40°- Vingança bem bosta

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(Postei mesmo achando o capítulo sem noção e confuso, foi mal.) 

Assim que chegamos na casa dela, a qual era um apartamento também, fomos para a sala de estar e nos jogamos no sofá.

Mesmo sendo a minha segunda vez aqui, já conseguia me sentir em casa.

Aliás, a primeira vez foi do nada, porque Katsuki acabou saindo mais cedo sem avisar, e como Jirou se disponibilizou para me trazer para sua casa, aceitei na hora. 

Nesse dia eu tive certeza que eu poderia confiar nela, principalmente para esses momentos de desespero e até os mais vergonhosos possíveis.

– Agora, me diga, por que eles te deixaram fora de casa?- Perguntou enquanto esticava o braço e pegava o controle do chão. 

– Pelo o que eu entendi foi por ciúmes.- Resmunguei.

– Mas do quê?

– De um amigo de infância que acabei encontrando em uma loja quando estávamos voltando do hospital.- Senti meu celular vibrar no bolso da minha calça muitas vezes.

– Nossa.- Disse indignada e depois riu.- Queria ter visto a cara emburrada do Bakugou.

Repentinamente, senti algo peludo se esfregar na minha canela diversas vezes. Então, levei meu corpo para frente para ver que bicho estava fazendo isso. 

– Aí meu pai.- Falei com uma voz fininha e levei minhas mãos lentamente até o animal. 

– Esse é o Vin Diesel.- Apresentou Jirou quando eu peguei o gato no colo. 

– Nome foda.- Comentei rindo e fiz carinho no gato.- Coisinha fofa.

Repentinamente, meu celular começou a tocar, fazendo nós três levarmos um susto. Então soltei um suspiro e peguei o telefone do bolso, vendo que Katsuki me ligava por chamada de vídeo. 

– Meu nome agora é Jack, bem cringe, mas só porque sou homem.- Jirou afirmou convencida e se levantou.

– Como assim?- Arqueei uma sobrancelha.

– Vamos enganar ele.- Sorriu de maneira maligna.- Atenda essa porcaria. 

– Tá.- Dei de ombros e atendi. 

– ONDE VOCÊ ESTÁ, {NOME}?!- Gritou irritado, e eu franzi o cenho.

– Abaixa essa voz.- Falei ríspida, e ele bufou.- Eu estou na casa de um amigo meu.

– O quê?- Arregalou os olhos.

– É, já que meu namorado e o meu primo não querem ficar comigo.- Dei de ombros e tentei fingir estar triste.

– Coitadinha da minha linda.- Jirou forçou uma voz de homem e bagunçou o meu cabelo. 

– Filho da puta.- Katsuki resmungou.- Escuta só, além de você abraçar um homem hoje, vai dormir na casa de outro também?

– Claro, mas não comece a jogar a culpa para cima de mim, quem me jogou para fora de casa foi você e o Kota.- Afirmei brava. 

– Era só uma brincadeira!- Deu um soco em alguma coisa. 

– Foda-se?- Arqueei uma sobrancelha.

– {Nome}, me diga onde você está que eu tô indo te buscar.- Se levantou de onde estava sentado.

– Você não vai buscar ela!- Jirou falou com a mesma voz de antes. 

– {Nome}, deixa eu conversar com esse idiota.- Resmungou depois de respirar fundo. 

– Ele tem nome, tá legal? É Jack.

– Ata, vai ficar protegendo ele agora?- Franziu mais o cenho.- Passa o telefone imediatamente, {Nome} {Sobrenome}. 

Olhei para Jirou, e ela assentiu com a cabeça enquanto fazia o máximo para não começar a rir. Tava na cara que tinha um plano inteiro planejado em sua mente.

– Tá bom.- Fingi ficar brava com isso e passei meu celular para a mulher.

– Fala.- Ela continuou com a voz forçada.

– JIROU?! NÃO ACREDITO! VÃO TOMAR NO CU VOCÊS DUAS!- Ele desligou o telefonema, e nós começamos a rir.  

– Caralho, eu vou tomar muito no cu quando voltar para casa.- Falei rindo.

– Verdade.- Me entregou o celular e sentou do meu lado.- Você é muito legal.

– Valeu, você também.- Sorri para a mulher. 

– Cara, como é que ele não se deu conta de que era mentira? Eu nem sei imitar um homem de verdade.- Cruzou os braços.- Acho que vou virar atriz.

– Só se for porno.- Murmurei, e ela me olhou indignada.

Ficamos alguns minutos olhando para o nada e às vezes trocando palavras sem noção uma para outra. Até que eu tive uma ideia

– Vamos comer? Eu tenho dois cafés e quatro Melon Pan aqui. 

– Bora.- Assentiu. 

Peguei a sacola, coloquei em cima da mesinha de centro da sala e abri a mesma. Enquanto isso, Jirou ligou a televisão e colocou em um canal onde estava passando um filme.

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☦︎༄23:36. 

Havíamos ficado por mó cota assistindo filmes idiotas e comendo besteiras que achamos na cozinha da mulher, algo que resultou em um total cansaço. 

Meus olhos estavam quase se fechando, quando o telefone de Jirou começou a tocar, e ela - com a maior preguiça que já vi na minha vida - pegou ele de cima da mesinha. 

Quando ela olhou para a tela, ligou o viva voz, talvez para mim escutar também, e atendeu. 

– A {Nome} ainda está aí?- A voz de Katsuki fez eu ficar com os olhos arregalados. 

– Sim.- Murmurou a mulher. 

– Tá, fala para ela que estou esperando aqui na frente. Diga que não consigo dormir sem ter ela do meu lado.- Disse quase em um suspiro, e eu senti as minhas bochechas esquentarem. 

– Tá bom.- Desligou e olhou para mim com cara de cu.- Odeio um casal feliz. 

– Vai se fuder.- Comecei a rir.- Vou indo então.- Nos abraçamos sentadas mesmo.

– Venha mais vezes, só que sem problemas para tapar.- Deu um beijo na minha testa.

– Pode deixar.- Baguncei seu cabelo e me levantei.

Após alguns minutos, eu já estava na recepção e pude ver de longe o carro de Katsuki parado no estacionamento e sendo ligado.

Como estava chovendo bastante naquela noite, o loiro abriu a porta do automóvel quando eu estava chegando perto do mesmo, fazendo eu acelerar os passos e depois entrar. 

Após fechar a porta do carro, Katsuki segurou o meu rosto e virou o mesmo em sua direção, me atacando em um beijo extremamente quente e selvagem em seguida.

– Nunca mais me assuste desse jeito, porra.- Falou após pararmos de nos beijar. 

– Era só para mostrar que não se pode gritar vitória sem antes ter passado pela linha de chegada.- Dei um selinho no homem e coloquei o cinto de segurança.

– Poético.- Deu um tapão na minha coxa e acelerou.- Kota ficou puto comigo, sendo que nós dois havíamos combinado juntos de fazer aquela merda com você.

– Bem feito.- Resmunguei e bocejei.- Amanhã quero conversar sério com você.

– Sobre o quê? Por que não me conta agora?

– Amanhã, Katsuki. Amanhã.- Afirmei.- Agora tô meio noiada, não vou conseguir dizer. 

– Tá.- Deu de ombros.

O silêncio surgiu entre nós, fazendo com que fosse possível escutar as gotas de chuva batendo contra o carro e os pneus do mesmo deslizando pelo asfalto liso. 

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora