46°- Discussão

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Assim que terminamos nosso banho cheio de pegação, saímos do box, nos secamos e vestimos a nossa roupa. Então, quando saímos do banheiro, demos de cara com Kota.

– Finalmente, pensei que vocês nunca iriam sair daí.- Ele resmungou e entrou, em seguida fechando a porta com brutalidade.

Rimos baixinho e fomos para o nosso quarto. Lá,  eu coloquei as minhas roupas sujas dentro do cesto e depois me deitei na cama de barriga para cima.

Após alguns segundos, Katsuki subiu na cama e veio na minha direção na intenção de deitar em cima de mim - coisa que eu já esperava vindo dele.

Sendo assim, abri as minhas pernas, e ele se acomodou entre as mesmas. Logo depois, começou a me dar diversos beijos na bochecha.

– Você é incrivelmente linda.- Falou no meu ouvido.

– Obrigada, igualmente.- Comecei a acariciar os cabelos dele.- Quer dormir já?

– Acho que sim, a viagem foi meio cansativa, principalmente porque acordamos cedo demais.- Me encarou, fazendo eu entender a indireta.

Cansei.

– Vai tomar no seu cu.- Joguei ele para o lado e me levantei.- Porra, fala porque não fo você que ficou longe da sua mãe por anos.

– Caralho, {Nome}! Eu "tava brincando!- Se sentou na cama.

– MAS EU NÃO GOSTEI DESSA BRINCADEIRA! E NÃO É DE AGORA QUE ESTOU ME IRRITANDO COM ISSO! PORQUE VOCÊ E O KOTA TÃO NISSO COMIGO DESDE QUE ACORDARAM!- Gritei indo até a porta.

– DESCULPA! MAS ERA SÓ DIZER QUE NÃO GOSTOU! AGORA ESTRAGOU TODO O CLIMA BOM QUE A GENTE ESTAVA TENDO!

– EU NÃO ESTRAGUEI NADA! QUEM ME PROVOCOU PARA ISSO FOI VOCÊ!- Saí do quarto, fechando a porta atrás de mim com raiva.

Quando estava indo para a sala, minha mãe surgiu, seus olhos estavam arregalados e sua expressão demonstrava a sua total preocupação comigo.

– Qual o motivo de toda essa gritaria?- Ela perguntou.

– Os meninos estão me irritando porque acordei eles muito cedo, aí acabei perdendo a minha paciência quando Katsuki veio me mandar uma indireta sobre isso e, enfim.- Soltei um suspiro.- Não precisa se preocupar.

– Tem certeza?- Assenti.

– É normal casais brigarem, mãe.- Sorri.- Aliás, meu quarto ainda está como antes?

– Claro!- Os olhos dela brilharam de alegria.- Vamos, eu vou te levar até lá.

– Não precisa, eu ainda sei onde é.- Falei e ri quando ela começou a me puxar.

– Mesmo assim, quero finja que não sabe.- Argumentou.

Quando chegamos lá, minha mãe abriu a porta e ligou a luz. Nisso, eu senti meu coração errar uma batida ao ver que realmente estava tudo como eu havia deixado antes de sair de casa.

Algumas roupas - que por sinal nem devem servir mais em mim - estavam jogadas na cama, assim como cadernos e livros.

Senti as minhas bochechas ficarem um pouco vermelhas, então comecei a tirar as coisas de cima da cama e coloquei no chão. Em seguida, me deitei na mesma.

– Ainda continua confortável.- Comentei para minha mãe.

– Imagino.- Riu ela.- Pelo jeito vai dormir aí.

– Sim.- Assenti e comecei a me ajeitar em baixo da coberta.- Boa noite.

– Boa noite.- Deu um beijo na minha testa.

Assim que ela desligou a luz, saiu do quarto e fechou a porta, pensei no que Katsuki poderia estar fazendo numa hora dessas.

Em seguida, simplesmente dei de ombros e fechei meus olhos, sem perceber que pouco a pouco eu ia pegando no sono.

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☦︎༄Dia Seguinte.
☦︎༄07:38.

Acordei, me levantei, arrumei a cama, arrumei as coisas que estavam no chão de volta nos seus devidos lugares - os quais por sinal eu ainda lembrava.

Depois, saí do quarto, dei bom dia para Kota, Megane e a minha mãe quando passei pela cozinha e segui pelo corredor até o banheiro.

Foi então, que quando estava prestes a abrir a porta do mesmo, alguém abriu a mesma por dentro abruptamente.

Vi que era Katsuki de relance, então nem me dei ao trabalho de olhar na cara dele e simplesmente esperei o mesmo sair, o que foi bem rápido.

Entrei no banheiro, fiz o que precisava, lavei o meu rosto e ajeitei o meu cabelo. Depois, refiz os meus passos de volta para a cozinha.

Contudo, quando entrei no cômodo, escutei alguém bater à porta da casa. Com isso, franzi o cenho em desentendimento e fui até a minha mãe.

– Antes que me pergunte, foi o seu namorado que saiu.- Ela afirmou.

– Para onde?- Arqueei uma sobrancelha.

– Não sei.- Deu de ombros e me entregou uma xícara de café.- Quer comer alguma coisa?

– Não, obrigada.- Sorri.

Várias perguntas se passavam pela minha mente, as quais eram: "para onde Katsuki foi?", "O que ele foi fazer?", "Será que tomou café?", "Ainda está bravo comigo?".

Mas no final, a única coisa que eu fiz foi beber o meu café e em seguida perguntar para Kota se ele quer ir conhecer a cidade.

Animado, ele aceitou e terminou rapidamente de tomar seu café, depois correu para o corredor - provavelmente porque vai escovar os dentes.

Então, eu fiz a mesma coisa que ele, afinal, queria muito ver as coisas que mudaram nessa cidade, as quais podem estar fazendo muita diferença.

Contudo, quando nós dois ficamos prontos e estávamos prestes a sair, minha mãe segurou o meu braços.

– Fica em casa comigo hoje, por favor.- Pediu ela.

– Poxa, vó.- Kota emburrou.

– Deixem para amanhã, aí eu vou junto com vocês para mostrar as coisas novas.- Insistiu.

Eu e Kota nos olhamos.

– Pode ser?- Perguntei para ele.

– Tá.- Murmurou.- Se a gente não sair amanhã, vou ficar muito puto.

– Imagino.- Baguncei os cabelos dele.

Com isso, fui junto com a minha mãe para a casinha que fica no jardim, onde iríamos pegar as ferramentas de jardinagem - obviamente - para darmos uma ajeitada no lugar.

Confesso que estava estranhando isso, porque o costume da minha mãe é só ajeitar as coisas quando vai acontecer algo especial ou vem visita importante.

As duas não faziam muito sentido agora, porque se fosse rolar qualquer uma delas, provavelmente a mulher teria me avisado.

Entretanto, não iria perguntar nada para ela, pois às vezes é bom deixar a curiosidade um pouco de lado e simplesmente fazer o que estão pedindo - falo isso apenas quando se trata da minha mãe.

De qualquer forma, gostaria de dizer que estou me sentindo muito bem estando ao lado dela, porque a mesma parece colecionar muita energia boa.

Provavelmente porque se sente em paz com as coisas que conquistou, tendo como principal: um homem que a valorize do jeito que ela merece.

Enfim, minha mãe começou a apontar e explicar o que eu deveria fazer, então eu obedeci sem nem sequer reclamar. Afinal, não iria valer a pena negar de qualquer forma.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora