70°- É só mais um dia

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Katsuki colocou duas panquecas em cada um dos três pratos em cima da mesa, depois pôs as louças sujas dentro da pia e sentou-se ao meu lado.

– Acho que ficou bom.- O loiro deu de ombros, e eu cortei cada uma das panquecas em três pedaços.

Depois, fiquei o garfo em um dos pedaços e comi, sentindo um turbilhão de sentimentos incríveis apenas com o gosto maravilhoso na minha boca.

Soltei uma resmungada demonstrando que havia gostado e dei um beijo na sua bochecha - o qual ficou um pouco envergonhado -, em seguida comi mais um pedaço.

– Ficou muito bom.- Afirmou Kota.

– Ainda bem.- Disse o homem sorrindo.- Não sei o porquê, mas sempre acho que a minha comida não é boa como a dos outros.

– Mas é.- Afirmei.- Bom, pelo menos ultrapassa a minha.

– Olha, eu acho a comida de vocês dois muito boa, mas se fosse comparar, o de Katsuki é melhor.- O menor comentou.

– Viu?- Perguntei, mostrando que o menino pensa da mesma forma.

– Sei lá.- Ele deu de ombros e continuou comendo.

Enfim, ficamos conversando sobre comida durante toda a nossa janta, então eu fiquei me perguntando se Katsuki só ficou dizendo que sua comida é ruim para escutar nossos elogios.

Algo bem provável.

Depois que terminamos de comer, eles levaram as coisas para a pia. Com isso, enquanto Kota começou a lavar a louça, o loiro me pegou no colo no estilo noiva e subiu para o andar superior.

Lá, ele me deixou no banheiro do nosso quarto e começou me a dar vários selinhos, fazendo eu começar a rir igual uma idiota apaixonada.

– Eu te amo.- Falamos em uníssono.

O homem ficou me divertindo por mais um tempinho, depois deu um último beijo na minha testa, saiu do banheiro e em seguida do quarto.

Logo escutei Kota e Katsuki começarem a gritar um com o outro lá embaixo, soltei uma risadinha dando de ombros, supondo que obviamente estão brigando por algo bobo, e comecei a escovar os meu dentes.

Nisso, como hoje a louça havia sido pouca, não demorou muito para Kota subir, vir me dar uma abraço de boa noite e reclamar que o homem havia lhe incomodado assim como em todos os outros dias.

Terminei de escovar meus dentes, depois me virei, dei um beijo demorado na cabeça dele e apertei sua bochecha.

– Pode dormir comigo hoje, se quiser.- Avisei, em seguida escutando alguém soltar um suspiro de indignação.

Eu e Kota olhamos para o homem paralisado na porta, encarando nós dois com uma expressão de desacreditado, chegando a colocar uma das mãos no peito, e a outra na cintura.

Kota soltou uma risada alta, em seguida correu para a cama e começou a pular em cima da mesma, começamos a gargalhar de verdade quando Katsuki foi brincar com ele.

Neguei com a cabeça por ver a bagunça deles, depois fui para o guarda-roupa, peguei meu pijama, roupa íntima e voltei para o banheiro, fechando a porta antes de começar a me trocar.

Enquanto me vestia, fiquei escutando os gritos e risadas, estranhando quando tudo silenciou. Então, assim que pronta, saí do cômodo e dei uma olhada por cima nos dois, vendo os mesmos num sono profundo. 

Sorri, dei um beijo na bochecha de Kota, e um selinho em Katsuki, em seguida sai do quarto, indo dormir no aposento do menino e ficando praticamente encolhida ao deitar na sua cama.

De qualquer forma, não demorou muito para eu pegar no sono.

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☦︎༄02:23.

Despertei sentindo alguém me pegar no colo.

Já sabendo quem era, coloquei o meu braço sem gesso por trás do pescoço de Katsuki e o puxei para um beijo rápido, deixando ele paralisado no meio do corredor.

– Desculpa por te acordar.- Sussurrou ele.- Não queria deixar você dormindo naquele estado.

– Tudo bem.- Sorri.- Vamos dormir nós três naquela cama?

– Não, vamos dormir na sala, o Kota deve estar sonhando que está me dando chutes, mal sabe que está fazendo isso até na realidade.- Murmurou, e eu ri.- Tenho medo dele te machucar.

– Entendi.- Dei um beijo em sua bochecha.

Ele desceu as escadas, foi para a sala se estar, me deixou sentada na beirada no sofá e foi correndo de volta no andar superior, trazendo uma coberta e dois travesseiros.

Fiquei vendo ele ajeitar as coisas enquanto acariciava Marley, o qual havia se vindo até mim lentamente quando eu estava sozinha, cheirando a minha perna e meu braço com gesso.

– Vem.- Disse ele antes de me ajudar a deitar.

Quando nós dois já estávamos deitados, ele colocou as mãos na minha cintura e segurou a mesma com firmeza, em seguida se inclinando para cima de mim para dar um beijo no meu pescoço.

Coloquei uma das minhas mãos no seu peito e apertei o mesmo, rindo baixinho quando escutei ele dar uma resmungada antes de dar uma beliscada na minha bunda.

– Sentiu muitas dores hoje?- Perguntou ele passando a mão por cima do gesso do meu braço.

– Só um pouco na perna, mas é porque eu fiquei muito tempo de pé e não usei muito aquela muleta.- Falei, colocando a mão no seu rosto e acariciando sua bochecha com o polegar.

– Mas deveria usar, sabe disso.- Deu um beijo na minha testa.- Semana que vem precisamos conversar com o médico para ver quando vai ter que tirar esses gessos.

– Verdade.- Concordei.

– Enfim, depois de amanhã vai ter o aniversário da empresa, então eu pensei em dar uma folga para os funcionários e até para mim mesmo.- Sorriu.- Ou seja, vou ter tempo o suficiente para ficar com você.

– Finalmente.- Lhe dei um selinho.- Se bem que você vai ter um monte de coisa para organizar, além de precisar ir no mercado, pagar a instalação da luz-

– Eu sei, eu sei.- Resmungou.- Não precisava se lembrar disso.

Sorri de canto, e ele começou a me beijar. Um beijo lento, mas gostoso, o qual gerava toques delicados e carinhosos entre nossas línguas e corpo.

Soltei um gemidinho quando o homem passou a sua mão e braço por baixo da minha camisa e me puxou para mais perto, mudando o clima instantaneamente.

Ele colocou a minha perna engessada por cima do seu corpo, tomando total cuidado para que eu não sentisse um desconforto sequer nessa ação.

O loiro deu uma batidinha leve na minha bunda e intensificou o beijo, isso tudo mesmo sabendo que não podemos correr o risco de irmos muito longe.

Nisso, paramos de nos beijar e apenas ficamos se encarando, demonstrando a vontade pela qual ficamos de continuar por meio dos nossos olhos.

Com isso, bocejei e deitei a minha cabeça no seu peito, pegando no sono minutos depois de Katsuki ter começado a mexer cuidadosamente no meu cabelo.

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora