36°- Sogros?

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Assim que Kota me viu, começou a chorar e correu na minha direção, em seguida me deixando presa em um forte abraço.

Seus soluços praticamente ecoavam pela sala e suas mãos pareciam agarrar com mais força o meu casaco conforme o tempo passava, fazendo eu ter noção do afeto que Kota tinha por mim.

Bom, nunca pensei que alguém sentiria a falta de mim a esse nível...certo, isso fez eu lembrar da minha mãe.

- Iremos levar vocês ao hospital.- Afirmou o policial quando peguei Kota no colo.

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☦︎༄16:40.

Nesse momento, estou sentada na recepção, esperando alguma notícia de Katsuki enquanto mexo no cabelo do Kota, o qual está com a cabeça deitada na minha coxa.

O menino havia chorado por vários minutos, fazendo eu ficar nervosa por não conseguir acalmá-lo no início, quase chorando junto com ele por causa disso.

Soltei um suspiro e olhei ao redor, tinha algumas pessoas com expressão de preocupadas em um canto, enfermeiras e médicos conversando no outro.

Me encontrava tão concentrada que nem vi que uma outra enfermeira estava se aproximando, só notando a sua presença quando parou na minha frente.

- {Nome}?- Ela perguntou, e eu assenti com a cabeça.- Um paciente, prestes a perder a paciência, está te chamando. Me acompanhe.

Ajeitei Kota - o qual estava dormindo profundamente - no meu colo e segui a mulher até um quarto, de onde eu escutava Katsuki falar irritado com alguém.

- Antes de te deixar entrar, quero te dizer algumas coisas, mas nada preocupante.- Sorriu.- Ele será liberado daqui quatro dias.

- Tá.- Murmurei.

- Não foi grave, mas temos que fazer mais alguns exames e seria melhor esperar ele se recuperar bem antes de deixá-lo ir para casa.- Deu um passo para trás.- Pode entrar.

Quando entrei no quarto, Katsuki olhou para mim abruptamente com seus olhos brilhando, e eu senti um pequeno sorriso se abrir no meu rosto conforme me aproximava dele.

Tinha uma mulher e um homem parecidos com ele ali, os quais sorriram para mim quando eu levei minha atenção para eles.

- Ele está dormindo?- O loiro perguntou, e eu assenti com a cabeça.- Esses são os meus pais.- Olhou para os dois.

- Imaginei.- Falei.

Eles se aproximaram de mim e nos cumprimentamos.

- Então você é a namorada de Katsuki.- A mulher sorriu gentilmente.- Sou Mitsuki Bakugou.

- E eu Masaru.- Colocou a mão no ombro da mulher.

- Muito prazer.- Sei minhas bochechas avermelharem.

Bom, agora eu tenho mais que certeza que sou a namorada dele e isso me deixou honrada.

Os pais dele ficaram mais um tempo ali e depois saíram do quarto, então eu e Katsuki ficamos em silêncio. Queria cobrar ele do que fez, mas acho que aqui não seria o local ideal.

- Você me assustou.- Baguncei o cabelo dele.

- Desculpa, só que quando eu vi Kota lá, não consegui me segurar.- Se ajeitou lentamente na cama.- Não vou demorar muito para ir para casa, mas enquanto isso vou deixar você no controle da empresa.

- O quê?!- Arregalei meus olhos, e Kota deu uma remexida.- Katsuki, eu sou só uma funcionária, não sei lidar com algo maior.

- Você lidou com o meu pau e agora consegue fazer isso?- Arqueou uma sobrancelha e sorriu malicioso.

- Cara, você não presta.- Falei negando com a cabeça.

- Então quem acha que devo colocar por enquanto?

- A Momo.- Afirmei.

- Por quê?- Pegou o seu celular do bolso da minha calça.

- Porque é ela que mantém a maioria das coisas organizadas lá da minha área de trabalho e em outros lugares também.- Dei de ombros.

- Tá, confio em você.- Ligou o celular e começou a remexer no mesmo.- Tenho que passar algumas decisões para ela.

- Até já sei quais.- Resmunguei.- Demitir Midoriya é Makima.

- Justamente.- Mandou um beijo pra mim, fazendo eu rir.- Aliás, abre a gaveta e pega o resto das minhas coisas. Tem dinheiro ali para vocês irem comer.

- Tá.- Fiz o que ele mandou.

Vários minutos se passaram enquanto conversávamos sobre a empresa, até que Kota acordou e olhou ao redor com uma cara confusa.

Contudo, quando seus olhos pararam em Katsuki, o garoto ficou alguns segundos paralisado e em seguida começou a chorar novamente.

- Ei, Kota, não precisa ser tão dramático assim.- Sorriu de uma maneira que até eu quis chorar.

- Me desculpa.- Murmurou, e o loiro soltou um suspiro.

- Quando eu for para casa nós conversamos melhor, ok?- O homem perguntou, e o menino assentiu com a cabeça.

Repentinamente, uma enfermeira surgiu e pediu para nos retirar, pois o tempo de visita já havia acabado. Então, apenas nos despedimos rapidamente e fomos para fora.

- Estou com fome.- Disse Kota quando voltamos para a recepção.

- Vamos achar um lugar para irmos então.- Beijei a bochecha dele.

Assim que cheguei ao lado de fora do hospital, os pais de Katsuki se aproximaram de mim.

- Oi, querida.- Sorriu Mitsuki.- Está indo para onde?

- Achar um lugar para almoçar.- Sorri sem graça.

- Nossa, só agora?- Olhou para Masaru com cara de preocupada.

- O que acha de ir comer lá em casa?- O homem perguntou repentinamente.

- Boa ideia!- A mulher disse animada.

- Não quero incomodar vocês.- Senti as minhas bochechas avermelharem.

- Capaz, vamos.- Ela pegou na minha mão livre e me guiou até seu carro.

Em poucos minutos, já estávamos na casa do casal. Eles se mostraram muito gentis comigo, por isso rapidamente me senti à vontade com os mesmos.

Assim que entrei na moradia, fiquei de boca aberta ao ver o quão moderno era por dentro; tinham poucos móveis e isso pareceu deixar a casa mais espaçosa.

Olhei para Kota, e ele parecia estar mais surpreso do que eu. Então, seguimos Mitsuki até a cozinha.

- O que vocês gostam de comer?- A mais velha perguntou se virando para nós.

- Lasanha.- Kota respondeu.

- É.- Dei de ombros.

- Bom, então irei esquentar uma especialmente para vocês.- Sorriu gentilmente.- Normalmente eu iria fazer a lasanha, mas como demora muito para ficar pronto, irei pegar uma pronta.

Ela pegou uma daquelas caixas de lasanha de dentro da geladeira e colocou em dentro do micro-ondas, o qual não demorou muito para começar a esquentar a comida.

- Você e o Katsuki já transaram?- Perguntou repentinamente, e meus olhos arregalaram.

- Mitsuki!- Olhei disfarçadamente para Kota.

- Não se preocupe, ele não deve entender.- Falou despreocupada.

- Na verdade eu entendo sim, tia.- Ele comentou, e nós começamos a rir.

- Essas crianças de hoje em dia estão muito espertas para o meu gosto.- Se aproximou e apertou a bochecha bochecha garoto.- Masaru!

- Oi!- Surgiu rapidamente.

- Leve Kota para brincar com o Bóris, eu e {Nome} precisamos conversar sobre um assunto muito particular.- Mandou uma piscadela para o mais velho.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora