14°- Realmente contratada

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☦︎༄Dia seguinte.
☦︎༄04:50.

Nesse momento estou terminando de secar o meu cabelo, já que há um tempinho atrás havia tomado banho, e pensando nos meus afazeres de hoje.

Em seguida, escovei o meu cabelo e fui escolher uma roupa - claro, que seja formal. Acabei pegando uma camisa branca de botões, uma calça jeans preta e uma gravata da mesma cor, além do meu maravilhoso tênis da Nike para acompanhar.

Após me vestir, amarrei os meus cabelos em um coque bem confortável ( leitores: se quiserem deixar preso ou fazer outro tipo de "amarro", de boa ) e fui tomar café antes de me maquiar.

Nisso, encontrei Kota no corredor, esfregando as mãos nos seus olhos e abrindo o bocão para bocejar, em seguida olhou para mim e sorriu.

– Tá bonita.- Afirmou.

– Obrigada.- Baguncei o cabelo dele.- Vamos tomar café.

Fui para a cozinha com ele me acompanhando logo atrás, então o menino sentou em uma das cadeiras atrás do balcão e ficou olhando eu começar a fazer o nosso café passado.

– Minha mãe não fazia café para mim.- Murmurou.- Ela nunca teve tempo para mim.

– Devo imaginar, mas isso é por conta das várias viagens que ela faz.- Falei olhando para o garoto pelo canto do olho.

– É.- Soltou um suspiro.- Sinto saudade dela, será que ela vai ligar para você para saber como estou?

– Claro, a sua mãe não seria louca de fazer isso.- Resmunguei colocando o café em pó no filtro, o qual já havia ajeitado na cafeteira.

– É verdade.

Assim que terminei de ajeitar as coisas e liguei a cafeteira, me virei para o garoto e fui na direção do mesmo, bagunçando o seu cabelo em seguida.

– Hoje vão vir duas pessoas muito legais para cuidar de você.- Sorri gentilmente.

– Você ainda não falou quem são elas.- Franziu o cenho.

– Claro, se não acaba com a surpresa e daí vai ser fudido.- Apertei uma das bochechas dele.- Se comporta e lembre-se de pedir ajuda quando não conseguir fazer algo sozinha, tá bom?

– Tá bom.- Falou com tédio.- Eu já sou bem grandinho, tenho noção de muitas coisas que são erradas e boas para fazer.

– Então tá, mas se eu souber de alguma reclamação…- Segurei o nariz dele entre o meu indicador e o dedo médio.

– Entendi, entendi.- Disse depois que soltei seu nariz, o qual fungou diversas vezes.

Ficamos conversando mais um tempinho, já que depois não iríamos nos ver por quase um dia inteiro, até enfim a cafeteira apitar, avisando que o café estava pronto.

Peguei duas xícaras, coloquei o café nas mesmas e depois botei o açúcar. Entreguei uma para Kota, que começou a soprar para esfriar, enquanto dei o primeiro gole quente para me acordar de verdade. 

– Isso tá muito bom.- Murmurei satisfeita, então ouvi batidas na porta.- Devem ser eles.

Larguei a minha xícara no balcão e fui atender, abrindo a porta assim que cheguei lá e sorrindo para os dois da maneira mais gentil possível.

– Ele está lá na cozinha.- Mandei uma piscadela para Eri, a qual saiu correndo para lá depois.- Bom dia.

– Bom dia.- Disse Aizawa.

Dei espaço, e ele entrou na casa. Então, enquanto íamos para a cozinha, o homem me explicava as brincadeiras que iria fazer com Kota, as quais eram bem simples e não fariam muita bagunça.

Eu não estava ligando muito para isso, pois o mais importante para mim é que cuidem do Kota.

Ao chegarmos na cozinha, senti um sorriso se abrir no meu rosto ao ouvir a risada das duas crianças juntas, as quais pareciam estar em ótimo papo.

– {Nome}, eu já terminei de tomar café, posso ir brincar com a Eri?- Kota perguntou se virando rapidamente na minha direção.

– Claro.- Dei de ombros e bebi um gole do meu café.- Quer também?- Pedi ao homem.

– Não, obrigada.- Se aproximou do balcão

– Aliás, que hora é?- Questionei depois de beber o último gole do meu café e colocar a xícara minha e de Kota dentro da pia.

– Cinco e vinte e sete.- Aizawa afirmou olhando para o seu relógio.

– Ata, obrigada. Vou terminar de me arrumar e já volto.- Avisei e saí da cozinha, indo para o meu quarto em seguida.

Fui ao banheiro do mesmo e escovei meus dentes, depois abri uma gaveta da pia e peguei as coisas que iria usar para fazer a minha maquiagem - algo simples, como sempre.

Assim que pronta, passei o meu perfume, peguei a minha bolsa e guardei meu celular dentro da mesma. Então, voltei para a cozinha, onde Aizawa teve a paciência de me esperar.

Me sentei ao lado dele e começamos a conversar aleatoriamente, fazendo perguntas um para o outro e tudo mais, algo que gosto de fazer para saber em quem estou confiando.

Ele parece ser um homem muito gentil e de grande coração, além de ser forte por ter aturado ser o médico e ao mesmo tempo "pai" da Eri quando ela tinha câncer.

Confesso que fiquei maravilhada com a história deles, contada por Aizawa com mais detalhes - pois deve ter percebido que eu estava curiosa para saber mais sobre o assunto.

Enfim, foi uma longa e boa conversa, até que o meu celular começou a vibrar na minha bolsa, fazendo eu lembrar que havia colocado ele despertar dez minutos antes de dar o horário de Katsuki vir me buscar.

– Bom, eu vou indo.- Pulei da cadeira e abri a minha bolsa.- Se acontecer alguma coisa, me liga que eu venho correndo.- Desliguei o alarme e peguei a chave do apartamento.

– Pode deixar.- Assentiu sorrindo, e eu lhe entreguei a chave.

Me despedi dele e fui para a sala de estar, dando um abraço ligeiro nas crianças e saindo rapidamente depois.

Assim que entrei no elevador, senti o nervosismo tomar conta de todo o meu corpo, algo que também aconteceu quando eu estava indo trabalhar pela primeira vez em uma grande empresa.

Entretanto, naquele tempo eu já tinha noção de que eu não iria ficar muito tempo lá, mas agora as coisas pareciam estar diferentes, como se agora tudo ia começar a dar certo de verdade.

No momento em que a porta do elevador se abriu, e eu botei meu pé para fora do mesmo, vi o carro de Katsuki parar na frente do prédio.

Acelerei meus passos até o mesmo, abrindo a porta e entrando no automóvel assim que me aproximei dele, me sentindo incrível por ter chegado bem na hora.

– Bom dia.- Sorri, e ele não respondeu nada.

Certo, ainda estava irritado.

– É…- Tentei puxar assunto.

– Está contratada.- Resmungou repentinamente, e eu senti a minha mente festejar.

Queria muito dar pulinhos e gritar de alegria, mas como estava em um péssimo momento, apenas abri um sorriso animado e comecei a mexer nos meus dedos.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora