119°- Mudando o rumo

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Fiquei esperando a tarde toda para que Momo mandasse alguma mensagem, mas no fim não deu nenhuma notícia. Nem de como estava, nem sobre os móveis.

Pelo visto, o que pensei que seria rápido, vai acabar demorando de novo.

Kota chegou em casa faz alguns minutos, enquanto já se passaram mais de meia hora do horário normal de Katsuki chegar em casa. Obviamente, isso estava me incomodando.

Mas, de qualquer forma, eu e o menino tínhamos jantado. Ele está na sala assistindo televisão, e eu estou no quarto começando um livro novo - descobri que isso me ajuda a distrair meus pensamentos. 

Estava bastante focada nas palavras, quando Nijel subiu em cima da cama e veio na minha direção, se deitando bem ao lado da minha barriga antes de esfregar sua cabeça na mesma. 

Sorri e comecei a acariciar o gato, não notando a chegada de Katsuki no quarto.

– Puta merda, eu sou o cara mais sortudo do mundo.- Disse ele, ganhando a minha atenção.

O homem jogou a sua maleta de trabalho num canto e se jogou na cama, quase fazendo Nijel ser jogado para fora da mesma. Ri e olhei para o loiro, o qual estava ajeitado ao meu lado e acariciando minha barriga. 

– Por que demorou para chegar em casa?- Perguntei.

– Nem me lembre.- Resmungou.- Estão me incomodando com o que aconteceu na floricultura, acham que vou descontar muito do salário deles com o concerto.

– Você disse para eles que é mentira?- Ele assentiu.- Então, pronto. Acredite quem quiser.

– Muito direta você.- Comentou rindo e me olhou.- Ficou preocupada comigo?

– Essa pergunta foi a mais idiota que você já fez para mim.- Franzi o cenho.- Óbvio que eu me preocupei.

– Quem deveria me preocupar sou eu.- Voltou sua atenção para a barriga como se fosse uma indireta.

Passei as mãos pelos seus cabelos, e ele bocejou. Depois, olhou novamente para mim e começou a se aproximar até seu rosto estar perto do meu.

Logo, nossos lábios se encontraram e nossas línguas começaram a sincronizar suas danças. Uma das mãos dele foi para o meu pescoço, e as minhas para o seu peito.

– Só mais ou menos dois meses, né?- Perguntou levando a mão que estava no meu pescoço para a minha barriga.

– Sim.- Assenti.

– Depois da semana que vem, vai ter um mês de folga, porque tem o aniversário da empresa.- Comentou.- Acho que deveríamos focar na nossa vida nesse tempo.

– Como assim?- Arqueei uma sobrancelha.

– Assim, o nosso casamento ainda está extremamente longe de acontecer, mas o nascimento do nosso filho não. Ainda não preparamos nada do quarto dele e nem pensamos no chá de bebê.

– É verdade.- Murmurei.- Acho uma boa ideia, só que já estou vendo o tamanho do gasto.

– {Nome}, eu nunca tive coragem de te dizer isso, mas você não é está mais naquela situação que te encontrei. Está morando em uma casa luxuosa, tendo uma vida luxuosa.

– Isso não é motivo para gastar dinheiro.

– Não é quando estamos nos referindo a algo desnecessário, só que estamos falando do nosso filho. Nesse caso, não existe valor que nos pare.

Ele me deu um selinho e sorriu, com seus olhos se enchendo de brilhinhos.

– Então, o que acha?- Sua voz doce fez eu soltar um suspiro.

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