125 - Mansão Nagasaki, 1997

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𑁍

Ela beijou levemente os lábios do moreno. Ele ficou rígido, mas não se moveu. Angel se aproximou, puxando as mãos dele para cima e colocando-as sobre seu pescoço. — Me toque. Está tudo bem.

Ele tentou se afastar, mas ela não afrouxou o aperto ao redor dos pulsos dele. — Angel...

— Se você se sente assim... eu também deveria me sentir desse jeito. - ela continuou, a boca tocando levemente todo o rosto dele - Mas eu acho que isso é uma idiotice, portanto, não vou me sentir assim. - murmurou, dando vários selares de beijo na boca dele - E como eu não me sinto assim, não faz sentido que você se sinta.

Ele suspirou, ficando um pouco mais confortável. — Você não vai me sujar, Mattheo. - ela sussurrou entre um selinho e outro, os beijos cada vez mais devagar - Então por favor, não me torture com esse papo de me não me tocar. Você sabe... o que os casais costumam fazer quando finalmete admitem que se amam?

Ele estava tão mais leve agora. Sabendo que ela não o julgaria, não o repudiaria. — O quê? - a voz soou rouca, e ele finalmente se permitiu tocá-la; as mãos no pescoço da loira se firmaram na pele, de uma maneira possessiva, puxando alguns fios do cabelo. Ela ofegou, a boca indo até a orelha dele. — Eles fazem amor. - ela sussurrou, sorrindo quando Mattheo grunhiu.

— Angel... - resmungou, o corpo começando a raciocinar que havia ficado mais de quatro meses sem o toque de sua atrevidinha. Ela voltou a boca para perto da sua, e ele não tardou em puxar o rosto dela para mais perto, chocando seus lábios em um beijo de verdade.

Ela gemeu, ofegando quando ele tomou as rédeas. Tanto tempo... esperou tanto tempo para isso. Mattheo sentia que iria explodir de felicidade. Ele a amava tanto.

Introduziu a língua no beijo, explorando a boca de sua garota com desejo e necessidade. Ele sorriu contra os lábios dela, se afastando. Angel inclinou um pouco o rosto, procurando pela boca dele, mas abriu os olhos ao perceber que Mattheo já estava longe.

O sorriso dele era tão lindo que doía. Ela sorriu de volta, verdadeiramente. E ele teve a certeza de que ela era a garota mais linda que já havia visto.

Mattheo colocou um cacho rebelde para trás da orelha dela, apenas estudando o rosto da garota que amava tanto. Seu corpo já estava em brasas, e conhecendo-a como conhecia, sabia que Angel também estava queimando.

— Você vai fazer amor comigo? - ela perguntou com vergonha. Mattheo sorriu de canto, achando graça pela vergonha dela. — Por que está assim? Eu já vi tudo em você.

Ela engoliu em seco. — Não é isso... É que fazer amor é diferente de... você sabe.

— Foder? - ele perguntou com as sobrancelhas erguidas, e Angel escondeu o rosto no peito dele — Quando você diz assim... - respondeu.

Mattheo riu fraco, beijando a cabeça da garota. — Eu quero muito fazer isso.

Ela olhou nos olhos dele firmemente. — Eu também.

Mattheo sorriu fraco, beijando a bochecha dela. — Então... estamos enrolando por quê?

Angel franziu o cenho, suspirando. — Porque... - ela criou coragem, segurando na barra do vestido e puxando-o pela cabeça. Ouviu o fôlego que Mattheo tomou ao vê-la. Ver sua pele lisa, sem cicatriz alguma. Pele nova, pois a tortura foi tanta, que era mais fácil trocar a carne, do que regenerá-la.

Por favor, goste de mim. Ela rezava internamente. Por favor, não me considere uma estranha.

Mattheo levou a mão até a cintura de Angel, trazendo-a para perto. Ele deixou um beijo em seu ombro, puxando o queixo dela com o indicador e fazendo com que ela o encare. — Eu sinto muito, Angel. Por tudo.

Ela mordeu o lábio, segurando as lágrimas. Já tinha chorado o suficiente naquele dia. — Eu também.

E ele a beijou novamente. Um beijo apaixonado, lento, e cheio de promessas e segredos que os dois mantinham entre si. Pedidos de desculpas; "eu te amo's"; desejo e necessidade.

A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora