Capítulo 118💛

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Por David Barata:

Mano, que raiva! Logo justo agora a Bia tem que passar mal! E ela tinha que está com a Any?
Soco o volante e piso no acelerador.
Chego no destino e vejo as duas sentadas em um banco de praça. Desço do carro rapidamente e vou até elas.

- Como você tá Bia? - Pergunto vendo seu rosto pálido.

- Tonta, eu não sei, estou me sentindo mal. - Ela diz baixo.

- Tá, vai abrir a porta do carro Any, vou levar ela. - Falo a apoiando nos meus braços e a carregando até o carro.

- Vamos pra casa? - Bia pergunta com a voz fraca.

- Vamos no hospital, você precisa passar em um médico. - Falo simples e ela assente calada.

Colocamos a Bia dentro do carro e fomos até o hospital mais próximo.
Neste momento a Bia está numa consulta com o médico plantonista e nós ficamos a esperando na recepção.

- Acompanhantes de Beatriz Ramalho, por favor? - Uma enfermeira diz ao chegar na recepção.

- Aqui, somos nós - Any diz indo ao seu encontro e eu a acompanho.

- Vocês são familiares da paciente? - A moça nos pergunta.

- Somos amigos dela. - Falo rápido.

- A amiga de vocês vai precisar ficar em observação e fazer alguns exames.  O ideal seria avisar a família para que alguém a acompanhe. - A enfermeira diz calma

- A família dela não está aqui, na verdade eles moram em Porto Alegre, e nós viemos do Canadá porque estudamos lá, enfim...não tem como os familiares a acompanharem, pelo menos não por hoje. - Any diz sincera.

- Ah, entendo! Vou falar com a administração do hospital para ver o que podemos fazer, esperem um momento, por favor! - A enfermeira diz calma e sai.

- E agora? - Any me pergunta preocupada.

- E agora, vamos esperar ela voltar e dizer o resultado, relaxa vai - Digo a abraçando de lado.

Esperamos alguns minutos, até a mesma moça vir acompanhada de um homem, que não sei exatamente que função ocupava ali.

- Olá, a enfermeira Heloísa me informou a situação da amiga de vocês, como os familiares não estão presentes, algum de vocês podem a acompanhá-la, mas como a moça é menor de idade precisamos de algum maior e avisar a família dela.

- Eu posso ficar com ela, sou maior. - Falo sério.

- Eu não poço ficar também? Ela é minha amiga senhor. - Any fala preocupada.

- Desculpe senhorita, mas só é permitido um acompanhante e maior. - O senhor diz calmo.

- Eu fico com ela Any, vai pra casa e descansa, eu te aviso qualquer coisa. - Falo calmo e ela assente chateada.

- Venha rapaz, vamos fazer seu credenciamento. - O senhor diz.

- Avisa ao pessoal e pede pra o João avisar a Mafe, toma meu celular chama um uber pra você. Eu já volto, ok? - Falo rápido e Any assente.

Fiz meu credenciamento e a moça me entregou um crachá de acompanhante.

- Ela está no quarto 25. - A enfermeira diz simpática e eu agradeço com um sorriso.

Voltei rápido para a recepção do hospital onde Any, estava com meu celular.

- Chamou o uber? - Pergunto a vendo com expressão estranha.

- Chamei sim, é...a Mafe te ligou e... - Any diz e eu rapidamente a interrompo.

- A Mafe? O que ela queria? - Pergunto nervoso.

- Eu não sei, ela perguntou de você e quando eu falei meu nome e que você já estava vindo, ela desligou. - Any diz confusa.

- Droga! - Penso alto.

- Você tá bem? - Any pergunta confusa.

- Sim, Any...acho melhor eu entrar. - Falo rápido.

- Tá, meu uber já deve está chegando também. Me dá notícias, por favor! - Ela diz preocupada.

- Dou sim, fica tranquila. - Falo simples e ela assente saindo do hospital.

Guardo o celular no bolso e vou até o quarto onde Bia se encontrava, entrei e vi Bia ainda pálida tomando um soro.

- David? - Bia diz confusa.

- Como você tá? - Pergunto sentando em uma cadeira que havia ali.

- Melhor, só um pouco fraca. - Ela diz baixo.

- Você vai ficar bem logo - Eu falo calmo.

- Espero! Quanto tempo vou ficar aqui? - Ela pergunta nervosa.

- Não sei Bia, você ainda está em observação, mas acredito que será por pouco tempo. - Falo tentando a tranquilizar.

- Não precisa ficar David, eu posso ficar sozinha, não quero te atrapalhar. - Bia diz séria.

- Que isso, Bia?! Imagina, eu vou te acompanhar sim, a Any só não ficou também porque não podia. Relaxa, está tudo certo. - Falo calmo.

- Tem certeza? - Ela pergunta preocupada.

- Tenho sim - Falo convicto.

- Obrigado mesmo - Ela sorri fraco.

- Não tem de que, agora descansa. - Falo simples e ela assente.

Depois de alguns minutos a Bia dormiu, apesar de nunca ter sido muito próximo dela, ela ainda era minha amiga e não poderia deixá-la sozinha aqui.

Aproveitei o silêncio e liguei para a Mafe, mas ela não me atendeu.
O que será que ela pensou quando a Any atendeu meu celular?
Aí ai Mafe!

Aproveitei que Bia estava dormindo tranquilamente e fui comer algo, não tinha comido nada depois do almoço, estava morrendo de fome.

Jantei no hospital mesmo e voltei para o quarto. Bia ainda dormia tranquilamente.
Sentei-me naquela cadeira desconfortável e senti o celular vibrar, era o João me ligando.

Ligação On✅📲

*João

- Oi João

- Eai cara, que treta foi essa com a Bia?

- Então cara, ela passou mal, viemos com ela pra o hospital e ela está em observação.

- A Any me contou, mas me fala...ela tá melhor?

- Um pouco, ainda está um pouco fraca, mas acredito que logo ela melhora.

- Poxa,cara! Tomara que ela melhore logo, nós ligamos para a os pais dela, eles falaram que vem pra São Paulo o mais rápido possível.

- Acho que nem precisa, talvez a gente saia ainda hoje, ou amanhã, acho que não é nada grave.

- Tomara né cara, qualquer coisa avisa mano.

- Aviso sim

- Preciso ir pra casa agora cara, estou na casa do Lucca.

- Beleza cara, vai lá...qualquer coisa eu aviso e amanhã dou notícias.

- Tá bom cara, flw

- Flw

Ligação Off❌📲

Me ajeito na cadeira tentando achar uma posição em que eu possa tentar dormir nem que seja por alguns minutos.

Meu Coração Te Escolheu - Joade Onde histórias criam vida. Descubra agora