21°- Beijo

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☦︎༄Dia seguinte.
☦︎༄10:32.

Midoriya já está aqui em casa, no momento me ajudado a fazer o almoço.

– O que está achando de trabalhar na empresa?- Perguntou depois de termos ficado alguns minutos em silêncio.

– Legal, mas prefiro mais quando saio para almoçar com as meninas.- Ri nasalado.

– Fofoqueiras.

– Tirando a minha pessoa, porque ainda é muito cedo para eu ficar falando da vida das pessoas com quem trabalho.- Resmunguei, e ele fez uma cara de surpresa.

– Tá bom.- Murmurou dando de ombros.- Sabe, eu queria te fazer uma outra pergunta agora.

– Pode fazer.- Sorri simples e peguei a tigela com a salada na geladeira, deixando a mesma em cima da pia.

– Eu sei que nós nos conhecemos só a algumas semanas, mas- A campainha tocou.

– Nossa.- Estranhei e caminhei em passos rápidos até a porta.

Quando abri a mesma, fiquei confusa, assustada e animada por ver o meu irmão mais velho - Kishibe - parado ali, segurando uma carta em uma das suas mãos e sorrindo gentilmente.

Então, nos abraçamos carinhosamente, algo que não fazíamos há muitos anos, pois ele ficou morando na mesma cidade que a minha mãe.

– Foi uma longa viagem para te encontrar.- Comentou.- Quando descobri que você não morava mais no prédio que a nossa mãe falou, entrei em desespero.

– E o que você fez?- Arqueei uma sobrancelha.

– Um entregador de pizzas de cabelos vermelhos chegou do nada e disse que você estava em Tóquio trabalhando para um amigo dele.

– Kirishima.- Murmurei.

– O quê?- Fez uma cara de desconfiado.

– Nada, continua.

– Bom, daí ele passou o número desse tal amigo, que me contou a sua localização e até me trouxe para cá .- Colocou as mãos na cintura.

– Que incrível.- Ri.- Agora entre, um amigo meu está aqui e não quero deixar ele abandonado.

– Amigo?- Franziu o cenho, e eu fechei a porta quando ele entrou.

– É, vamos.- Dei um empurrãozinho nele.

– Oi.- Kota resmungou da sala quando viu Kishibe.

– Oi.- O homem acenou.- O que o filho daquela naja está fazendo aqui?- Perguntou quando saímos da vista do garoto.

– Ela foi viajar, daí eu estou cuidando dele, que aliás se chama Kota.- Afirmei.

Assim que chegamos na cozinha, Midoriya estava mexendo na panela do macarrão e levou um susto quando se virou e viu meu irmão ali.

Em seguida, o esverdeado sorriu gentilmente, foi até Kishibe, estendeu a mão para o mesmo enquanto se apresentava como meu colega e amigo de trabalho.

O mais velho me olhou pelo canto do olho como se estivesse suspeitando alguma coisa e apertou a mão de Izuko, se apresentando também.

– Irá ficar para o almoço?- Perguntei indo até a tigela com a salada, ficando surpresa ao vê-la pronta.

– Não, só vim entregar essa carta da mamãe.- Murmurou, e eu me virei abruptamente para ele.- Ela sente a sua falta, sabia?

– Sim, e eu sinto a dela também.- Soltei um suspiro.- Quando você ver ela, fala que um dia vou visitá-la.

– Pode deixar.- Assentiu.

Meu irmão ficou por um bom tempo, por isso tive que deixar Midoriya no controle da cozinha, o qual não se importou nada e até pareceu ficar feliz.

Eu e Kishibe fomos para a sala de jantar e lá conseguimos conversar livremente - ambos temos problemas em conversarmos sobre nossa família com mais pessoas ao lado, afinal, é o nosso assunto pessoal.

Descobri que ele está trabalhando de mecânico e já está casado há mais ou menos 5 anos.

Fiquei feliz por ele e refleti um pouco se teria essa sorte futuramente.

Ele me contou todas as coisas que aconteceram durante os anos que eu estava fora, mas deixou algumas novidades de lado, pois elas foram mencionadas na carta da nossa mãe.

Fiquei surpresa com todas as coisas que ele me disse, pois a maioria eu não esperava nunca que fosse acontecer.

Só que, o mais estranho, é que ele mencionou diversas vezes o nome "Megane Shokuin". Mas quando eu perguntava sobre o mesmo, o homem puxava outra novidade.

Enfim, depois de trocarmos todas as novidades possíveis, meu irmão decidiu ir embora. A partir disso, acompanhei ele até a porta do apartamento e nos despedimos com um abraço com um pouco mais de carinho do que o outro.

Em seguida, Kishibe foi embora, e eu fechei a porta do apartamento. Então, voltei para a cozinha e vi Midoriya pegando pratos, talheres e copos.

– Já está pronto?- Perguntei surpresa, e ele assentiu com a cabeça.- Você queria me dizer algo antes do meu irmão chegar, não é?

– Sim, mas vou esperar para mais tarde, vamos almoçar agora.- Falou colocando os talheres em cima dos pratos e levando os mesmos para a sala de jantar.

Assim que terminamos de arrumar a mesa, eu chamei Kota, o qual veio correndo e rapidamente se acomodou na cadeira ao meu lado.

Almoçamos em um silêncio confortável, que serviu para eu pensar um pouco sobre a carta da minha mãe, a qual iria deixar para ler quando voltasse para casa.

Confesso que estava nervosa para saber as coisas que poderiam estar escritas nela, as quais espero não serem ruins e não me façam chorar.

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Terminei de lavar a louça com Midoriya e fui para o meu quarto me trocar, mas quando estava prestes a fechar a porta, alguém a segurou.

– Podemos conversar?- Midoriya perguntou atrás da porta, então eu abri a mesma.

– Claro.- Dei espaço para ele entrar.

– Olha, sei que não faz muito tempo que nos conhecemos, mas sabemos muitas coisas um do outro e viramos ótimos amigos,- Se aproximou de mim e colocou as mãos na minha cintura.- só que eu não quero ser apenas isso.

Senti as minhas bochechas esquentarem fortemente, e ele me puxou para mais perto de si, fazendo meu corpo todo arrepiar e o meu coração disparar na velocidade da luz.

– Eu te amo.- Murmurou e me puxou para um beijo carinhoso.

O esverdeado tinha um gosto doce e viciante, o que fez eu ceder rapidamente.

– Eu também te amo.- Falei entre o beijo.

Ele passou as mãos pela minha cintura, depois levou uma das mesmas até o meu rosto para aprofundar mais aquele maravilhoso beijo.

Eu me sentia nas nuvens, pois fazia muito tempo que não tinha a sensação de outros lábios encostados nos meus.

O beijo carinhoso de Izuko é maravilhoso, mas ele evoluiu para ótimo quando as coisas começaram a esquentar.

Contudo…

– Há crianças em casa.- Kota resmungou, e nós nos soltamos.

– Vou fingir que não sabia.- Me virei e mandei uma piscadela para o garoto.- Saíam, eu preciso me trocar.

Midoriya me deu um selinho e saiu do quarto, fechando a porta logo em seguida.

Então, eu comecei a dar pulinhos de alegria pelo quarto enquanto pegava a minha roupa e jogava em cima da cama.

Nunca pensei que ficaria feliz por sentir as borboletas no meu estômago novamente.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora