81 - Hogwarts, 1996

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Ela estava em silêncio. Observou o homem na sua frente, os dedos longos cruzados sobre um livro. Muitas tralhas decoravam as prateleiras das paredes e se amontoavam na mesa.

— Creio que sabe o motivo de eu ter te chamado aqui, Angel. - o tom de Dumbledore era severo. Angel não se encolheu perante à desaprovação do velho; manteve as costas retas e o orgulho inabalado.

— Me poupe do drama, e vá direto para a parte que você me acusa de tudo.

Ela sabia que jogariam a culpa nela. Falariam que, se não tivesse se envolvido com Mattheo, Harry não teria se sentido obrigado de expor a identidade dela.

Dumbledore expirou audivelmente. — Foi algo irresponsável de sua parte; se envolver com Mattheo Riddle, o filho do inimigo mortal de seu irmão. Não pensou nas consequências?

Ela revirou os olhos, começando a se irritar. — Com quem eu transo ou deixo de transar, não deveria ser do interesse de nenhum de vocês. - cuspiu com raiva.

Os olhos de Dumbledore mostravam o desapontamento. — Modos, senhorita Potter. - ela bufou - Você sabia que era um risco, e mesmo assim se relacionou com Mattheo. Foi algo infantil de sua parte; envolver-se com ele para atingir seu irmão. Agora, precisamos lidar com as consequências que...

— Tá brincando comigo?! - exasperou. Dumbledore esperou, as sobrancelhas erguidas - Você tá louco? Ou só foi hipnotizado pelo heroísmo do maravilhoso e perfeito Harry Potter?

Sentia o ódio subindo pelo corpo e cegando todos os seus sentidos. Angel se levantou, tremendo com a raiva. — Eu não dou a mínima para o meu irmão, porra. Não é porque eu me apaixonei pela pessoa que meu irmão odeia, que eu quero atingi-lo. Que narcisismo do caralho!

— Senhorita Angel, peço para que se controle...

— Ao inferno com controle! - gritou. Sabia que havia alguém atrás da porta do escritório, e provavelmente seu irmão estava ali; escutando tudo - Vocês já me acusaram de coisas absurdas, e eu aguentei calada. Mas para mim, já deu. Eu não dou a porra para o que meu irmão pensa. Não fiz isso para atingi-lo, pois foda-se ele! Escutou isso, Harry Potter?! Vai. Se. Foder! - gritou para a porta, virando em seguida para Dumbledore. O diretor a encarava com julgamento no olhar - Não vou me afastar de Mattheo só porque vai ser o melhor para meu irmão. Estou cansada de vocês. De todos vocês. Então, da próxima vez que vierem me acusar, falando que eu queria provocar Harry... Enfia a acusação no meio do cu de vocês e vão para a porra do inferno!

Ela gritou, ofegante ao terminar de falar. Olhou ao redor da sala com desprezo, voltando-se para o diretor. — Eu fui uma aluna perfeita. Uma irmã perfeita. Uma criança perfeita. Tudo o que vocês queriam que eu fizesse, eu fiz calada. Mas vocês não vão vir brigar comigo só porque eu descobri de algo que realmente gosto. Ao inferno com isso.

Ela saiu então, pisando fundo e escancarando a porta. Olhou nos olhos de Minerva, Harry, Rony e Hermione. Encarou com nojo seu irmão, expondo os dentes. — Vamos lá. Faça seu show.

E desceu as escadas.

𑁍

— Como foi? - Mattheo foi o primeiro a perguntar. Estavam sentados há vinte minutos, desde que a carta de Dumbledore, requisitando a presença de Angel, havia chego.

Ela bufou. — Eu xinguei bastante.

Foi Pansy que disse, com um sorriso prazeroso — Arrasou, gata.

Angel devolveu o sorriso.

— Então... agora somos tipo inimigos do famoso Potter e de todos os amigos dele, além de sermos aminimigos do Voldy? - Blaise suspirou - Que simples.

A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora