– Oi.- Disse ele.- Imaginei que quisesse saber que cheguei bem.
Soltei um suspiro de alívio.
– Você me assustou, mas obrigada por ligar.- Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.- Como estão as coisas aí?
– Bem ruins, já tem bastante gente aqui limpando os túmulos. Todos estão dizendo que as chances de ter uma nevasca hoje de noite é grande.
– De novo?- Bufei.- Amanhã nem a pau que vou deixar você sair de casa, as estradas vão ficar mais lisas do que devem estar.
– Você está certa, cheguei quase a ver um acidente por causa dessa merda.
Isso explica minha sensação ruim?
– Mas não aconteceu nada, né?- Perguntei.
– Não, pode ficar tranquila.- Escuto ele soltar uma risadinha.- Na volta para casa, vou comprar umas coisas para ti.
– O quê?
– É surpresa.
– Nossa, chato.
– Redonda.
– Triângular.
– Quadrada.
– Retângulo.
– Gostosa.
– Obrigada.- Agradeço, e escuto ele bufar.
– Vou indo, a galera aqui tá me olhando estranho depois dessa nossa conversa.- Avisa.
– Tá bom, eu te amo.
– Eu também te amo.- Desligou.
Deixei meu celular em cima da mesa e voltei minha atenção para as panelas. Me sentia melhor por ele ter me ligado e boba por ter ficado tão preocupada, mesmo tendo motivos.
De qualquer forma, chegou a hora do almoço, e Katsuki ainda não estava em casa. Mesmo assim, chamei Kota e fomos almoçar.
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Mais tarde, eu estava colocando Katsu no berço para dormir após lhe amamentar e trocar sua fralda, quando escutei o carro de Katsuki chegar - logo em seguida ouvi ele conversar com Kota.
Deitei o bebê, dei um beijo na sua testa e sai do quarto, vendo Katsuki ir para a cozinha enquanto eu descia as escadas. Ele estava com várias sacolas nas mãos, me deixando curiosa.
Desci as escadas e fui atrás do homem, o qual colocou as sacolas em cima da mesa. Dei batidinhas nas suas roupas, pois haviam alguns flocos de neve nelas, e lhe abracei por três.
– Como foi?- Perguntei.
– Tedioso, estava bastante sujo e as pessoas não paravam de falar, parece que não sabem respeitar um cemitério.- Resmungou.
– Tenso.- Murmurei e ajudei ele a tirar o casaco, o cachecol e as luvas.
– Pode deixar que eu guardo essas roupas, vai vendo as compras.- Deu um beijo na minha testa e saiu.
Comecei a mexer nas sacolas e abri um sorriso gigante ao ver que dentro delas havia diversas fotos, uma já estando arrumada num porta retrato de madeira escura. Nela estava eu - grávida - com Kota de um lado e Katsuki do outro no nosso chá de bebê.
Nas outras fotos era de mim com os outros convidados, também só com Katsuki, só com Kota, e sozinha. Outras que foram tiradas num ensaio fotográfico. Todas estavam muito bonitas.
Nisso, o homem voltou para a cozinha, segurando uma caixa de presente e sorrindo bobo.
– Meu senhor.- Murmurei pegando a caixa da mão dele.
Quando desembrulhei e abri a caixa, meu sorriso ficou maior do que já estava. Na caixa tinham dois álbuns, ambos brancos, mas um com meu nome escrito em dourado, e o outro com o nome de Katsu em azul escuro.
No momento em que Katsuki quis me abraçar por trás, virei para ele e pulei nos seus braços, lhe dando um abraço apertado e carinhoso. O homem retribuiu no mesmo instante e riu da minha reação.
– Eu te amo.- Sai do abraço.- Eu te amo, eu te amo, eu, te, amo.- Falei dando um selinho nele em cada pausa.
– Eu também te amo.- Afirmou e pagou todos os selinhos num beijo rápido.- Aliás-
– Você também ganhou!- Interrompeu Kota surgindo na cozinha segurando um álbum.
– É, eu ia dizer que ele também ganhou.- Sorriu.
Kota começou a olhar as fotos em cima da mesa, soltando um gritinho animado ao ver as nossas fotos juntos. Contudo, não pude ficar vendo suas reações, pois Katsuki segurou meu queixo e virou meu rosto para si.
– Amanhã chega outra surpresa.- Afirmou.
– Katsuki, você anda aprontando demais.- Resmunguei semicerrando os olhos, e ele riu.
– Faço isso porque te amo.- Me deu um selinho.
Ficamos vendo as fotos e colocando elas nos álbuns. O que fazer sozinha seria entediante, junto deles se tornou divertido, pois enquanto organizamos as coisas em ordem, fomos relembrando os momentos.
Houve um momento em que fiquei olhando para a minha foto de grávida, lembrando que quando era mais nova, nunca me imaginava dessa forma e nem queria pensar nisso - mesmo cuidando de crianças.
– Você estava linda.- Katsuki disse no meu ouvido e também olhando para a foto.
– Verdade.- Olhei para ele e sorri.- Obrigada por isso.
– De nada.- Deu um beijo na minha bochecha.
Após terminarmos de organizar as fotos, fui ao “meu” quarto guardar o meu álbum e o de Katsu. Aproveitei para ir até o berço e dar uma olhada rápida nele, o qual dormia tranquilo. Sorri e sai do cômodo.
Contudo, quando cheguei no corredor, dei de cara com Katsuki.
– Encontrei minha mãe no cemitério.- Sussurrou e se aproximou mais.
– Como foi?- Levei minhas mãos para o seu peitoral, e ele segurou minha cintura.
– Foi…delicado.- Suspirou.- Ela estava séria e junto do novo namorado. Eles conversaram comigo, e eu fiz o máximo para não falar nenhuma merda.
– Fez bem.- Lhe dei um selinho.- O que achou do homem?
– Até que é…gente boa.- Disse como se estivesse forçando cada palavra.
– Ótimo.- Sorri.- E isso serviu para mostrar para ti que ela ainda pensa no seu pai, afinal, vocês dois devem ter ido lá com a mesma intenção
– Você está certa.- Bufou.- Aquele cara até ajudou a limpar tudo.
Levei uma das minhas mãos até seu rosto e passei meu polegar pelos seus lábios, fazendo ele sorrir de canto, agarrar minha cintura com mais firmeza e me puxar para perto.
– Sabe, também quero que você volte sua amizade com sua mãe porque é com ela que quero deixar Katsu quando formos para a lua de mel e quando precisarmos ficar sozinhos.- Afirmei.
– “Quando precisarmos ficar sozinhos”?- Sorriu malicioso e sussurrou:- Entenda que quando quisermos transar, farei o possível para sua boca estar bem ocupada para não fazer barulho nenhum.
Senti minhas bochechas ficarem vermelhas, ele riu. Contudo, quando estava prestes a juntar meus lábios nos seus, escutamos Katsu começar a chorar e paralisamos.
– Entendeu o que eu quis dizer?- Perguntei, ele bufou antes de assentir com a cabeça.
Dessa forma, voltei para o quarto, fui até o berço e peguei Katsu no colo antes de dar beijos na sua bochecha.
– Você é um lindão.- Afirmei.
– Já me sinto excluído.- Katsuki resmungou e veio até nós.- Independente de você ser meu filho, não roube meu lugar.- Disse apontando o dedo indicador para o bebê.
E pelo visto, as competições começaram.
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𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢
Fanfiction🥇#katsuki 🥇#bakugou 🥇#katsukibakugou Narrado pela própria protagonista. {Nome}, uma mulher que sempre foi dedicada ao seu trabalho, mas após um tempo as coisas começaram a sair fora do controle. Não conseguia mais acordar cedo e acabava se atra...