Após algumas horas, o almoço - o qual Katsuki continuou fazendo por mim - ficou pronto e fomos nos servir.
Enquanto comíamos, Katsuki e Kota ficavam conversando sobre coisas boas do passado e me perguntando se eu lembrava de algumas coisas, e eu só assenti.
Queria ser como eles, esquecer as coisas facilmente e seguir a minha vida como se estivesse tudo bem, mas parece que tudo está me atormentando.
Fui a primeira a comer, mas continuei na mesa, em silêncio, tentando escutar o que eles falavam no meio do estrondo de coisas na minha mente.
Incrível como uma coisinha simples na visão de outras pessoas, pode ser algo extremamente apavorante para mim.
Por um instante, tudo parou, fiquei encarando o nada como estava fazendo há vários minutos. Não ouvia mais as vozes de Katsuki e Kota, a minha mente também estava completamente silenciosa.
Sabia que tudo ao meu redor ainda estava se movimentando, mas a minha concentração estava tão fixa em algo desconhecido que fez tudo paralisar.
Nada se passava mais na minha mente, ou será que passava e eu não estava percebendo?
Talvez eu esteja confusa demais.
Ou com medo.
Acordei para a vida quando senti Marley lamber a minha mão, então olhei para ele e acariciei seus pelos dourados - agradecendo mentalmente por ter me tirado desse sono.
Olhei para Kota e Katsuki, mas o menino já não estava mais ali, o loiro estava lavando a louça e a mesa já estava completamente vazia das várias coisas que tinham antes.
Me sinto atrasada.
Olhei para Katsuki, e ele olhou de volta para mim. Ficamos nos encarando até ele se aproximar, se inclinar sobre a mesa e sorrir enquanto colocava uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
– Você está bem? Ficou o almoço inteiro quieta.- Agora pude ver preocupação em seus olhos.
– Sim, estou.- Assenti.- Só acho que o susto mexeu um pouco com o meu relógio mental.
– Entendi.- Sussurrou.- Eu te amo, tá?
– Eu também te amo.- Sorri.
Ele se distanciou, voltando sua atenção para a louça.
Fiquei olhando o loiro fazer todo o serviço que eu normalmente faria, me perguntando como a própria família dele poderia achar que esse homem poderia fazer algum mal para mim.
Afinal, ele acaba de proteger a minha pessoa de um dos únicos caras que já me deu medo depois de vários anos.
Katsuki é simplesmente incrível.
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☦︎༄14:35.
Liguei a televisão, coloquei num filme legal e educativo e passei um dos meus braços ao redor de Kota, o qual deitou a cabeça no meu peito.
Logo Katsuki surgiu e deixou a bacia de pipoca na mesinha de centro, depois se sentou ao nosso lado, se cobriu e passou o braço ao redor do meu pescoço.
Senti ele dar um beijo na minha cabeça, então rimos quando Marley e Nijel se juntaram a nós.
Pela casa estava toda fechada e pelo barulho forte da chuva lá fora, a sensação que ficou aqui em dentro era relaxada e extremamente confortante.
Principalmente por estarmos com quem gostamos.
A minha concentração ficou completamente na televisão até sentir a cabeça de Katsuki sobre a minha. Então, olhei para ele e o vi dormindo tranquilamente.
Quando olhei para Kota, ele estava da mesma forma.
Levei minha atenção para os animais, vendo que apenas Marley estava acordado, mas ainda assim dava de perceber sua vontade de dormir por conta da maneira lenta em que piscava.
Suspirei e continuei a assistir o filme, percebendo apenas naquele momento que estava com um sorriso bobo no rosto, motivo? Bom, talvez porque não faltava nada naquele momento.
Foi então que senti a mão quente de Katsuki ir para debaixo da minha camisa antes de começar a acariciar a minha barriga, fazendo as minhas bochechas ficarem quentes.
Ele bocejou, coçou um dos olhos e depois olhou para Kota. Em seguida, se levantou, pegou Kota no colo e sussurrou que iria levar o menino para o quarto.
Será que Katsuki estava mesmo dormindo quando olhei para ele?
Dei de ombros para essa pergunta e voltei mais uma vez minha atenção para a televisão, não olhando para o homem quando senti ele se sentando onde Kota estava.
– Amor.- Chamou com uma voz mansinha, e eu olhei para ele.- Está se sentindo bem?
– Sim, por quê?- Arqueei uma sobrancelha.
– Sei lá, estou te achando estranha desde quando me contou da gravidez.- Disse com indiferença.
– Eu estou bem, é só que aquele susto me afetou um pouco.- Dei um beijo na bochecha dele.- Eu te amo, não precisa se preocupar.
– Eu também te amo, por isso eu DEVO me preocupar.- Ri de sua fala e deitei a minha cabeça no seu ombro.- Obrigado por ter me ajudado naquela hora.
– De nada.- Murmurei.- Só penso que, da mesma forma como você me ajuda, também devo lhe ajudar.
– Faz sentido.- Sussurrou.
Continuamos assistindo o filme, comendo pipoca e trocando carícias, até que o celular de Katsuki tocou na cozinha, fazendo ele bufar enquanto se levantava do sofá.
Olhei para ele na cozinha, com o celular no ouvido e com os olhos fixados em algum canto, totalmente concentrado no que estava sendo dito.
Então, ele assentiu, olhou para o telefone e desligou o mesmo antes de colocá-lo em cima do balcão. Quando o homem voltou para a sala de estar, soltou um suspiro ao sentar do meu lado.
– Quem era?- Arqueei uma sobrancelha.
– A minha mãe.- Murmurou e passou as mãos nos próprios cabelos.- Ela veio me esculachar, sinal de que já espalharam o que aconteceu.
Fiquei olhando para ele de forma preocupada, pois sentia que o loiro estava do mesmo jeito de quando chegou hoje de manhã.
Nisso, ele olhou para mim, levou uma de suas mãos para o meu rosto e começou a me beijar - um beijo lento, mas com direito de língua e qualquer tipo de toque.
– Katsuki.- Falei quando paramos de nos beijar.- Você quer?
Ele olhou para os meus olhos e depois para a minha boca, assentindo com a cabeça antes de me puxar para um beijo novamente, esse que era mais selvagem e malicioso.
Não sei se vamos fazer isso achando que todos os problemas vão embora, mas se ele quer - e eu não posso negar que também quero -, não adianta nos segurarmos.
Logo ele estava em cima de mim, com o corpo parcialmente deitado sobre o meu enquanto se segurava para não penetrar com força e rapidez.
Eu estava mordendo a coberta para segurar os gemidos que, mesmo com essa movimentação lenta, ainda insistiam em sair altos.
Nossos olhos estavam fixados uns nos outros, como se isso fizesse as coisas ficarem mais tranquilas e não levasse a gente para longe demais.

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𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢
Fanfiction🥇#katsuki 🥇#bakugou 🥇#katsukibakugou Narrado pela própria protagonista. {Nome}, uma mulher que sempre foi dedicada ao seu trabalho, mas após um tempo as coisas começaram a sair fora do controle. Não conseguia mais acordar cedo e acabava se atra...