no chão que Zabini já havia varrido, formando um grande tapete felpudo, macio e colorido.

Cobertas em tons de creme, azul-royal, vermelho-desbotado e rosa-claro serviriam de colchões. Angel havia usado a magia para fazer com que pequenos pontos luminosos em azul e branco grudassem no teto, como vagalumes. Quando a noite chegasse e eles apagassem a lareira imensa do salão, fechassem as cortinas das dezenas de janelas e as velas se extinguissem do lustre, o teto brilharia como um céu cheio de estrelas.

Saori havia feito um feitiço, moldando alguns dos lençóis e cobertas em formato de cabanas; cada um teria a sua própria - com exceção de Mattheo e Angel; a loira fez questão de pegar o maior cobertor para que eles dormissem juntos.

Narcisa estava na cozinha, gargalhando com a ajuda maltrapilha de Blaise com os doces e o jantar. Teriam um caldo de abóbora para aquecerem a garganta, o bolo de baunilha que a mulher havia feito de manhã (e não deixou ninguém comer), sorvete de baunilha, sanduíches, e por aí vai.

Em algum momento do dia, Blaise foi até o porão da mansão, e descobriu uma imensa adega de vinhos, whiskey e champanhe.

"Obachān sempre gostou dessa marca", Angel ouviu Saori murmurar ao observar as garrafas de vinho tinto. Ela se sentiu triste pela amiga, mas não queria se intrometer.

Quando o salão estava pronto, forrado de cobertas quentinhas e macias, cabanas de lençóis que brilhavam com um glitter fluorescente que Pansy fez com magia, o teto era uma noite estrelada de verão e o sol descia pelo horizonte, Draco e Mattheo finalmente voltaram.

Eles traziam tantas sacolas, que algumas foram magicamente reduzidas para caberem em seus bolsos. E então, quando os garotos viraram duas sacolas inteiras, cheias de doces e principalmente chocolate, Pansy, Saori e Angel deram gritinhos de animação.

Horas mais tarde, o céu já estava completamente escuro e as janelas embaçavam pelo frio de fora. Todos, incluindo Lorenzo que já estava melhor, comiam e riam na imensa mesa de jantar o caldo de Narcisa.

Ao finalizarem, limparam a louça e ajeitaram a mesa, finalmente indo até o salão. O lugar brilhava.

— Arrasou loirinha. - Blaise assobiou, olhando ao redor.

Angel riu baixinho. — Não fui só eu.

Narcisa trouxe travessas de comida e colocou-as espalhadas sobre as mesas que estavam ao redor do salão. A lareira imensa aquecia tudo e dava um ar de... casa.

— Isso me lembra a comunal. - Pansy falou em um tom melancólico, que fez o peito de Angel apertar. — É... - Saori concordou.

Eles se sentaram em um círculo, mas o clima esquisito começava a pesar. Angel apoiou a cabeça sobre o ombro de Mattheo, enlaçando seus dedos e beijando-os. — Vamos jogar alguma coisa? - ela perguntou para os amigos, que estavam anormalmente quietos.

A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora