115 - Mansão Malfoy, 1997

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Draco puxou Narcisa e guiou os amigos até a saída dos fundos da mansão. Lucius estava parado ali.

Narcisa ofegou pela surpresa. — Você contou a eles. - ela sussurrou, assimilando.

Lucius trincou o maxilar. — Se eu não tivesse contado, o Lord mataria a todos nós.

— Você entregou seu próprio filho! - ela exclamou, com lágrimas de ódio se formando nos olhos - Como pôde?!

Lucius não respondeu. Draco sentiu uma pitada de dor e decepção, mas afastou os sentimentos. Ele tinha outras prioridades na cabeça.

Draco encarou o pai. — Você é um merda, e sabe disso. Mas vai nos ajudar a escapar daqui.

— Está louco? Ele vai me matar se eu fizer isso. - o pai rosnou entredentes.

Draco deu de ombros. — Não era nem para ele saber, para início de conversa. Você contou, agora arca com as consequências.

Lucius encarou o filho sem expressão. — O que você fará contra isso, Draco? Não pode lutar com todos os bruxos lá fora.

Draco sorriu sombriamente, como havia visto Mattheo fazer tantas vezes. — Você tem razão. Não posso lutar contra eles. Mas posso matar você.

Lucius arregalou os olhos em surpresa. — Você não conseguiria.

— Eu...

— Se ele falhasse, eu faria o trabalho sozinha. - Narcisa disse em um tom frio, interrompendo o filho. Draco encarou a mãe com uma mistura de surpresa e admiração. Lucius olhou a esposa em choque.

O homem correu o olhar pelos garotos e parou na mulher, pensando. Ele rolou a língua na boca e a estalou. — Tem a saída dos elfos.

Draco sorriu. — Sabia que você não me decepcionaria.

(...)

Draco, Theodore, Lorenzo e Narcisa estavam observando a pequena portinhola da cozinha. Não era pequena o suficiente para que eles não passassem, mas precisariam engatinhar e ir de um em um.

Lucius olhou para o filho com desgosto. — Sairá na parte baixa do jardim. A partir dali, não são mais meu problema.

Draco fez uma reverência debochada com a cabeça. — Não sabe o quão triste isso será para mim.

— Eu tentei proteger vocês. - o pai rosnou entredentes, a mão apertando a bengala que ele segurava.

Draco dilatou as narinas. — Não tentou. Se realmente tivesse tentado, eu não teria me tornado um capacho dele. Você falhou pai, mas não quer admitir isso.

Lucius piscou em surpresa para o filho, virou-se de costas e saiu do cômodo. Narcisa suspirou tristemente. — Então... - ela sussurrou, olhando para a pequena porta - Para onde iremos?

Draco fez um gesto com a varinha; a bolsa nas costas da mãe ficou pequenina ao ponto de caber na palma de sua mão. Ele a guardou no bolso. — Para nosso abrigo atual.

Draco fez um gesto, indicando que Lorenzo fosse na frente. — Fique de guarda. Qualquer som que ouvir perto da saída, é um alerta. Não avance se achar que é perigoso.

Berkshire fez que sim com a cabeça, abaixando-se e sumindo pela porta. Theodore seguiu o amigo, Narcisa entrando e por fim, Draco.

Era um corredor mal-iluminado, com as paredes lisas e largas o suficiente para que não sufocassem. Haviam velas embutidas na própria parede de pedras, o que não atrapalhava a passagem.

Eles se arrastaram por vários minutos, até que Lorenzo parasse. Theodore sussurrou algo para o moreno, e a resposta foi um 'shhh' de aviso.

Draco escutou. Conversas. Sibilos de respostas em um tom ameaçador, enraivecido. Alguns xingamentos.

E então...

— Vamos aparatar assim que sairmos. - Theodore sussurrou para trás, sua voz passando por Narcisa e chegando até Draco. O loiro assentiu.

— Nos encontramos lá. Mas se vocês forem seguidos, aparatem para o Beco Diagonal. Não exponham nossa localização. - ele respondeu e Nott murmurou em compreensão.

Lorenzo avançou, abrindo a portinhola e fazendo com que a luz aquosa do sol iluminasse o túnel. Theodore precisou fechar os olhos para poder se acostumar com a luz natural.

Ele saiu, sendo seguido por Narcisa e Draco. Lorenzo observava os arredores com a mandíbula trincada. — Eles estão na casa. Só temos essa chance.

Narcisa olhou para a mansão com lágrimas se formando nos olhos. — Vamos.

Lorenzo apertou o ombro de Theodore e Draco deu a mão para a mãe. Draco observou a casa de infância uma última vez antes de aparatar.

A Biografia de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora