38°- Liberado

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☦︎༄Dois dias depois. 
☦︎༄16:40.

Como já deve saber, hoje finalmente Katsuki vai ser liberado do hospital. Entretanto, o que era para acontecer mais cedo - pelas 06:30 -, vai ser muito mais tarde - 23:45. 

Confesso que fiquei chocada com isso, já que fui informada após ter caminhado por mó cota para chegar lá. Só não surtei porque não era um local adequado, mas de tudo isso pelo menos pude ver ele novamente. 

Kota está em casa com Aizawa e Eri, os quais ficaram tão felizes de saber da volta do garoto que até compraram um carrinho de controle remoto para ele. 

Provavelmente ele deve estar se divertindo bastante enquanto eu estou aqui, sentada na frente do computador, meio feliz por ter tomado a decisão certa ao ter colocado Momo como chefe por esse tempo. 

Ela fez as demissões corretamente e até chegou a lacrar na cara da Makima, a qual apenas tentou bater de frente com todos enquanto saía do prédio.

Midoriya me olhou com cara de ódio quando voltou pegar as suas coisas, e eu devolvi o olhar com mais intensidade, coisa que fez ele virar a cara imediatamente. 

Katsuki teria ficado orgulhoso de mim se tivesse visto isso. 

Também teve a demissão de Todoroki mesmo não estando na lista. Contudo, obviamente Katsuki foi avisado antes e foi dito o motivo para isso.

Enfim, acabei de imprimir mais alguns papéis e então me levantei. Quando estava prestes a sair da minha área de trabalho, trombei com uma mulher e quase derrubei tudo.

Já havia visto ela outras vezes pela empresa, mas este era nosso primeiro contato. Já sabia seu nome por meio das conversas das outras mulheres; no caso, Nejire Hado.

– Eita, me desculpa!- Disse assustada e envergonhada. 

– Está tudo bem.- Sorri gentilmente.

– Não conte para Bakugou, vai que ele fica bravo comigo e me demite também.- Murmurou desesperada. 

– Ei, ei, eu não vou fazer isso. Além do mais, ele não iria ficar bravo por algo que foi sem querer.- Ri sem graça. 

– Eu sei, mas é que estão dizendo que o Bakugou tem um rolo contigo, daí pensei que você iria falar mal de mim para ele.- Colocou uma mecha atrás da orelha. 

– Não sou esse tipo de pessoa, então não precisa se preocupar.- Ela soltou um suspiro de alívio.- Agora, com licença. 

Ela deu alguns passos para o lado, e eu passei pela mesma. Em seguida, fui para o elevador e fiquei tentando entender o porquê de pensarem isso só porque estou namorando com Katsuki. 

Passei as mãos pelo meu cabelo e cliquei no botão para o andar que iria, então a porta de pavimento começou a se fechar, e eu levei o meu olhar para aquela mulher pela última vez. 

Ela estava olhando para uns papéis em sua mão e depois começou a conversar com um homem que se aproximou da mesma, abrindo um sorriso animado no mesmo instante. 

Isso fez eu me lembrar dos momentos que passei com Midoriya antes de descobrir aquilo. Poderíamos ser um casal feliz atualmente se ele não tivesse falhado.

Bom, "tem gente que perde pessoas incríveis por causa de atitudes de merda".

Mas agora, além de perder uma garota incrível como eu, também perdeu um emprego que poderia torná-lo milionário.

O elevador parou e a porta de pavimento se abriu. Desse modo, saí do mesmo e caminhei em passos largos até a sala de Katsuki, onde Momo obviamente estava. 

Quando me aproximei do escritório, bati três vezes na porta e entrei, encontrando Momo olhando alguns papéis e separando os mesmos. 

– Com licença, chefa.- Sorri e me aproximei da mesa.- Terminei esses papéis, acho que foram os últimos de ontem.- Entreguei para ela.

– Certo.- Assentiu.- Katsuki me mandou mensagem minutos atrás pedindo se você tinha terminado tudo. 

– Por quê?- Arqueei uma sobrancelha.

– Está liberada.- Me mandou uma piscadela.

– Tinha que ser ele mesmo.- Murmurei rindo e negando com a cabeça.- Então, tchau.- Dei de ombros.

– Tchau.- Acenou.

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Nesse momento, estou caminhando em passos rápidos para o hospital enquanto seguro uma das mãos de kota, o qual tentava de diversas maneiras me acompanhar. 

Ele estava mais alegre após ter ficado com Aizawa e Eri até agora, mas o homem me disse em particular que o menino havia se sentido bastante nervoso em alguns momentos.

Obviamente, não fui atrás de discutir essa situação com o pequeno, pois era um assunto delicado até para mim e poderia resultar em uma discussão ou uma crise de choro. 

Nisso, percebi que havia uma padaria perto do hospital, então parei na frente da mesma e olhei para Kota.

– Vou pegar umas coisas para a gente comer no hospital, me ajuda a escolher?- Perguntei, e o mesmo assentiu com a cabeça.

Entramos na padaria e começamos a olhar para as comidas do balcão, as quais eram diversas e me deixavam com água na boca. 

Levei minha atenção para o menino, que estava com os olhos brilhando na direção de um do Melon Pan - nome de um tipo de pão, no caso. 

– Com licença.- Ergui uma das minhas mãos, e a atendente se aproximou.- 

– Sim?- Sorriu. 

– Quero 4 Melon Pan.- Afirmei, e percebi Kota me olhar assustado.

– Mais alguma coisa?- Ela perguntou.

– Quer café também?- Levei minha atenção para o menino.

– Pode ser.- Deu de ombros. 

– E dois cafés.- Completei, e a atendente assentiu antes de se retirar. 

– Obrigado.- O garoto murmurou e suas bochechas ficaram vermelhas.

– De nada.- Baguncei seus cabelos. Se

Quando a mulher voltou, entregou os pães e os cafés para nós e falou quanto custou tudo. 

Assim que paguei a mesma, agradecemos e fomos embora, em seguida voltamos a seguir o nosso rumo para o hospital - agora com certeza mais animados.  

Após chegarmos lá, pedi para a recepcionista se estava liberado visita para o quarto de Katsuki. Nisso, ela me falou que ele já havia ido embora, fazendo eu ficar confusa. 

Fiquei paralisada por um tempo, tentando raciocinar como isso poderia estar acontecendo, até que de repente Kota soltou a minha mão e correu para longe.

No mesmo instante eu virei para trás, sentindo todas as paranóias da minha cabeça ir embora ao ver para onde e na direção de quem ele estava indo.

Era Katsuki, o homem estava na porta do hospital, de braços abertos e abaixado para ficar no tamanho do garoto, o qual lhe abraçou forte e de uma maneira carinhosa.

O sorriso que o loiro possuía em seu rosto era como um colírio para os meus olhos, talvez porque eu nunca havia visto ele dessa maneira. 

Então, me dei conta que a gente pode se apaixonar por uma pessoa mesmo a conhecendo muito pouco, pois não existem barreiras para o amor - principalmente para o nosso caso. 

𝔒 𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬 𝔫𝔬𝔰 𝔰𝔲𝔯𝔭𝔯𝔢𝔢𝔫𝔡𝔢 Onde histórias criam vida. Descubra agora