122°- Tranquilidade

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Depois que terminamos de ajeitar o quarto, me sentei na poltrona ao lado do berço e fechei os olhos na intenção de dar uma pequena descansada.

Contudo, logo senti alguém colocar delicadamente uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, fazendo eu abrir meus olhos e sorrir ao ver Katsuki.

– Nenhum de nós dois está com fome, mas e você?- Ele perguntou.

– Por enquanto não estou, só que, na minha humilde opinião, seria melhor encomendar uma pizza para o caso de uma emergência.- Afirmei.

– Tá bom então.- Sorriu e depois suspirou.- A Momo ligou, e eu atendi.

– O que ela falou?

– Bom, pediu desculpas sinceras por não poder ter vindo e depois disse que viria aqui amanhã para resolver os negócios dos móveis.

– E você disse o quê?

– Que é melhor discutir esse negócio dos móveis semanas depois do bebê nascer.- Respondeu, e eu fiquei com uma cara de indignação.

– Por que isso?

– Porque assim você não fica estressada como estava mês passado.- Apertou uma das minhas bochechas.- E não estamos com pressa para arrumar aquilo tudo, afinal, o outono começou agora e ficará ruim para cuidar das flores.

– Mas poderia ter falado comigo antes.- Cruzei os braços.

– Você iria brigar comigo e negaria de todas as formas, então foi melhor assim.- Deu de ombros.

Soltei um suspiro e assenti com a cabeça.

– Certo, certo.

– O que foi? Sinto que tem uma pergunta bem séria para me fazer.- Disse praticamente lendo a minha mente.

– Ainda temos o nosso casamento, Katsuki. Como iremos resolver as coisas da floricultura se ainda temos isso para resolver?- Perguntei enquanto levantava.

– Kaminari e Kirishima vão ajudar nesse período.- Afirmou me ajudando.

– Mas eles não sabem cuidar da floricultura.- Resmunguei.

– {Nome}, tenha calma e confie, vai dar tudo certo. Ainda temos bastante tempo, além de que podemos abrir de novo só depois de voltarmos.

Novamente suspirei e fiquei um tempo em silêncio apenas pensando. Ele estava certo, o bebê ainda nem nasceu, e eu já estou preocupada com o que vai acontecer depois disso.

– Tá.- Murmurei e sorri quando ele deu um beijo demorado na minha cabeça.

– Vou pedir a pizza, vem junto?- Assenti, e ele segura uma das minhas mãos.

Quando já estávamos no andar de baixo, me sentei ao lado de Kota - o qual estava vidrado na televisão - e fiquei assistindo com ele enquanto o homem pedia a pizza.

Contudo, não demorou muito para eu me entediar. Então, me levantei e fui até o grande espelho que havia sala, de onde dava de ver a estrada e as árvores.

Como Katsuki disse, o outono estava começando agora, ou seja, toda a paisagem esverdeada de antes estava ficando cada vez mais diferente - mais "amarronzada", por assim dizer.

As estradas estavam começando a se encher de folhas marrons, isso ao mesmo tempo em que o clima estava ficando cada vez mais frio.

Contudo, como estava começando a anoitecer, não consegui achar mais nenhuma mudança.

Nisso, senti o loiro me abraçar por trás e dar um beijo no meu pescoço, em seguida olhando para a mesma direção que eu.

– É para chover amanhã.- Afirmou.- Ainda bem que é domingo.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora